Unidades do Carrefour vão oferecer compra e venda de Bitcoin por meio de nova parceria
19 Janeiro 2022 - 1:46PM
ADVFN News
A Carmila, braço imobiliário do Carrefour na Espanha,
anunciou que instalará caixas eletrônicos para criptomoedas em suas
unidades na Europa. Com isso, os clientes poderão comprar e vender
suas criptomoedas diretamente através destes caixas.
De acordo com a empresa, a novidade foi possível graças a uma
parceria com a Weex Capital, empresa que provê caixas eletrônicos
de criptomoedas. Por isso que, a princípio, os caixas serão
instalados nos shoppings centers gerenciados pela Carmila na
Espanha, país de origem da Weex.
No entanto, a empresa não descarta que outros países possam
receber a novidade futuramente. Isso inclui o Brasil, país no qual
a rede Carrefour está implantada.
Com os caixas instalados, os clientes poderão comprar e vender
criptomoedas. Pouco foi detalhado sobre o funcionamento das
operações, mas as compras e vendas serão restritas ao valor de €
990 (cerca de R$ 6,2 mil na cotação atual).
Blockchain
O Carrefour foi um dos primeiros grandes varejistas globais a
adotar a tecnologia das criptomoedas, a blockchain, para aumentar a
rastreabilidade de seus produtos. O sitema de rastreamento
blockchain do Carrefour permite a consumidores
rastrearem cadeias de suprimentos de 20 itens, incluindo
carne, leite e frutas desde as fazendas até as lojas, permitindo
que eles evitem produtos com organismos modificados, antibióticos e
pesticidas.
O varejista inicialmente começou a trabalhar no sistema de
rastreamento com a IBM, aderindo em 2018 à rede de
rastreamento de alimentos baseada em blockchain da IBM chamada
Food Trust juntamente a redes de supermercados e empresas de varejo
como Nestle SA, Dole Food Co., McCormick e Co., McLane Co., Tyson
Foods Inc., Unilever NV, entre outras.
Desde então, segundo Emmanuel Delerm, gestor do projeto
blockchain do Carrefour, a rede registrou um aumento nas
vendas.
“O melão vendeu de forma mais rápida que no ano
anterior graças à tecnologia blockchain. Tivemos impacto positivo
na venda de frango com relação ao frango sem blockchain”,
disse.
No ano passado o varejista anunciou, no Brasil, a expansão
de seu sistema de rastreabilidade de produtos
com blockchain e vai incluir frutas citrícas, como
lanranja pêra, laranja bahia, laranja lima e tangerinas da linha
“Sabor & Qualidade”.
Desta forma, a gigante mundial de hipermercados, vai
ampliar os produtos comercializados em suas lojas por meio do uso
da tecnologia que deu vida ao Bitcoin.
O Carrefour destaca que o blockchain é uma tecnologia-chave
para as redes de suprimento, pois proporciona maior
transparência e permite que os clientes revisem todo o processo de
distribuição.
Por Cassio Gusson
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