O Banco do Brasil e o Bradesco apresentaram objeções ao empréstimo Debtor-in-Possession (DIP), uma modalidade de crédito específica para empresas em situação financeira difícil, de US$ 950 milhões da Gol. Os bancos não questionam o financiamento, mas a estrutura de garantias.

As duas instituições financeiras solicitam que as garantias do empréstimo feito pelos bondholders da Abra, controladora da Gol, durante o processo de Chapter 11, não sejam as mesmas de emissões de debêntures da empresa aérea.

As instituições financeiras solicitam que o DIP Financing não compartilhe “quaisquer bens,propriedade ou garantia dada ou cedida” também às sétima e da oitava séries de debêntures da Gol (BOV:GOLL4). Entre as garantias das debêntures que também garantem o empréstimo DIP estão os recebíveis de cartão de crédito.

A sétima e a oitava série de debêntures da Gol foram emitidas respectivamente em 2018 e 2021. Elas somam US$ 299,09 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão, segundo os documentos apresentados pelo Bradesco (BOV:BBDC3) (BOV:BBDC4) e BB (BOV:BBAS3). No final do ano passado, a Gol renegociou com esses debenturistas para alterar o vencimento dos títulos para 2026 e parcelar pagamentos.

No fim de janeiro, o juiz-chefe da corte de falências de Nova York, Martin Glenn, aceitou interinamente o pedido da Gol para fazer o empréstimo DIP. A autorização provisória permitiu entrada imediata de US$ 350 milhões na companhia.

O restante do DIP Financing pode ser repassado a companhia após a aprovação final do financiamento pela Corte de Nova York. A audiência para autorização definitiva do empréstimo está agendada para 15 de fevereiro, às 12h (horário de Brasília).

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