23.07.07 - Gazeta Mercantil
Shopping torna João Fortes mais atraente
Para Maxima Asset, único empreendimento no Rio já eleva valor do lote de mil ações para R$ 300,00. Os controladores da João Fortes Engenharia ainda avaliam a proposta de compra feita pela Sobrapar, com data limite no dia 31 deste mês, a R$ 150,00 por lote de mil ações. Entretanto, a gestora de fundos Maxima Asset Management já tomou sua decisão: não vende a participação de 15% na companhia carioca pelo preço "módico" oferecido e também quer aumentar sua fatia nesse negócio promissor, conta Saulo ...
23.07.07 - Gazeta Mercantil
Shopping torna João Fortes mais atraente
Para Maxima Asset, único empreendimento no Rio já eleva valor do lote de mil ações para R$ 300,00. Os controladores da João Fortes Engenharia ainda avaliam a proposta de compra feita pela Sobrapar, com data limite no dia 31 deste mês, a R$ 150,00 por lote de mil ações. Entretanto, a gestora de fundos Maxima Asset Management já tomou sua decisão: não vende a participação de 15% na companhia carioca pelo preço "módico" oferecido e também quer aumentar sua fatia nesse negócio promissor, conta Saulo Sabbá, diretor de gestão da Maxima Asset Management.
A gestora fez o primeiro investimento na companhia em novembro de 2006, quando a João Fortes vendeu 70% de participação no Bangu Shopping à Aliansce. "A negociação chamou nossa atenção e fomos gradualmente aumentando a participação, com compra de ações em fevereiro, abril e junho", diz Sabbá.
A atratividade de um shopping center que sequer está pronto - deve ser entregue em outubro próximo, como 50 mil m de área bruta locável - está no aquecimento desse mercado.
Pelas contas da Maxima, baseadas em valores de aquisições como as quatro últimas feitas pela BR Malls no Rio, o Bangu Shopping está avaliado em mais de R$ 500 milhões, sendo 30% a participação da João Fortes.
"Se a empresa vender essa participação e mudar o regime contábil pode passar de um patrimônio líquido de R$ 100 milhões para quase R$ 300 milhões, considerando apenas um ativo e excluindo os negócios de incorporação." A avaliação vem de um mercado de shoppings aquecido. A Standard&Poor's, agência de classificação de risco que avalia a BR Malls, considera estáveis os ratings da empresa, mesmo com um endividamento de US$ 90 milhões. "O crescimento da empresa (BR Malls) será, prioritariamente, por meio de aquisições de shoppings já maduros em vez da construção de novos, podendo assim se beneficiar imediatamente de fluxos de caixa mais estáveis", avaliam os analistas da agência Beatriz Degani e Reginaldo Takara.
Para Sabbá, o apetite dessa empresa, junto à preparação de lançamento de ações no mercado de novos players como a Aliansce e a CCP (grupo Cyrela), além da busca por crescimento da Iguatemi, justifica a grande valorização sobre um único empreendimento.
Já a mudança contábil (de regime de caixa para regime de competência) viria com a entrada no Novo Mercado, adaptando o balanço da empresa ao das concorrentes - o primeiro apropria receitas à medida em que os recursos entram em caixa; o segundo apropria 100% do resultado de incorporação quanto a construção foi finalizada e comercializada, mesmo que tenha recebíveis futuros. "Para se ter idéia da diferença, no regime de caixa a empresa registrou lucro líquido de R$ 9 milhões. No modelo de competência, seria R$ 26 milhões".
O diretor acredita que, com o cronograma de lançamentos respeitado e sem considerar uma injeção de capital na companhia, o valor de mercado até o final do ano deve chegar a R$ 1,2 bilhão - hoje, é de R$ 303,9 milhões. "Por isso, um preço justo para o lote atual seria de R$ 300 e nossa posição referente ao preço oferecido pela Sobrapar é que trata-se de um valor fora de contexto."
Ele considera que a João Fortes está entre as empresas de construção com maior potencial de valorização da Bolsa. "Principalmente se seguir o caminho das concorrentes, com constituição de land bank para gerar VGV futuro." Sabbá coloca a empresa no mesmo patamar de interesse da CR2
Empreendimentos, com valor de mercado da ordem de R$ 1 bilhão. "Outras companhias mais novas chegaram bem preparadas para capitalização no mercado financeiro, ganhando valor maior de mercado, e muitos esqueceram das que já estavam listadas.
O que afastava o investidor também era a baixa liquidez da companhia, que já mostra novos indicativos. "Hoje a negociação média é de R$ 1 milhão por dia, o que é bom para o tamanho da empresa." Qualquer que seja o controlador, entretanto, Sabbá acredita que será uma exigência dos minoritários a entrada no Novo Mercado e a adoção de medidas de aproximação, como reunião com analistas e clareza no site de relações com investidores.
Hoje, os três principais executivos - João de Andrade Fortes, Claudio Antonio de Andrade Fortes e o João Mário da Silva Pereira - detêm 26,05% do capital da João Fortes.
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