Não tenho pressa!
Ainda mais com a Tcheca que começou a comprar alguns lotes a 3,50 no dia de hoje!
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País é base mundial de exportação de projetos de eletrodomésticos
Márcia De Chiara
O Estado de S. Paulo
25/12/2006
Do centro tecnológico da Whirlpool, em Rio Claro, já saíram protótipos de lavadoras para mais de 30 países
O Brasil é uma usina de inovação que alimenta a maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, a americana Whirlpool Corporation. É de São Paulo, mais precisamente do...
Não tenho pressa!
Ainda mais com a Tcheca que começou a comprar alguns lotes a 3,50 no dia de hoje!
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País é base mundial de exportação de projetos de eletrodomésticos
Márcia De Chiara
O Estado de S. Paulo
25/12/2006
Do centro tecnológico da Whirlpool, em Rio Claro, já saíram protótipos de lavadoras para mais de 30 países
O Brasil é uma usina de inovação que alimenta a maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, a americana Whirlpool Corporation. É de São Paulo, mais precisamente do Centro Tecnológico da companhia que fica em Rio Claro, no interior do Estado, que saem os projetos das lavadoras de roupas vendidas em mais de 30 países.
Para a Índia, por exemplo, foi desenhada uma lavadora que prevê a reutilização da água do enxágüe de uma lavagem para iniciar a outra. “Na Índia, água é um item escasso e de baixa qualidade, por isso fizemos um projeto atendendo a esse requisito”, diz o gerente geral de Tecnologia Lavandeira, Marcelo Fischer.
Já no caso da China, o projeto desenvolvido foi de um eletrodoméstico pequeno, com capacidade para cinco quilos de roupas, e totalmente eletrônico. “Os chineses não gostam de equipamentos grandes e têm atração por displays eletrônicos e com muito colorido”, observa Fischer.
É exatamente analisando a peculiaridade de cada mercado, preferências, poder aquisitivo e normas técnicas, que os cerca de 150 profissionais, entre técnicos e engenheiros, do centro tecnológico passam meses burilando projetos para ter um produto sob medida para o consumidor chinês, indiano, saudita, vietnamita, entre tantos. Desde 1998, quando o centro começou a funcionar, já foram exportados mais de 20 projetos.
Fischer explica que os produtos são fabricados localmente na unidade da companhia em diferentes países, mas a inteligência está no Brasil. “Temos talento e vantagens competitivas para isso”, diz o vice-presidente Comercial da Whirlpool S.A., José Drummond Jr.
Fischer destaca quatro fatores que fazem o Brasil sair na frente de outros pólos tecnológicos mundiais da empresa. “O aspecto cultural é muito forte: o profissional brasileiro está sempre disposto a fazer, independente do desafio”, diz. Segundo o executivo, isso já não ocorre com o profissional europeu, cuja primeira resposta a um desafio é sempre negativa.
Outro ponto a favor é a oferta de bons profissionais. O centro tecnológico está próximo de universidades importantes como a USP, a Federal de São Carlos, a Unicamp em Campinas e a de Uberlândia, em Minas Gerais. “A mão-de-obra brasileira é muito competitiva. Os salários são entre 30% e 40% menores do que os pagos nos Estados Unidos e Europa.”
Fischer lembra também que todos os fornecedores globais de peças e componentes estão presentes no Brasil. E isso facilita muito o processo de desenvolvimento de produtos para teste dos protótipos.
É da combinação desses quatro fatores que o centro tecnológico brasileiro está entre os que mais recebem investimentos da corporação mundial. Fischer não dá cifras. Limita-se a dizer que “o Brasil está no foco do investimento” da companhia. No ranking dos centros tecnológicos mundiais no segmento de lavanderia estão Estados Unidos, México, Alemanha e até China e Índia.
Drummond ressalta que, aqui e no mundo, a mola propulsora para que a empresa ganhe a preferência do consumidor na lista de compras, concorrendo com celulares e DVDs, por exemplo, é a inovação. E, nesse aspecto, o centro tecnológico tem papel primordial. “Hoje, perto de 20% da nossa receita da venda de eletrodomésticos no Brasil vêm de produtos novos. Em menos de 24 meses, esse índice deve atingir 30%”, prevê o vice-presidente.
Só este ano foram 60 lançamentos, mais de um por semana. Em 2005, foi menos da metade. Para o ano que vem estão previstos entre 80 e 90 novos produtos. “O desafio é inovar para as massas”, diz Drummond. Como exemplo, ele cita a geladeira de uma porta, da marca Consul, mais popular, com água na porta pelo lado de fora. “Isso só se via nas geladeiras side by side. É um sucesso. Não damos conta de produzir.”
Ao que tudo indica, a companhia acertou ao optar pela inovação como receita para ampliar vendas. A empresa fecha o ano com recorde de faturamento, puxado pelos negócios no mercado interno, já que as exportações ficaram estáveis.
Fonte: http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=328609
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