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Risco de Apagão no Brasil - 2013

A preocupação com um possível racionamento de energia motivou a queda de ações do setor elétrico no início de 2013 na BM&FBovespa. As ações do setor lideraram as perdas do Ibovespa, com destaque para Cemig, EletrobrasCesp. O índice de ações do setor elétrico na bolsa de valores, o IEE, também sofreu forte desvalorização no período.

No fim de 2012 e início de 2013, a situação dos reservatórios das hidrelétricas encontrava-se mais delicada que no início de 2000, um ano antes do governo declarar racionamento de energia. Naquela ocasião, os reservatórios estavam a 35% de sua capacidade - suficiente para 2 meses de demanda. Em Janeiro de 2013, os reservatórios estavam em 30% de sua capacidade, o equivalente a 1,46 mês de demanda.

Além do baixo nível dos reservatórios, a quantidade de chuvas insuficientes para recompor os estoques e o sistema de termelétricas quase totalmente acionado também contribuíram para aumentar o risco do Brasil enfrentar um novo racionamento em 2013. 

Notícias sobre o risco de apagão no Brasil em 2013

07 de Janeiro de 2013

Bovespa cai abaixo de 62 mil pontos e dólar vai a R$ 2,03 com baixa de elétricas

Nesta segunda-feira, as ações do setor elétrico voltaram a pesar sobre o Ibovespa, que voltou a cair abaixo dos 62 mil pontos. As incertezas para o setor diante dos baixos níveis nos reservatórios, que podem pressionar os custos de operação das companhias, provocaram perdas de até 4% dos papéis e colocam a bolsa de valores brasileira mais uma vez no negativo.

Entre os destaques de baixa aparecem Eletrobras PNB (-3,83%), seguida por Cesp PNB (-3,45%), CPFL Energia ON (-2,96%), Copel PNB (-3,25%), Cteep PN (-3,17%), Light ON (-2,79%), Energias do Brasil ON (-2,33%), Eletropaulo PN (-3,68%) e Cemig PN (-2,19%).

08 de Janeiro de 2013

Escassez de energia custou R$ 800 milhões em dezembro para as distribuidoras

Com a queda nos reservatórios das hidrelétricas e o acionamento de usinas termelétricas, que são mais onerosas, as distribuidoras de energia afirmam que tiveram em dezembro um custo adicional de R$ 800 milhões. Em novembro, foram R$ 650 milhões a mais.

O custo total previsto com o acionamento extra de usinas termelétricas será de R$ 3,85 bilhões. As empresas de distribuição têm de pagar com 45 dias e recebem em 12 prestações, por causa do reajuste tarifário. Isso gera um impacto grande no caixa das distribuidoras e compromete parte da receita das empresas.

Uma das soluções seria um empréstimo para distribuidoras pagarem essa conta da geração termelétrica até o reajuste. Outra solução seria a postergação do pagamento de encargos, de maneira que as empresas tivessem caixa para pagar essa conta. Tais soluções dependem da aprovação do Ministério de Minas e Energia.

Desde os últimos meses do ano passado, o país está com a operação de térmicas quase quatro vezes a mais que até outubro de 2012. No ano passado, foram acionadas basicamente as que funcionam a gás e, nos últimos meses, as mais custosas - a óleo. Desde 2008, não acontecia de todas as térmicas a óleo do país estarem operando juntas.

Enquanto a energia produzida em uma usina a gás custa a partir de R$ 100 o MW/hora, a de uma a óleo não sai por menos de R$ 500 por MW/hora.

Incertezas com fornecimento de energia derrubam ações das elétricas e dólar vai a R$ 2,038

As incertezas em relação à capacidade de abastecimento de energia voltam a influenciar os negócios na Bovespa nesta terça-feira, derrubando ainda mais os preços das ações do setor elétrico.

Os investidores reforçam a preocupação não apenas com o desempenho das companhias, mas também com a capacidade de recuperação do setor produtivo. O risco de o governo ter de lidar com um apagão de energia em 2013 afeta não só as perspectivas do desempenho das companhias como também da recuperação da economia como um todo.

Com mais um dia negativo, o Ibovespa (principal índice de ações da bolsa brasileira) apaga os ganhos do rali da semana passada. Os papéis da Eletrobras lideram as perdas do índice, com quedas de 8,51% do preferencial e de 6,87 do ordinário. A empresa é acompanhada pelas preferenciais da Eletropaulo (-4,97%) e da Cesp (-4,05%).

Risco de racionamento de energia

O ministro de minas e energia, Edison Lobão, disse que "não há nenhum risco de desabastecimento de energia". Ele disse que a reunião do setor elétrico marcada para amanhã, é para uma análise da situação e de eventuais falhas.

O secretário-executivo do ministério, Márcio Zimmermann, diz que "o sistema brasileiro prevê a baixa no volume dos reservatórios das hidrelétricas no fim da seca e, por esse motivo, as térmicas precisam ser despachadas". Zimmermann descartou a possibilidade de racionamento de energia no país. "Estamos com equilíbrio estrutural na oferta de energia no Brasil. Temos geração e transmissão. Nenhuma hipótese de racionamento no horizonte", disse.

O presidente do grupo CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), Wilson Ferreira Júnior, disse também que não há risco de apagão ou racionamento de energia. "Não há risco nesse momento de racionamento. Nós temos uma capacidade térmica quase quatro vezes maior do que tínhamos naquela época do racionamento 2001", disse o executivo.

09 de Janeiro de 2013

Tesouro diz que vai garantir redução de 20% nos preços das tarifas de energia

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou em entrevista à agência de notícias Reuters que o Tesouro vai garantir a redução média de 20% nos preços das tarifas de energia elétrica neste ano, mesmo no atual contexto em que se discute o risco de racionamento em função do baixo nível dos reservatórios e diante da possibilidade de encarecimento dos custos com a energia elétrica decorrente do maior uso das termelétricas.

"Não se estuda alternativa que não seja a redução dos 20%", afirmou, acrescentando que o impacto dessa redução será maior do que 0,5 ponto percentual na inflação.

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se na terça-feira com representantes do Ministério de Minas e Energia para discutir a situação energética do país e o risco de racionamento de energia e pediu que "cada um cumpra seu papel", disse o secretário-executivo da pasta, Márcio Zimmermann, na noite da véspera.

O encontro foi um pedido do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) em meio a incertezas quanto à capacidade do sistema elétrico de atender à demanda diante dos níveis baixos dos reservatórios das hidrelétricas, chuvas insuficientes para recompor os estoques e com o sistema de termelétricas --usado em momentos de estiagem-- praticamente todo acionado.

Zimmermann voltou a descartar a possibilidade de racionamento e disse que o quadro atual está dentro do planejado.

"Temos geração suficiente para atender ao mercado, ao contrário do que tem saído. Tudo que está ocorrendo está dentro da situação para a qual esse sistema foi planejado. Você opera (usina) térmica quando tem que operar, mas de qualquer forma você está com um equilíbrio estrutural", disse ele.

Haveria risco de faltar energia se o PIB tivesse sido de 4,5%

Se o PIB tivesse sido de 4,5%, como previsto inicialmente para o ano de 2012, o consumo da indústria estaria bem maior, e ai sim haveria risco iminente de faltar energia. E em 2013, as
previsões do crescimento econômico já estão abaixo das previsões sempre otimistas e super dimensionadas do governo federal.

E são nestas previsões governamentais que se baseia o planejamento energético na oferta de energia.

JP Morgan diz que chance de racionamento é inferior a 10%

O risco de um racionamento de energia no Brasil como ocorrido em 2011 é improvável, avaliaram analistas do JP Morgan em relatório enviado a clientes nesta quarta-feira. Segundo o relatório, a chance de racionamento de energia permanece inferior a 10 por cento, embora a situação atual de chuvas seja similar à seca observada na temporada de 2000/2001.

Isso ocorre graças às mudanças estruturais no sistema na última década - os analistas destacaram que o Brasil tem atualmente mais energia termoelétrica, eólica e nuclear à disposição, e um sistema de transmissão melhor que permite a transferência do excesso de energia entre as regiões do país.

Ainda assim, os preços no mercado spot devem permanecer elevados no primeiro semestre deste ano, segundo os analistas, e o acionamento das térmicas deve aumentar os custos da energia elétrica para o consumidor final em 7 a 10 por cento.

Ações de elétricas se recuperam na Bolsa e dólar opera quase estável

As ações do setor elétrico se destacaram entre as altas da bolsa nesta quarta-feira, após quatro dias seguidos de baixa, em meio às especulações sobre um possível racionamento de energia no Brasil, hipótese descartada repetidas vezes pelo governo.

Ainda nesta quarta, haverá em Brasília uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para avaliar a situação energética do país.

Aneel prevê acréscimo de 10,4 mil MW de capacidade instalada em 2013

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que ao longo deste ano entrarão em operação 10,4 mil MW de capacidade instalada de novas usinas, principalmente hidrelétricas e termelétricas. Embora seja superior aos 9 mil MW previstos na terça-feira pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o número da Aneel inclui 1,82 mil MW relativos a projetos que apresentam algum tipo de problema para implementação e que podem sofrer alteração no cronograma.

O número mais provável de acréscimo de capacidade instalada em 2013, considerando apenas os projetos sem qualquer tipo de restrição, é de 8,57 mil MW, segundo a agência reguladora. Ainda assim, o volume de energia nova previsto é o maior dos últimos 15 anos. Em 2012 entraram em operação pouco menos de 3,5 mil MW de capacidade instalada.

Dos 10,4 mil MW previstos pela Aneel para este ano, 5,58 mil MW virão das duas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia - Santo Antônio e Jirau. Desse total, 1,21 mil MW será proveniente de projetos da MPX, empresa de energia de Eike Batista. Ao todo são quatro projetos: as termelétricas Maranhão IV (337,6 MW), Maranhão V (337,6 MW) e MC2 Nova Venécia (176 MW), que pertencem ao complexo termelétrico do Parnaíba, a gás natural; e a térmica Pecém II (360 MW), movida a carvão, no Ceará.

Não houve e não haverá desabastecimento de energia no país

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse nesta quarta-feira que não houve desabastecimento de energia em 2008, quando ele assumiu o ministério e se falava nisso, "não haverá agora e espero que jamais haja nesse país".

Segundo Lobão, a reunião convocada para hoje do Conselho de Monitoramente do Sistema Elétrico tratou apenas de assuntos rotineiros e não é um encontro emergencial, uma vez que as chuvas voltam a cair no país, neste momento, e irão, aos poucos, reabastecer as hidrelétricas.

"Temos ainda reservas, térmicas que ainda podemos despachar. Em 2012 agregamos 3.500 MW no sistema elétrico brasileiro. Para 2013 temos previsão de agregar 8.500 MW ou mais do que isso", disse.

Lobão defendeu ainda que o desconto médio de 20% nas tarifas, a valer a partir de fevereiro deste ano está mantido e que o despacho de térmicas - que geram energia mais cara - não irá alterar essa previsão.

"A redução acontecerá como estava prevista e não é de menos, é de 20% como estava prevista", afirmou.

O ministro disse também não há possibilidade do acionamento de térmicas a gás desabastecerem a indústria brasileira.

"Eu quero dizer que não há menor possibilidade de desabastecimento de gás à indústria".

10 de Janeiro de 2013

Petrobras gasta US$ 10 milhões por dia em compras de gás para usinas térmicas

Para manter as usinas térmicas do país funcionando e atender a demanda por energia elétrica, a Petrobras gastou, em média, US$ 10,3 milhões por dia desde outubro na importação de GNL (Gás Natural Liquefeito). O gasto em um mês, portanto, pode chegar a US$ 309 milhões.

Desde outubro, a Petrobras importa em média 15,5 milhões de metros cúbicos de GNL por dia para abastecer usinas térmicas no país. O custo dessa importação fica em torno de US$ 18 por milhão de BTU (unidade internacional de medida do gás).

Isso, contudo, não quer dizer que a empresa tenha prejuízo com a operação. O gás é revendido para as distribuidoras, mas o valor cobrado não foi revelado pela estatal.

Por questões contratuais, no entanto, a estatal é obrigada a vender o GNL por um preço fixo à maioria das distribuidoras, enquanto paga um valor variável no mercado internacional.

Para reduzir conta de luz, governo quer dividir custo de usinas termelétricas

O governo estuda uma maneira de impedir que os consumidores paguem o custo adicional gerado pelo uso das usinas termelétricas e, assim, cumprir a promessa da presidente Dilma Rousseff de reduzir em cerca de 20% a tarifa de energia neste ano.

Segundo informou ontem o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema), Hermes Chipp, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) trabalha com um aumento de custo de no máximo 3% - isso no cenário de extrema falta de chuvas.

Além da falta de chuvas, atraso em obras do setor elétrico afeta sistema

Além da falta de chuva que vem afetando o nível das reservas das usinas hidrelétricas, o setor elétrico sofre com mais um problema: o atraso na construção de usinas, subestações e linhas de transmissão.

Em alguns casos, os contratos de licitação foram assinados em 2005, mas as obras ainda não ficaram prontas. No caso da transmissão de energia, 76% das obras estão atrasadas, em média 15 meses atrás do cronograma estipulado.

Um dos atrasos mais significativos é a linha de transmissão que irá ligar as usinas do rio Madeira ao Sistema Interligado Nacional. Maior aposta de expansão de oferta de energia para este ano, as usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, estão entrando em operação sem que haja uma linha suficiente para escoar a energia produzida.

Segundo o Greenpeace, o gasto com térmicas geraria muito mais energias eólica e solar

Diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas do país, as termoelétricas têm sido a tábua de salvação do governo para evitar um novo apagão no país. Mas a conta para acionar emergencialmente essas usinas é salgada: superam os R$ 500 por MWh, valor muito superior aos R$300/MWh da geração fotovoltaica ou R$100/MWh da eólica. Trocando em miúdos, os brasileiros vão pagar muito mais caro para gerar uma energia fóssil e poluente, segundo o Greenpeace Brasil.

“Em tese, cada real gasto para operar as usinas térmicas poderia nos fornecer 60% a mais de energia solar ou cinco vezes mais em energia eólica”.

11 de Janeiro de 2013

Elétricas perdem R$ 37,2 bi na Bolsa após anúncio da presidente Dilma

As empresas brasileiras de energia com ações na bolsa de valores perderam R$ 37,2 bilhões em valor de mercado em pouco mais de quatro meses. O início da queda foi no dia 6 de setembro, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou a intenção de diminuir em cerca de 16% o valor da conta de luz.

Os R$ 37,2 bi representam 18,03% do valor de mercado dessas empresas. No dia do anúncio da presidente, o valor de mercado das empresas era de R$ 206,40 bilhões. Ontem, no fechamento do pregão, elas estavam avaliadas em R$ 169,17 bilhões.

A Cemig lidera as perdas na Bolsa, com queda de 34,67% no período (a empresa perdeu R$ 9,85 bilhões em valor de mercado). Porém, a empresa com maior queda percentual em pouco mais de quatro meses é a Eletrobras. A empresa está valendo quase a metade (-48,46%). O valor de mercado da empresa caiu de R$ 19,22 bi para R$ 9,9 bilhões. Das 34 empresas do setor, dez delas têm valor de mercado inferior ao seu patrimônio líquido. Isso significa que os investidores estão pagando menos do que as empresas valem.

14 de Janeiro de 2013

Risco energético eleva projeções do mercado sobre IPCA

A projeção do mercado para a inflação em 2013 subiu pela segunda semana consecutiva, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), que apura estimativas junto a mais de cem analistas. A mediana das apostas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 5,49% para 5,53%. Há um mês, a projeção era de 5,42%. O mercado projeta inflação de 5,50% em 2014. 

Para economistas, o maior pessimismo quanto ao IPCA deste ano reflete uma mudança nos cenários de curto prazo, já que janeiro será um mês de alta dos preços pouco maior que o antecipado, mas já pode haver uma incorporação de quedas menores das tarifas de energia elétrica nas estimativas para o indicador.

15 de Janeiro de 2013

Nível dos reservatórios sobe, mas térmicas continuam operando no limite

Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão subindo nos últimos dias por conta de chuvas nas cabeceiras dos rios que os alimentam, mas ainda estão longe de atingir a média de janeiro do ano passado e, com isso, as termelétricas continuam operando na capacidade máxima de geração.

Ontem, as hidrelétricas produziram 35.393 megawatts-médios, 5% abaixo do esperado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). A usina de Itaipu é a única grande hidrelétrica produzindo dentro do esperado --a produção da usina foi de 11.032 MW-médios ontem, ante expectativa de 11.141 MW-médios.

As termelétricas também não tem conseguido atingir a meta do operador, mas operam na capacidade máxima. Elas geraram 11.883 MW-médios ontem, também cerca de 5% abaixo do esperado (12.468 MW - médios).

Os motivos vão desde problemas em unidades geradoras como a redução da operação da UT Candiota III, da Eletrobras, para controle de emissão de enxofre na atmosfera.

"Ainda é cedo para começar a desligar as usinas térmica"

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, disse há pouco que ainda é cedo para começar a desligar as usinas térmicas movidas a óleo combustível, mesmo com o aumento no nível dos reservatórios registrado nos últimos dias. "Ainda não dá. Temos que aguardar mais um pouco", disse ele ao deixar o Ministério de Minas e Energia.

BNDES estima liberar 15% a mais de recursos para energia eólica em 2013

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima aumentar em 15% a liberação de recursos para projetos de energia eólica neste ano, para R$ 3,9 bilhões.

Segundo balanço divulgado nesta terça-feira pelo banco, foram R$ 3,4 bilhões desembolsados para 63 projetos em 2012. Em 2008, as aprovações para projetos no setor foram de R$ 257 milhões. Em 2009, aumentaram para R$ 1,2 bilhão --mantendo-se na mesma faixa em 2010. Em 2011, os projetos de geração eólica aprovados somaram R$ 3,4 bilhões --mesmo valor do ano passado.

Segundo o BNDES, o financiamento para investimentos em energia eólica tem crescido nos últimos anos, "refletindo a prioridade do banco em apoiar empreendimentos em energia renovável". Ao todo, os projetos aprovados no ano passado somam um investimento total de R$ 6 bilhões pelas empresas - R$ 3,2 bilhões deles em financiamentos.

16 de Janeiro de 2013

Angra 1 e Angra 2 batem novo recorde de geração em 2012

A Eletrobras Eletronuclar, empresa fornecedora de energia nuclear e subsidiária da Eletrobras, informou nesta quarta-feira que as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 geraram, juntas, um volume recorde de energia em 2012

Segundo a empresa, as duas geraram 16.040.790,5 megawatts-hora (MWh) no ano passado. Este é o terceiro ano consecutivo em que as usinas bateram recorde de geração, detalhou a empresa.

A energia gerada no ano passado é suficiente para suprir, ao mesmo tempo, as cidades de Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), durante um ano.

Duas termelétricas da MPX adicionarão 680 MW ao sistema elétrico brasileiro

Duas termelétricas da MPX adicionarão 680 megawatts (MW) ao sistema elétrico nacional até o fim de fevereiro, segundo disse o empresário Eike Batista, acionista controlador da companhia, a jornalistas nesta quarta-feira.

Eike falou ao chegar no Ministério de Minas e Energia para uma reunião na qual apresentaria ao ministro Edison Lobão o que o grupo pode fazer para produzir mais energia no país. "Temos vários projetos, plantas, que estão entrando agora e que vão integrar o parque brasileiro para ajudar a não ter racionamento. Não vai ter", disse o empresário.

A energia que entra até fevereiro virá de quatro turbinas a gás natural de 170 MW cada, duas em cada usina - as termelétricas Maranhão III e Maranhão IV. Metade dessa energia entrará no sistema em janeiro e a outra metade no mês seguinte.

17 de Janeiro de 2013

Aneel prevê que 13 termelétricas entrarão em operação até maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê a entrada em operação até maio de 13 termelétricas, num total de 2.577,6 MW de capacidade instalada. A estimativa está no relatório de fiscalização das usinas, divulgado nesta quinta-feira pelo órgão regulador.

Na prática, porém, o número total pode ser menor. Isso porque o relatório da agência incluiu na soma as duas unidades geradoras (de 360 MW cada) da termelétrica de Pecém I, no Ceará, da MPX.

Entre os principais empreendimentos que deverão iniciar a operação nos cinco primeiros meses de 2013 estão as térmicas da MPX, empresa de energia do grupo EBX, de Eike Batista. São as usinas Maranhão V (337,6 MW); Maranhão IV (337,6 MW); Porto de Itaqui (360,14 MW); Nova Venécia (176 MW); e Pecém II (360 MW); além da ampliação de Pecém I (360 MW).

18 de Janeiro de 2013

Governo vai retomar leilões em 2013 para aumentar geração de energia

O governo decidiu retomar os leilões de energia para aumentar a geração no país. O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, disse que estão previstos quatro pregões para contratar energia nova neste ano. Em 2012, houve apenas um, e a procura foi pequena.

Ainda que os resultados não sejam imediatos, porque essa energia só entrará no sistema dentro de três a cinco anos, demonstra preocupação do governo em aumentar a geração no médio prazo. Três desses leilões já foram definidos para este semestre; a quarta rodada será para contratação de energia reserva, ainda em estudo.

Hidrelétricas geram menos que garantia física desde setembro de 2012

As hidrelétricas estão gerando menos que a garantia física desde setembro de 2012, diante da situação de baixo nível dos reservatórios e geração de energia térmica, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

A CCEE divulgou nesta sexta-feira pela que em novembro as hidrelétricas geraram 43.289 megawatts (MW) médios, ante uma garantia física de 47.748 MW médios, segundo dados do informativo InfoMercado.

Em outubro, as hidrelétricas tinham gerado 46.154 MW médios ante a garantia física de 47.892 MW médios. No mês anterior, as hidrelétricas geraram 46.437 MW médios ante garantia física de 47.260 MW médios.

A média móvel da garantia física total das usinas do sistema elétrico nos 12 meses até novembro foi de 59.928 MW médios e a média móvel do consumo no mesmo período foi de 58.348 MW médios - uma folga de 2,64 por cento por cento entre a garantia física e o consumo.

O Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) é um instrumento do setor elétrico que realoca a energia entre as hidrelétricas integrantes, transferindo o excedente daquelas que geraram além de suas garantias físicas para aqueles que geraram abaixo.

19 de Janeiro de 2013

Com PIB de 3%, país teria pré-racionamento

Se a economia brasileira tivesse crescido o triplo do registrado no ano passado, o país estaria à beira de um racionamento de energia.

Até novembro de 2012, o consumo de energia elétrica ficou em 411 mil GWh, alta de 3,6% ante igual período de 2011. No acumulado do ano, ele deve atingir 443 mil GWh, segundo cálculos da consultoria Andrade & Canellas que consideram um PIB de 1%, no teto das estimativas.

Já com um crescimento econômico de 3%, o consumo atingiria 454 mil GWh em 2012, ou 2,5% maior do que o que será efetivamente registrado, estima a consultoria, assumindo o mesmo volume de chuva dos últimos meses.

Apaguinhos crescem e corte de luz bate

Os consumidores brasileiros tiveram de conviver em 2012 com um recorde incômodo: o de cortes de luz.

Ao longo do ano passado, entre "apagões" e "apaguinhos", houve queda de pelo menos 64 mil MW (megawatts) de energia em todo o país. 
A quantia equivale a deixar o Brasil inteiro sem luz durante quase um dia. Trata-se do maior nível de interrupção de carga registrado pelo governo desde 2009 -- ano marcado pelo maior apagão da era Lula.

20 de Janeiro de 2013

Estatais do setor elétrico falam em economia de recursos em 2013

As empresas do setor elétrico admitem a relação entre os cortes que começaram a ser feitos em seus investimentos e a menor tarifa de energia que será praticada a partir do próximo mês.

A Eletrosul, por exemplo, diz que, por causa da medida provisória que antecipou a prorrogação dos contratos, será preciso "rever a gestão de seus negócios e se ajustar à redução de suas receitas". Por isso, a empresa suspendeu editais de patrocínio social e institucional em 2013. Apenas serão mantidos os projetos sócio ambientais relacionados aos empreendimentos da companhia.

Ao assumir que suas receitas serão reduzidas em 15% após a renovação da concessão, a Eletronorte também informa que vai reduzir à metade os patrocínios planejados para este ano. A empresa afirma que vai diminuir o investimento, mas não vai "suspender ou cancelar projetos de responsabilidade social ou ações de patrocínios institucionais".

Oficialmente, a Eletrobras diz ainda não ter previsão sobre a manutenção ou a redução dos investimentos que fará este ano na área de projetos sócio ambientais. A empresa afirma que estão garantidos, somente, os relacionados aos empreendimentos em construção.

22 de Janeiro de 2013

Sistema elétrico do país suportaria hoje uma Copa do Mundo

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse nesta terça-feira que o sistema elétrico brasileiro "é muito confiável" e que hoje seria capaz de suportar a realização de um evento esportivo da dimensão de uma Copa do Mundo.

"O risco de desabastecimento de energia hoje é baixíssimo. A Fifa exige um grau adicional de confiabilidade porque ela tem isso e deve ter mesmo, não pode contar com hipóteses de falta de energia de forma alguma", afirmou Hubner.

24 de Janeiro de 2013

Dilma confirma redução na conta de luz e critica pessimistas

A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quarta, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, a redução na tarifa de energia elétrica divulgada mais cedo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A presidente disse também que "fracassaram" as previsões daqueles que "são do contra" e, segundo ela, afirmaram que o governo não conseguiria baixar o custo da conta de luz.

Segundo Dilma, o corte na tarifa de energia para residências será de 18% e para a indústria, de até 32%, mesmos percentuais informados pela Aneel no início da tarde. Os cortes são ainda maiores que os anunciados pela própria presidente em setembro, quando ela afirmou que a redução média seria de 16% para residências e de até 28% para a indústria.

“A conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até 32% para indústria, agricultura, comércio e serviços. Ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia e ela irá crescer ainda nos próximos anos”, disse Dilma.

Dilma defende uso de termelétrica e critica "previsões sem fundamento

Em pronunciamento oficial em rede de rádio e TV, a presidente Dilma Rousseff fez na noite desta quarta-feira críticas ao que chamou de "previsões sem fundamento" sobre os anúncios feitos pelo governo de redução nas tarifas da conta de luz. Dilma afirmou que "como era de se esperar, essas previsões fracassaram".

A presidente enfatizou que praticamente em todos os anos as termelétricas são acionadas com menor ou maior exigência: "Isso é usual, normal, seguro e correto". Segundo ela, "cometeram o mesmo erro de previsão" quem opinou que o governo não conseguiria reduzir tarifas, que a redução tardaria e que o índice de redução seria menor.

"Não há maiores riscos ou inquietações. Surpreende que desde o mês passado algumas pessoas por precipitação, desinformação ou algum outro motivo tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as termelétricas foram normalmente acionadas", disse Dilma. "Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência", afirmou, ao anunciar os novos percentuais de redução.

Nova tabela de redução das tarifas de energia residencial

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta quinta-feira a tabela com a redução das tarifas de energia residencial que será praticado a partir de hoje pelas 63 distribuidoras do setor.

Entre as principais concessionárias de distribuição listadas na tabela de corte nas tarifas residenciais estão a paulista Eletropaulo (-18,25%), a mineira Cemig (-18,14%), a paranaense Copel (-18,12%), a carioca Light (-18,10%) e a também paulista CPFL Paulista (-18,07%). A distribuidora que obteve o maior desconto foi a Nova Palma Energia (Uhenpal), concessionária que atende 14,5 mil unidades de consumo no Rio Grande do Sul, com redução de 25,94%. 

Redução da energia vai custar quase R$ 17 bilhões ao Tesouro em 2013 e 2014

A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira que a redução nas contas de luz dos brasileiros vai custar quase R$ 17 bilhões aos cofres públicos em 2013 e 2014, sendo R$ 8,46 bilhões em 2013 e valor semelhante no ano que vem. 

A partir de 2015, os gastos continuarão, de acordo com o Tesouro Nacional, mas serão "bem menos significativos". Ainda não está definido, segundo a instituição, qual será o valor dos gastos de 2015 em diante.

28 de Janeiro de 2013

Consumo de energia elétrica no país cresceu 3,5% em 2012

O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 3,5% em 2012, para 448.293 gigawatts-hora (GWh). No ano anterior o consumo ficou em 433.034 GWh, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O avanço do consumo no ano passado foi puxado pelo setor de comércio, com uso de 79.286 GWh, alta de 7,9% em comparação com 2011. O setor industrial, o de maior peso no consumo nacional de energia, ficou estagnado com 183.488 GWh, pouco abaixo dos 183.576 GWh de 2011. As residências responderam por 117.567 GWh, alta de 5% em comparação com os 111.971 GWh de 2011. Outros setores responderam por 67.952 GWh, crescimento de 6,2% em relação aos 64.006 GWh de 2011.

29 de Janeiro de 2013

Dilma volta a rechaçar racionamento e diz que 2013 terá recorde de energia

A presidente Dilma Rousseff voltou a rechaçar nesta terça-feira a possibilidade de racionamento de energia elétrica e afirmou que em 2013 o país baterá recorde de geração de energia.

"Pessoas talvez mal informadas, desavisadas, disseram que o Brasil vai ter racionamento. Elas estão completamente equivocadas. Contra fatos, não há argumentos, já dizia o povo. Eu quero dizer duas coisas: primeiro, a conta de luz vai ser reduzida, sim. Segundo, não vai faltar energia para esse Brasil crescer", disse a presidente.

05 de Fevereiro de 2013

Leilões do setor elétrico seguem firmes mesmo com redução de tarifas

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o modelo de leilões do setor energético está funcionando conforme o esperado. "Vai muito bem. Temos também os leilões de reserva, onde se contrata energia além da demandada pelo mercado", disse.

Tolmasquim lembrou ainda que há leilões de projetos estruturantes, de grandes usinas. "Todos podem participar desses leilões. O vencedor é aquele que der o maior desconto ou aceitar menor preço para ampliar usina", destacou.

06 de Fevereiro de 2013

27 termelétricas esperadas para 2012 atrasaram, mostra Aneel

Quase metade das novas usinas termelétricas previstas para 2012 não entrou em operação, aponta levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No total, 27 das 57 usinas desse tipo que deveriam estar disponíveis para começar a gerar energia no ano passado não conseguiram cumprir o cronograma.

Com o atraso das 27 usinas, o país deixou de contar com até 3.154,17 megawatts (MW) de energia térmica nova justamente quando os reservatórios das hidrelétricas do país atingiram, no fim de 2012, o menor nível dos últimos dez anos - no início de janeiro de 2013, os índices de armazenamento foram semelhantes ao do período pré-racionamento de energia (2001).

Esses 3.154,17 MW equivalem a 65,4% do total da capacidade de geração das 57 termelétricas programadas para entrar em operação em 2012. As outras 30 usinas que começaram a funcionar no ano passado têm potência somada de 1.670,08 MW.

O fato de uma usina térmica estar pronta para funcionar não significa que ela vai gerar energia, já que no Brasil esse tipo de empreendimento normalmente só é acionado quando os lagos das hidrelétricas estão baixos.

Governo vai avaliar desligamento de térmicas em abril

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse nesta quarta-feira que só no final de abril o governo vai avaliar a possibilidade de iniciar o desligamento das usinas térmicas, acionadas desde outubro por conta da queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Apesar de estar chovendo bem e as perspectivas serem boas, só vamos ter uma certeza do cenário real dos reservatórios ao final do período úmido, em abril. É quando vamos ter tranqüilidade para desligar as térmicas”, disse o presidente da EPE.

08 de Fevereiro de 2013

Consumo de energia em janeiro cresceu 4,9%, diz ONS

O consumo de energia no sistema interligado nacional (SIN) totalizou 62.418 MW médios em janeiro de 2013. De acordo com o boletim de carga mensal, divulgado nesta sexta-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a carga foi 4,9% superior em relação ao mesmo mês de 2012. Em comparação com o mês exatamente anterior, porém, a carga apresentou uma redução de 0,6%.

Segundo o operador, o desempenho da carga em janeiro de 2013 frente dezembro de 2012 é explicado pela ocorrência de temperaturas amenas para essa época do ano no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por cerca de 60% do consumo do sistema.

19 de Fevereiro de 2013

Aneel busca formas de reduzir impacto financeiro de térmicas sobre as distribuidoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem avaliando formas de reduzir o impacto do acionamento das térmicas no caixa das distribuidoras de energia, mas quer evitar uma revisão extraordinária das tarifas, disse nesta terça-feira o diretor-geral do órgão regulador, Nelson Hubner.

Hubner também confirmou que a Aneel pretende concluir ainda no primeiro semestre as regras para renovação de concessões de distribuidoras de energia.