sandrodesousa
- Dono
- 171
- 10/05/2007
Saiu no UOL agora há pouco. Será que promete???
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2007/11/23/ult1913u79346.jhtm
23/11/2007 - 11h31
Previ e BNDESPar aumentam participação na Tupy
FLORIANÓPOLIS - A Tupy, fundição com sede em Joinville (SC), recebeu novo fôlego com uma operação de conversão de debêntures em ações. Dois dos principais controladores da empresa, Previ e BNDESPar, aumentaram sua participação convertendo 23,5 mil debêntures em 28,6 milhões de ações ordinárias. A operação foi definida pelo presidente da Tupy, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, como um " voto de confiança " .
Com a conversão, o capital social da empresa passou de R$ 106 milhões para R$ 379 milhões e o patrimônio líquido, de R$ 303,3 milhões para R$ 576 milhões.
De acordo com Tarquínio, a operação conduz a Tupy a uma saúde financeira " muito boa " , a melhor desde que ele assumiu a empresa, em janeiro 2003. Segundo ele, um dos benefícios da operação é que a dívida líquida da companhia, que no terceiro trimestre era de R$ 609 milhões, passará para R$ 336 milhões. " Essa injeção permite uma visão de agenda muito mais positiva no futuro, abrindo espaço para alçar outros vôos " .
Com a operação, Previ e BNDES, que já eram os acionistas com maior participação, passam a deter juntos cerca de 70% do capital da empresa. No caso específico da Previ, a operação também sinaliza uma mudança de postura, já que no passado cogitou vender sua participação na companhia.
Em outubro de 2006, Previ e outros dois fundos, Aerus e Telos, que também possuem fatias na empresa, chegaram a anunciar que haviam contratado o banco Credit Suisse para vender suas participações. O processo, entretanto, não foi adiante. Houve interessados em adquirir o controle da empresa, segundo um executivo que acompanhou o processo, mas os acionistas tomaram a decisão de não vender a empresa.
A Previ, que detinha 26,29% das ações ON, segundo dados disponíveis na Bovespa, após a conversão deterá 36,8%. Já o BNDES, que detinha 20,69% das ações ON, passa a 36,9%, praticamente o mesmo volume da Previ. Aerus, Telos ficam com 8,5% e 10,5%, respectivamente. O restante pertence ao Bradesco e demais acionistas minoritários.
As debêntures haviam sido emitidas em abril de 2004 e começariam a vencer em 2009. Uma parte delas, R$ 87 milhões, eram referentes à renegociação de notas que haviam sido emitidas em 2002, e os outros R$ 138 milhões eram títulos novos. As debêntures rendiam IGP-M mais 10% ao ano. Na época, segundo Tarquínio, a operação tinha como propósito dar fôlego de capital de giro à empresa, que no ano anterior havia iniciado processo de reestruturação.
Tarquínio, destaca como pontos do cenário positivo para a Tupy o próprio setor automobilístico, que vem apresentando crescimento forte no mercado interno, principalmente com aumento do crédito e prazo de pagamento e o " cenário comportado da economia mundial " . Embora o câmbio não favoreça as operações de exportação da companhia, que representam 59% do faturamento total, ele diz que a valorização do real ante o dólar é uma situação que não perdurará para sempre, e que a empresa vem reagindo a ela com ações como substituição de matérias-primas e aumento de preços.
A operação, segundo ele, poderá favorecer novos investimentos, mas ainda não há definições sobre isso. Um plano voltado à fabricação de produtos de maior valor agregado, apresentado no meio do ano, continua em avaliação pelos acionistas controladores.
A Previ e o BNDES não concederam entrevistas. A assessoria de imprensa do BNDES informou que um dos benefícios da operação será permitir que a empresa entre em novo ciclo de investimentos.
(Vanessa Jurgenfeld | Valor Econômico. Colaborou Vanessa Adachi, de São Paulo)