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Produção Industrial Brasileira em Abril de 2019

Em abril de 2019, a produção industrial nacional mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando, assim, parte do recuo de 1,4% observado em março último. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 3,9% em abril de 2019, após também registrar queda no mês anterior (-6,2%). Assim, o setor industrial acumulou perda de 2,7% nos quatro primeiros meses de 2019. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar recuo de 1,1% em abril de 2019, permaneceu com a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%).

Produção Industrial % Mensal % Anual % No Ano % 12 meses
Indústria Geral 0,3 -3,9 -2,7 -1,1
     Bens de Capital 2,9 -0,6 -3,1 1,8
     Bens Intermediários -1,4 -6,1 -3,1 -1,5
     Bens de Consumo 3,1 -0,3 -1,5 -1,0
          Duráveis 3,4 1,2 -2,2 0,6
          Semi Duráveis e Não Duráveis 2,6 -0,7 -1,3 -1,4

No avanço da produção industrial nacional na passagem de março para abril de 2019, dez dos quinze locais pesquisados também mostraram taxas positivas. Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%) assinalaram os avanços mais acentuados, com todos revertendo o comportamento negativo observado em março último: -4,7%, -10,0%, -8,7% e -6,6%, respectivamente. Por outro lado, Pará, com recuo atípico de 30,3%, apontou a perda mais elevada nesse mês, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo verificado no setor extrativo, influenciado não só pela paralisação de plantas produtivas por questões ambientais, em consequência dos efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG), mas também pelo impacto causado pelo maior volume de chuvas no período. Na comparação com igual mês do ano anterior, nove dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Nesse mês, Pará (-31,0%), Espírito Santo (-18,0%) e Minas Gerais (-10,9%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos.

Produção Industrial % Mensal % Anual % No Ano % 12 meses
Amazonas -1,2 4,0 -3,0 -2,7
Pará  -30,3 -31,0 -7,8 5,0
Região Nordeste  6,1 -0,9 -3,4 -1,0
Ceará  3,7 6,5 1,8 -0,1
Pernambuco  8,3 3,3 -1,1 2,8
Bahia  7,4 -1,2 -2,9 -0,8
Minas Gerais  0,1 -10,9 -4,8 -2,6
Espírito Santo  -5,5 -18,0 -10,3 -3,2
Rio de Janeiro  -4,5 -8,8 -3,2 -0,4
São Paulo  2,4 -2,5 -2,6 -2,3
Paraná  0,3 2,1 6,2 3,1
Santa Catarina  1,3 3,2 3,0 2,8
Rio Grande do Sul  2,3 6,3 6,2 6,6
Mato Grosso  5,1 -3,9 -4,8 -2,6
Goiás  -1,4 -5,9 -0,2 -4,9
Brasil  0,3 -3,9 -2,7 -1,1

 

Produção Industrial por Categorias Econômicas em Abril de 2019

No acréscimo de 0,3% da atividade industrial na passagem de março para abril de 2019, três das quatro grandes categorias econômicas mostraram expansão na produção: bens de consumo duráveis (3,4%), bens de capital (2,9%) e bens de consumo semi e não-duráveis (2,6%) assinalaram as taxas positivas em abril de 2019. Com esses resultados, o primeiro segmento eliminou o recuo de 0,6% observado em março; o segundo completou o terceiro mês consecutivo de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 9,1%; e o último voltou a crescer após registrar queda de 0,9% no mês anterior. Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários (-1,4%) apontou a única taxa negativa nesse mês e marcou o quarto recuo seguido, acumulando nesse período redução de 4,2%.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou decréscimo de 0,1% no trimestre encerrado em abril de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens intermediários, ao recuar 1,4%, apontou a queda mais acentuada nesse mês e o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 2,6%. Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (2,9%), de bens de consumo duráveis (2,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,8%) assinalaram os avanços em abril de 2019, com o primeiro intensificando a expansão verificada no mês anterior (1,3%), quando interrompeu quatro meses seguidos de taxas negativas; o segundo registrando o terceiro mês consecutivo de crescimento e acumulando nesse período ganho de 5,1%; e o último mantendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em janeiro de 2019.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,9% em abril de 2019, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas. Vale citar que abril de 2019 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21). Bens intermediários (-6,1%) assinalou, em abril de 2019, o recuo mais acentuado entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%) e de bens de capital (-0,6%) também apontaram taxas negativas, mas que foram menos elevadas do que a média nacional (-3,9%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (1,2%) marcou o único resultado positivo nesse mês.

A produção de bens intermediários apontou redução de 6,1% em abril de 2019 frente a igual período do ano anterior, oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais elevada desde outubro de 2016 (-7,2%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-24,0%), de produtos alimentícios (-12,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,7%) e de celulose, papel e produtos de papel (-0,9%), enquanto as pressões positivas foram registradas por metalurgia (1,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos de metal (2,9%), outros produtos químicos (1,3%), produtos têxteis (4,6%), produtos de minerais não-metálicos (0,8%) e máquinas e equipamentos (0,4%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (0,4%), que voltou a crescer após recuar 4,1% em março último; e de embalagens (5,1%), que mostrou o quarto avanço seguido nesse tipo de comparação e que foi o mais acentuado dessa sequência.

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 0,7% no índice mensal de abril de 2019, apontou o segundo resultado negativo seguido, mas com queda bem menos elevada do que a registrada no mês anterior (-5,3%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pela queda verificada no grupamento de carburantes (-9,1%), influenciado pela menor fabricação de álcool etílico e gasolina automotiva. Vale citar também o resultado negativo assinalado pelo subsetor de não-duráveis (-2,2%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de livros, brochuras ou impressos sob encomenda e medicamentos. Por outro lado, os subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (1,5%) e de semiduráveis (1,6%) apontaram as taxas positivas nessa categoria, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de cervejas, chope, sucos concentrados de frutas, carnes e miudezas de aves congeladas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes, sorvetes e picolés, pães e massas alimentícias secas, no primeiro; e de calçados de material sintético feminino, conjuntos de uso feminino (de malha ou não), artefatos de alumínio para uso doméstico, calçados de plástico moldado feminino, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha), camisetas de malha, calçados de borracha moldado e calças, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de uso masculino (de malha ou não), no segundo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o setor produtor de bens de capital, ao recuar 0,6% em abril de 2019, marcou o segundo resultado negativo consecutivo, mas com queda bem menos acentuada do que a verificada no mês anterior (-11,1%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande parte, pelo recuo observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-2,9%), pressionado, principalmente, pela menor fabricação de embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), veículos para o transporte de mercadorias, aviões, caminhões e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-6,8%), para energia elétrica (-11,9%) e agrícolas (-8,8%). Por outro lado, os impactos positivos foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (8,1%) e para construção (5,3%).

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 1,2% em abril de 2019 frente a igual período do ano anterior, após recuar 15,5% em março último. Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelocrescimento na fabricação de eletrodomésticos da “linha branca” (9,8%) e deautomóveis (1,3%). Vale citar também as expansões assinaladas por motocicletas (2,8%) e outros eletrodomésticos (12,6%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram verificados em eletrodomésticos da“linha marrom” (-9,8%) e móveis (-2,1%).

No índice acumulado para janeiro-abril de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 2,7%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas. O perfil dos resultados para o primeiro quadrimestre de 2019 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-3,1%) e bens intermediários (-3,1%), pressionadas, em grande parte, pelas reduções verificadas em bens de capital para equipamentos de transporte (-3,8%), na primeira; e indústrias extrativas (-11,8%), na segunda. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-2,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, mas ambos com recuo abaixo da magnitude observada na média nacional (-2,7%).

Em bases quadrimestrais, o setor industrial, ao recuar 2,7% nos quatro primeiros meses de 2019, intensificou a queda verificada no último quadrimestre de 2018 (-1,5%) e permaneceu com a clara perda de ritmo iniciada no primeiro quadrimestre de 2018 (4,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. A redução na intensidade da produção industrial também foi observada em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para bens de capital, que passou de 3,5% no último quadrimestre de 2018 para -3,1% no período janeiro-abril de 2019, pressionada, em grande parte, pela menor fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (de 8,0% para -3,8%) e agrícolas (de 23,6% para -5,1%). Os setores produtores de bens intermediários (de -2,0% para -3,1%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (de -1,2% para -1,3%) também fizeram esse movimento entre os dois períodos, enquanto o segmento de bens de consumo duráveis (de -2,9% para -2,2%) foi o único que mostrou redução na magnitude de perda.

 

Produção Industrial por Região em Abril de 2019

No acréscimo de 0,3% da produção industrial nacional na passagem de março para abril de 2019, série com ajuste sazonal, dez dos quinze locais pesquisados também mostraram taxas positivas. Nesse mês, Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%) assinalaram os avanços mais acentuados, com todos revertendo o comportamento negativo observado em março último: -4,7%, -10,0%, -8,7% e -6,6%, respectivamente. Ceará (3,7%), São Paulo (2,4%), Rio Grande do Sul (2,3%) e Santa Catarina (1,3%) também alcançaram resultados acima da média nacional (0,3%), enquanto Paraná (0,3%) e Minas Gerais (0,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em abril de 2019. Por outro lado, Pará, com recuo atípico de 30,3%, apontou a perda mais elevada nesse mês, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo verificado no setor extrativo, influenciado não só pela paralisação de plantas produtivas por questões ambientais, em consequência dos efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG), mas também pelo impacto causado pelo maior volume de chuvas no período. Vale ressaltar que esse recuo foi o mais intenso da série histórica e o terceiro consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período redução de 38,8%. As demais taxas negativas foram registradas por Espírito Santo (-5,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Goiás (-1,4%) e Amazonas (-1,2%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou decréscimo de 0,1% no trimestre encerrado em abril de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, seis dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Pará (-13,5%), Espírito Santo (-4,3%), Minas Gerais (-2,6%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Goiás (-0,9%). Por outro lado, Pernambuco (2,9%), Paraná (1,2%), Ceará (1,2%), São Paulo (1,2%), Santa Catarina (1,1%) e Bahia (0,9%) registraram os avanços mais elevados em abril de 2019.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,9% em abril de 2019, com nove dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que abril de 2019 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, Pará (-31,0%), Espírito Santo (-18,0%) e Minas Gerais (-10,9%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos, pressionados, principalmente, pelas quedas observadas nos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo; e de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no último. Rio de Janeiro (-8,8%) e Goiás (-5,9%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-3,9%), enquanto Mato Grosso (-3,9%), São Paulo (-2,5%), Bahia (-1,2%) e Região Nordeste (-0,9%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês. Por outro lado, Ceará (6,5%), Rio Grande do Sul (6,3%) e Amazonas (4,0%) apontaram os avanços mais acentuados em abril de 2019, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo das atividades de produtos de metal (rolhas, tampas ou cápsulas metálicas), couro, artigos para viagem e calçados (calçados de plástico moldado e tênis de material sintético) e bebidas (cervejas, chope e refrigerantes), no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus) e outros produtos químicos (etileno não-saturado, adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio, propeno não-saturado, polipropileno, polietileno linear, tolueno e polietileno de alta densidade), no segundo; e de bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas), no último. Pernambuco (3,3%), Santa Catarina (3,2%) e Paraná (2,1%) também mostraram taxas positivas nesse mês.

No indicador acumulado para o período janeiro-abril de 2019, frente a igual período do ano anterior, a redução verificada na produção nacional alcançou onze dos quinze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-10,3%) e Pará (-7,8%), pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas (óleos brutos de petróleos e minérios de ferro pelotizados ou sinterizados) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no segundo. Mato Grosso (-4,8%), Minas Gerais (-4,8%), Região Nordeste (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,2%), Amazonas (-3,0%) e Bahia (-2,9%) também registraram taxas negativas mais elevadas do que a média da indústria (-2,7%), enquanto São Paulo (-2,6%), Pernambuco (-1,1%) e Goiás (-0,2%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos quatro primeiros meses de 2019. Por outro lado, Rio Grande do Sul (6,2%) e Paraná (6,2%) apontaram os avanços mais elevados no índice do acumulado no ano, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus) e produtos de metal (construções pré- fabricadas de metal, artefatos de alumínio para uso doméstico, revólveres e pistolas e estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas), no primeiro local; e de produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, rações, carnes de bovinos congeladas e açúcar cristal), veículos automotores, reboques e carrocerias (caminhão-trator para reboques e semirreboques e automóveis) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita), no segundo. Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) também mostraram taxas positivas no indicador acumulado do período janeiro-abril de 2019.

Em bases quadrimestrais, o setor industrial, ao recuar 2,7% nos quatro primeiros meses de 2019, intensificou a queda verificada no último quadrimestre de 2018 (-1,5%) e permaneceu com a clara perda de ritmo iniciada no primeiro quadrimestre de 2018 (4,4%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Em termos regionais, dez dos quinze locais pesquisados assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Pará (de 10,3% para -7,8%), Espírito Santo (de 3,7% para -10,3%), Minas Gerais (de -0,5% para -4,8%), Bahia (de 1,2% para -2,9%), Mato Grosso (de -1,0% para -4,8%) e Rio Grande do Sul (de 9,9% para 6,2%). Por outro lado, Goiás (de -7,2% para -0,2%) e Paraná (de 0,7 para 6,2%) apontaram os avanços mais acentuados entre os dois períodos.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao assinalar queda de 1,1% em abril de 2019, apontou o segundo resultado negativo consecutivo e intensificou a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Em termos regionais, dez dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em abril de 2019, mas quatorze apontaram menor dinamismo frente aos índices de março último. Pará (de 7,2% para 5,0%), Rio de Janeiro (de 1,1% para -0,4%), São Paulo (de -1,0% para -2,3%), Espírito Santo (de -2,0% para -3,2%), Minas Gerais (de -1,4% para -2,6%) e Mato Grosso (de -1,4% para -2,6%) assinalaram as principais perdas de ritmo entre março e abril de 2019, enquanto Ceará (de -0,1% para -0,1%) foi o único que não registrou redução entre os dois períodos.

 

Produção Industrial por Setores Industriais em Abril de 2019

No avanço da atividade industrial na passagem de março para abril de 2019, 20 dos 26 ramos pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), com todos revertendo o comportamento negativo observado em março último: -2,8%, -0,1%, -3,9% e -5,0%, respectivamente. Outras contribuições positivas relevantes vieram de bebidas (3,4%), de metalurgia (1,7%), de couro, artigos para viagem e calçados (5,4%), de produtos têxteis (5,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,9%). Por outro lado, entre os seis ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por indústrias extrativas, que recuou 9,7%, marcando, dessa forma, o quarto resultado negativo consecutivo e acumulando nesse período redução de 25,7%. Vale citar também o impacto negativo assinalado pelo setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,0%), que recuou pelo segundo mês seguido e acumulou perda de 5,0% nesse período.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução em abril de 2019, com resultados negativos em 13 dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 52,8% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, indústrias extrativas (-24,0%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pela menor fabricação dos itens minérios de ferro, refletindo, em grande parte, os efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG) ocorrido em janeiro de 2019. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de produtos alimentícios (-4,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,1%), de impressão e reprodução de gravações (-27,1%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-13,0%), de outros equipamentos de transporte (-13,4%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%). Em termos de produtos, os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, farinha de trigo e carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas; óleos combustíveis e álcool etílico; livros, brochuras ou impressos sob encomenda, CDs e impressos padronizados para uso comercial; serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes e de máquinas motrizes não- elétricas; embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), aviões, vagões de passageiros e para transporte de mercadorias e partes e peças para veículos ferroviários; e televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes), transmissores ou receptores de telefonia celular, antenas e computadores pessoais de mesa (PC desktops). Por outro lado, ainda na comparação com abril de 2018, entre os doze setores que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por máquinas e equipamentos (4,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (1,9%), bebidas (5,2%) e produtos de metal (5,4%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou roletes para equipamentos industriais, máquinas para o setor de celulose, empilhadeiras propulsoras, ventiladores e coifas para uso industrial (exaustores), silos metálicos para cereais e aparelhos de ar-condicionado de paredes e de janelas (inclusive os do tiposplit system), no primeiro; de autopeças, reboques e semirreboques e automóveis, no segundo; de cervejas, chope e preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, no terceiro; e de construções pré-fabricadas de metal, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases, artefatos de alumínio para uso doméstico, aparelhos de barbear, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, caldeiras geradoras de vapor e pontes e elementos de pontes de ferro e aço, no quarto.

No índice acumulado para janeiro-abril de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 2,7%, com resultados negativos em 19 dos 26 ramos, 52 dos 79 grupos e 56,0% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, indústrias extrativas (-11,8%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de produtos alimentícios (-2,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,2%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,8%), de outros equipamentos de transporte (-11,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-3,2%), de impressão e reprodução de gravações (-15,7%), de produtos de madeira (-7,3%) e de celulose, papel e produtos de papel (-2,3%), influenciadas, principalmente, pelos itens açúcar VHP, cristal e refinado de cana-de-açúcar, sucos concentrados de laranja, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, farinha de trigo e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas; televisores e computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes); medicamentos; serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral; aviões, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas) e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias; peças e acessórios de plástico e de borracha para indústria automobilística, pneus novos para automóveis, artigos descartáveis de plástico, artigos de plástico para uso doméstico, tubos ou canos de plásticos para construção civil e conexões, juntas, cotovelos e outros acessórios de plástico para tubos; livros, brochuras ou impressos sob encomenda, CDs, rótulos adesivos de papel impressos, impressos para fins publicitários ou promocionais em papel e DVDs; madeira serrada, aplainada ou polida e painéis de fibras de madeira; e pastas químicas de madeira (celulose). Por outro lado, entre as sete atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por bebidas (5,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%) e produtos de metal (5,3%), impulsionadas, em grande parte, pelos itens cervejas e chope, na primeira; óleo diesel, na segunda; e construções pré-fabricadas de metal, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases, aparelhos de barbear, artefatos de alumínio e de ferro e aço para uso doméstico, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, revólveres e pistolas, caldeiras geradoras de vapor e artefatos diversos de ferro e aço trefilados, na terceira.

 

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