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Produção Industrial Brasileira em Maio de 2019

Em maio de 2019, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando, assim, parte do acréscimo de 0,3% observado em abril último. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou expansão de 7,1% em maio de 2019, após registrar quedas em março (-6,2%) e abril (-3,9%). Assim, o setor industrial acumulou perda de 0,7% nos cinco primeiros meses de 2019. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -1,1% em abril para 0,0% em maio de 2019, interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%).

Produção Industrial % Mensal % Anual % No Ano % 12 meses
Indústria Geral -0,2 7,1 -0,7 0,0
     Bens de Capital 0,5 22,2 1,9 4,2
     Bens Intermediários 1,3 2,3 -2,0 -0,9
     Bens de Consumo -1,8 14,9 1,7 1,0
          Duráveis -1,4 28,0 3,3 3,7
          Semi Duráveis e Não Duráveis -1,6 11,4 1,2 0,2

No decréscimo da produção industrial nacional na passagem de abril para maio de 2019, série com ajuste sazonal, oito dos quinze locais pesquisados também mostraram taxas negativas. Nesse mês, Espírito Santo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-1,0%) assinalaram os recuos mais acentuados. Por outro lado, Pará, com crescimento atípico de 59,1%, assinalou o avanço mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela retomada da produção de importantes plantas produtivas no setor extrativo, após o maior volume de chuvas observado no mês anterior. Vale ressaltar que essa expansão foi a mais intensa da série histórica, revertendo, assim, três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 38,7%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento em maio de 2019, com doze dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale destacar que, o avanço observado no índice mensal desse mês foi influenciado, não só pelo efeito-calendário, já que maio de 2019 teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que em maio de 2018, a atividade industrial nacional recuou 6,3%, refletindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país.

Produção Industrial % Mensal % Anual % No Ano % 12 meses
Amazonas 1,2 3,0 -1,8 -2,8
Pará  59,1 -0,7 -6,2 4,4
Região Nordeste  -0,9 6,6 -1,4 0,3
Ceará  -0,9 11,4 3,6 1,5
Pernambuco  -0,6 13,6 1,5 3,9
Bahia  1,1 12,3 0,1 1,4
Minas Gerais  -1,0 -2,4 -4,3 -2,1
Espírito Santo  -2,2 -17,4 -11,8 -4,1
Rio de Janeiro  8,8 5,1 -1,5 -0,1
São Paulo  0,1 11,7 0,5 -0,9
Paraná  0,7 27,8 10,4 6,3
Santa Catarina  -1,3 19,3 6,1 5,0
Rio Grande do Sul  -1,4 19,9 8,8 9,2
Mato Grosso  -0,7 5,7 -2,7 -0,9
Goiás  1,6 13,9 3,2 -2,5
Brasil  -0,2 7,1 -0,7 0,0

 

Produção Industrial por Categorias Econômicas em Maio de 2019

Entre as grandes categorias econômicas, na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) e bens de consumo duráveis (-1,4%) assinalaram as taxas negativas em maio de 2019, com ambas eliminando parte do avanço registrado no mês anterior: 2,8% e 3,3%, respectivamente. Por outro lado, os setores produtores de bens intermediários (1,3%) e de bens de capital (0,5%) apontaram os resultados positivos nesse mês, com o primeiro interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou recuo de 4,4%; e o segundo completando o quarto mês seguido de expansão e acumulando ganho de 10,0% nesse período.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou decréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em maio de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens intermediários, ao recuar 0,7%, apontou a única taxa negativa nesse mês e o quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 3,3%. Por outro lado, os setores produtores de bens de capital (1,4%), de bens de consumo duráveis (0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,1%) assinalaram os avanços em maio de 2019, com o primeiro crescendo pelo terceiro mês seguido e registrando expansão de 5,8% nesse período; o segundo marcando o quarto mês consecutivo de crescimento e acumulando nesse período ganho de 4,8%; e o último mantendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em janeiro de 2019.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 7,1% em maio de 2019, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas. Vale citar que maio de 2019 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21). Bens de consumo duráveis (28,0%) e bens de capital (22,2%) assinalaram, em maio de 2019, as expansões mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (11,4%) e de bens intermediários (2,3%) também mostraram taxas positivas nesse mês, com o primeiro avançando acima da média nacional (7,1%); e o segundo com o crescimento mais moderado entre as categorias econômicas.

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 28,0% em maio de 2019 frente a igual período do ano anterior, segunda taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde abril de 2018 (35,9%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (39,9%). Vale citar também as expansões assinaladas poreletrodomésticos da “linha branca” (37,5%) e da “linha marrom” (3,3%),outros eletrodomésticos (43,9%), móveis (11,8%) e motocicletas (2,8%).

O setor produtor de bens de capital apontou expansão de 22,2% no índice mensal de maio de 2019, revertendo, dessa forma, dois meses consecutivos de queda na produção: março (-11,0%) e abril (-0,2%). Vale destacar que o resultado desse mês foi o mais acentuado desde abril de 2018 (23,9%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, em grande medida, pelo avanço observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (32,1%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e reboques e semirreboques. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para fins industriais (9,3%), para construção (32,5%), de uso misto (11,5%), agrícolas (10,1%) e para energia elétrica (8,2%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao crescer 11,4% em maio de 2019, interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção: março (-5,3%) e abril (-0,8%). Vale ressaltar que o resultado desse mês foi o mais acentuado desde março de 2010 (11,7%). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela expansão observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (21,0%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de cervejas, chope, carnes e miudezas de aves congeladas, refrigerantes, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, biscoitos e bolachas, sucos concentrados de laranja, açúcar refinado de cana-de-açúcar, arroz, leite esterilizado/UHT/Longa Vida, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos e massas alimentícias secas. Vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de não -duráveis (7,1%) e de semiduráveis (9,3%), influenciados, em grande medida, pelos avanços registrados nos itens medicamentos, sabões ou detergentes em pó e papel higiênico, no primeiro; e calçados de material sintético feminino, artefatos de alumínio para uso doméstico, camisetas de malha, conjuntos de uso feminino (de malha), camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha), vestidos de malha, telefones celulares, maiôs e biquínis, calças, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes (de malha) e calçados de plástico moldado feminino, no segundo. Por outro lado, o subsetor de carburantes (-3,7%) apontou a única taxa negativa nessa categoria, pressionado pela menor produção de gasolina automotiva.

A produção de bens intermediários assinalou crescimento de 2,3% no índice mensal de maio de 2019, interrompendo, dessa forma, oito meses consecutivos de taxas negativas nesse tipo de comparação. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (21,6%), de produtos alimentícios (12,7%), de produtos de minerais não-metálicos (16,6%), de celulose, papel e produtos de papel (14,3%), de produtos de metal (11,8%), de outros produtos químicos (6,1%), de metalurgia (6,1%), de produtos de borracha e de material plástico (8,6%), de máquinas e equipamentos (9,2%) e de produtos têxteis (6,2%), enquanto as pressões negativas foram registradas por indústrias extrativas (-18,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,0%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados positivos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (14,5%) e de embalagens (20,3%), com ambos apontando os avanços mais elevados desde o início da série histórica.

No índice acumulado para janeiro-maio de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 0,7%, com resultados negativos em uma das quatro grandes categorias econômicas. O perfil dos resultados para os cinco primeiros meses de 2019 mostrou menor dinamismo para bens intermediários (-2,0%), pressionada, sobretudo, pela redução verificada em indústrias extrativas (-13,2%), explicada, principalmente, pelos efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG) ocorrido em janeiro de 2019. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (3,3%), de bens de capital (1,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (1,2%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado no ano.

 

Produção Industrial por Região em Maio de 2019

No decréscimo de 0,2% da produção industrial nacional na passagem de abril para maio de 2019, série com ajuste sazonal, oito dos quinze locais pesquisados também mostraram taxas negativas. Nesse mês, Espírito Santo (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,4%), Santa Catarina (-1,3%) e Minas Gerais (-1,0%) assinalaram os recuos mais acentuados, com o primeiro local marcando a segunda taxa negativa consecutiva e acumulando perda de 6,7% nesse período; o segundo eliminando parte do crescimento de 3,2% registrado nos meses de março e abril de 2019; o terceiro interrompendo quatro meses seguidos de resultados positivos, período em que acumulou expansão de 4,9%; e o último voltando a recuar após apontar ligeiro acréscimo de 0,1% em abril de 2019. Região Nordeste (-0,9%), Ceará (-0,9%), Mato Grosso (-0,7%) e Pernambuco (-0,6%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em maio de 2019. Por outro lado, Pará, com crescimento atípico de 59,1%, assinalou o avanço mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela retomada da produção de importantes plantas produtivas no setor extrativo, após o maior volume de chuvas observado no mês anterior. Vale ressaltar que essa expansão foi a mais intensa da série histórica, revertendo, assim, três meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 38,7%. As demais taxas positivas foram registradas por Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou decréscimo de 0,4% no trimestre encerrado em maio de 2019 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, sete dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Mato Grosso (-1,6%), Espírito Santo (-1,3%), Região Nordeste (-1,3%), Minas Gerais (-1,0%), Bahia (-0,8%) e Pará (-0,7%). Por outro lado, Rio de Janeiro (1,9%), Paraná (0,9%), Goiás (0,6%), Pernambuco (0,6%) e Rio Grande do Sul (0,6%) registraram os avanços mais elevados em maio de 2019.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 7,1% em maio de 2019, com doze dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale destacar que, o avanço observado no índice mensal desse mês foi influenciado, não só pelo efeito-calendário, já que maio de 2019 teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que em maio de 2018, a atividade industrial nacional recuou 6,3%, refletindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país. Deste modo, Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%) assinalaram os avanços mais intensos nesse mês, impulsionados, principalmente, pelos aumentos observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, rações e açúcar VHP e cristal) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita e tratores agrícolas), no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e reboques e semirreboques), produtos alimentícios (arroz, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, rações e carnes de suínos congeladas, frescas ou refrigeradas) e máquinas e equipamentos (tratores agrícolas, semeadores, plantadeiras ou adubadores e partes e peças para máquinas para colheita), no segundo; e de produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, óleo de soja refinado, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, rações e preparações e conservas de peixes), confecção de artigos do vestuário e acessórios (conjuntos de malha, camisetas de malha, camisas, blusas e semelhantes de malha de uso feminino e vestidos de malha) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e transformadores), no último. Goiás (13,9%), Pernambuco (13,6%), Bahia (12,3%), São Paulo (11,7%) e Ceará (11,4%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (7,1%), enquanto Região Nordeste (6,6%), Mato Grosso (5,7%), Rio de Janeiro (5,1%) e Amazonas (3,0%) completaram o conjunto de locais com avanços na produção nesse mês. Por outro lado, Espírito Santo (-17,4%) assinalou o recuo mais elevado em maio de 2019, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural). Minas Gerais (-2,4%) e Pará (-0,7%) apontaram as demais taxas negativas nesse mês.

No indicador acumulado para o período janeiro-maio de 2019, frente a igual período do ano anterior, a redução verificada na produção nacional alcançou sete dos quinze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-11,8%), Pará (-6,2%) e Minas Gerais (-4,3%), pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no segundo; e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no terceiro. Mato Grosso (-2,7%), Amazonas (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Região Nordeste (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos cinco primeiros meses de 2019. Por outro lado, Paraná (10,4%), Rio Grande do Sul (8,8%) e Santa Catarina (6,1%) apontaram os avanços mais elevados no índice do acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e caminhão-trator para reboques e semirreboques), produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas, rações, carnes de bovinos congeladas e açúcar cristal) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita), no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus), no segundo; e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (refrigeradores ou congeladores para uso doméstico), produtos alimentícios (óleo de soja refinado, preparações e conservas de peixes e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos) e máquinas e equipamentos (silos metálicos para cereais), no terceiro. Ceará (3,6%), Goiás (3,2%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (0,5%) e Bahia (0,1%) mostraram as taxas positivas no indicador acumulado do período janeiro-maio de 2019.

O setor industrial, ao recuar 0,7% no período janeiro-maio de 2019, mostrou menor dinamismo frente ao comportamento observado no último semestre de 2018 (0,0%) e manteve a clara perda de ritmo iniciada no segundo semestre de 2017 (4,0%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Em termos regionais, nove dos quinze locais pesquisados também assinalaram perda de dinamismo, com destaque para Pará, que passou de 11,0% no segundo semestre de 2018 para -6,2% no índice acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, Espírito Santo (de 2,7% para -11,8%), Minas Gerais (de -0,8% para -4,3%), Pernambuco (de 4,8% para 1,5%) e Mato Grosso (de 0,3% para -2,7%). Por outro lado, Goiás (de -5,7% para 3,2%) e Paraná (de 2,7% para 10,4%) apontaram os avanços mais acentuados entre os dois períodos.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -1,1% em abril para 0,0% em maio de 2019, interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Em termos regionais, oito dos quinze locais pesquisados mostraram taxas positivas em maio de 2019, mas doze apontaram maior dinamismo frente aos índices de abril último. Paraná (de 3,1% para 6,3%), Rio Grande do Sul (de 6,5% para 9,2%), Goiás (de -4,9% para -2,5%), Santa Catarina (de 2,8% para 5,0%), Bahia (de -0,8% para 1,4%), Mato Grosso (de -2,6% para -0,9%) e Ceará (de -0,1% para 1,5%) assinalaram os principais ganhos de ritmo entre abril e maio de 2019, enquanto Espírito Santo (de -3,2% para -4,1%), Pará (de 5,0% para 4,4%) e Amazonas (de -2,7% para - 2,8%) registraram as perdas entre os dois períodos.

 

Produção Industrial por Setores Industriais em Maio de 2019

No decréscimo da atividade industrial na passagem de abril para maio de 2019, 18 dos 26 ramos pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para o recuo de 2,4% assinalado por veículos automotores, reboques e carrocerias, que devolveu parte do avanço de 6,4% observado no mês anterior. Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-3,5%), de couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), de outros produtos químicos (-2,0%), de produtos de metal (-2,3%), de produtos de minerais não-metálicos (-2,1%) e de produtos diversos (-5,8%), com todos revertendo o comportamento positivo verificado em abril último: 3,5%, 5,8%, 4,5%, 1,4%, 0,5% e 3,6%, respectivamente. Por outro lado, entre os oito ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por indústrias extrativas, que avançou 9,2%, eliminando, dessa forma, parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019. Vale citar também o impacto positivo assinalado pelo setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), que interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção e acumulou perda de 4,9%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão em maio de 2019, com resultados positivos em 21 dos 26 ramos, 66 dos 79 grupos e 68,0% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que maio de 2019 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21). Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (37,1%) e produtos alimentícios (16,2%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças, na primeira; e carnes e miudezas de aves congeladas, açúcar cristal, VHP e refinado de cana-de-açúcar, rações, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, biscoitos e bolachas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, sucos concentrados de laranja e carnes de suínos congeladas, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de bebidas (23,9%), de máquinas e equipamentos (14,5%), de produtos de minerais não-metálicos (16,3%), de celulose, papel e produtos de papel (14,5%), de produtos de metal (14,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,3%), de metalurgia (6,1%), de outros produtos químicos (6,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (14,2%), de produtos de borracha e de material plástico (7,8%) e de móveis (18,6%). Em termos de produtos, os impactos positivos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, cervejas, chope, refrigerantes e preparações em xarope para elaborações de bebidas para fins industriais; motoniveladores, carregadoras-transportadoras, partes e peças para máquinas para colheita, silos metálicos para cereais, peças ou acessórios para máquinas para perfuração ou sondagem de petróleo, tratores agrícolas, elevadores para o transporte de pessoas, máquinas para o setor de celulose e máquinas para extração ou preparação de óleo ou gordura animal ou vegetal; cimentos“Portland”, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ourevestimento, garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem, massa de concreto preparada para construção e vidro flotado, debastado ou polido; pastas químicas de madeira (celulose), caixas de papelão ondulado ou corrugado (impressas ou não), caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão (impressas ou não) e papel higiênico; construções pré- fabricadas de metal, latas de alumínio para embalagens, artefatos diversos de ferro/aço estampado para indústria automobilística, artefatos de alumínio para uso doméstico, parafusos, ganchos, pinos, porcas e outros artefatos de ferro e aço, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases, aparelhos de barbear, caldeiras geradoras de vapor, esquadrias de alumínio, rolhas, tampas ou cápsulas metálicas e estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas; refrigeradores ou congeladores (freezers), eletroportáteis domésticos, máquinas de lavar ou secar roupa para uso doméstico, ventiladores para uso doméstico, disjuntores e fusíveis, motores elétricos de corrente alternada ou contínua e fogões de cozinha; vergalhões de aços ao carbono, ferronióbio, barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e ouro em formas brutas; herbicidas, fungicidas e inseticidas para uso na agricultura, adubos ou fertilizantes minerais ou químicos nitrogenados, tereftalato de polietileno (PET), polietileno de alta densidade (PEAD), tintas e vernizes para construção e hexametilenodiamina e seus sais; camisetas de malha, conjuntos de malha, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha), vestidos de malha, maiôs e biquínis e calças, bermudas, jardineiras, shortse semelhantes (de malha); garrafas, garrafões, frascos e artigos semelhantes de plástico, pneus novos para ônibus, caminhões e automóveis, sacos, sacolas e bolsas de plástico para embalagem ou transporte, filmes de material plástico (inclusive BOPP) para embalagem, tubos ou canos de plásticos para construção civil e reservatórios, caixas de água, cisternas, piscinas e artefatos semelhantes de plástico; e móveis diversos de madeira para instalações comerciais (gôndolas e semelhantes) e para escritório, móveis modulados de madeira para cozinhas, partes e peças de metal para móveis, armários de madeira para uso residencial, camas, beliches e outros tipos de camas de madeira, cômodas, estantes, poltronas e sofás de madeira, colchões e móveis diversos de metal para escritório. Por outro lado, ainda na comparação com maio de 2018, entre os cinco setores que apontaram redução na produção, o principal impacto no total da indústria foi registrado por indústrias extrativas (-18,2%), pressionado, em grande medida, pela menor fabricação de minérios de ferro, refletindo, em grande parte, os efeitos do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG) ocorrido em janeiro de 2019. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,3%), de outros equipamentos de transporte (-11,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,5%), influenciados, principalmente, pela menor produção de óleo diesel e gasolina automotiva, no primeiro; de embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), partes e peças para veículos ferroviários, aviões e vagões de passageiros e para transporte de mercadorias, no segundo; e de serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral, no terceiro.

No índice acumulado para janeiro-maio de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução, com resultados negativos em 10 dos 26 ramos, 41 dos 79 grupos e 48,6% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, indústrias extrativas (-13,2%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,6%), de outros equipamentos de transporte (-11,2%), de impressão e reprodução de gravações (-12,4%) e de produtos de madeira (-5,3%), influenciados, principalmente, pelos itens televisores, transmissores ou receptores de telefonia celular, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes), antenas e computadores pessoais de mesa (PC desktops); medicamentos; serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para usos industriais, de estruturas flutuantes e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral; aviões, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), vagões de passageiros e para transporte de mercadorias e partes e peças para veículos ferroviários; livros, brochuras ou impressos sob encomenda, CDs, rótulos adesivos de papel impressos, impressos para fins publicitários ou promocionais em papel e DVDs; e madeira serrada, aplainada ou polida e painéis de fibras de madeira. Por outro lado, entre as dezesseis atividades que apontaram ampliação na produção, a principal influência no total da indústria foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%), impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, reboques e semirreboques, autopeças e caminhões. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de bebidas (8,1%), de produtos alimentícios (1,7%), de produtos de metal (7,0%), de produtos de minerais não-metálicos (4,5%), de máquinas e equipamentos (2,1%), de outros produtos químicos (1,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,4%). Em termos de produtos, os impactos positivos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, cervejas, chope e refrigerantes; carnes e miudezas de aves congeladas, sorvetes e picolés, carnes de bovinos congeladas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes, rações, leite em pó e pães; construções pré-fabricadas de metal, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, artefatos de alumínio para uso doméstico, aparelhos de barbear, latas de alumínio para embalagens, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, revólveres e pistolas, caldeiras geradoras de vapor e artefatos diversos de ferro e aço trefilados; ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem,cimentos “Portland” e massa de concreto preparada para construção;carregadoras-transportadoras, silos metálicos para cereais, ventiladores e coifas (exaustores) para uso industrial, empilhadeiras propulsoras, partes e peças para máquinas para colheita e terminais comerciais de autoatendimento; fungicidas, herbicidas e inseticidas para uso na agricultura, adubos ou fertilizantes minerais ou químicos nitrogenados e tereftalato de polietileno (PET); e refrigeradores ou congeladores (freezers), ventiladores para uso doméstico, motores elétricos de corrente alternada ou contínua, disjuntores e fusíveis, interruptores, seccionadores e comutadores, cabos de fibras ópticas, fogões de cozinha e máquinas de lavar ou secar roupa para uso doméstico.

 

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