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PIB Brasil 2018

Em 2018, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,1% frente a 2017, mantendo o mesmo patamar de crescimento do ano anterior, quando recuperou-se após retrações de 3,5% em 2015, e 3,3% em 2016. Neste ano, a economia brasileira apresentou crescimento na Agropecuária (0,1%), na Indústria (0,6%) e Serviços (1,3%). O PIB do Brasil totalizou R$ 6,8 trilhões em 2018.

PIB VALOR CORRENTE (R$)
Brasil    6.827,586 Bilhões
Agropecuária   297,770 Bilhões
Indústria 1.259,199 Bilhões
Serviços 4.276,146 Bilhões
Famílias 4.392,357 Bilhões
Governo 1.346,136 Bilhões
Investimento 1.080,553 Bilhões
 
O PIB per capita variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018. A taxa de investimento em 2018 foi de 15,8% do PIB, abaixo do observado em 2017 (15,0%). Já a taxa de poupança foi de 14,5% (ante 14,3% em 2017).

Frente ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal, o PIB brasileiro teve alta de 0,1% no 4º trimestre de 2018. Foi o oitavo resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou (-0,3%).

Em relação ao 4º trimestre de 2017, o PIB cresceu 1,1% no último trimestre de 2018, o oitavo resultado positivo consecutivo, após onze trimestres de queda.  Agropecuária (2,4%) e Serviços (1,1%) cresceram, enquanto a Indústria caiu (-0,5%).

 

PIB Brasil – 4° Trimestre de 2018

O PIB brasileiro apresentou avanço de 0,1% na comparação do quarto contra o terceiro trimestre de 2018, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o oitavo resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. A Agropecuária e os Serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou 0,3%. Dentre as atividades industriais, a queda foi puxada pelas Indústrias de Transformação (-1,0%). Já as atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,9%), as Indústrias Extrativas (1,9%) e a Construção (0,1%) apresentaram variações positivas. Nos Serviços, apenas Informação e comunicação (2,1%), Atividades imobiliárias (0,7%), Outras atividades de serviços (0,4%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%) tiveram variações positivas, enquanto as negativas vieram de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,5%) Transporte, armazenagem e correio (-0,3%) e Comércio (-0,1%). Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 2,5%. A Despesa de Consumo do Governo registrou variação negativa de 0,3%. Já a Despesa de Consumo das Famílias (0,4%) apresentou variação positiva em relação ao trimestre imediatamente anterior. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 3,6%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 6,6% em relação ao terceiro trimestre de 2018.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB avançou 1,1% no último trimestre de 2018, o oitavo resultado positivo consecutivo, após onze trimestres de queda nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 1,2% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios subiram 0,5%. Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária registrou crescimento de 2,4% em relação a igual período do ano anterior, influenciada pelo desempenho positivo da Pecuária e Produção florestal. A Indústria encolheu 0,5%, a retração foi puxada pela Construção (-2,2%), que já tem queda por dezenove trimestres consecutivos, e também pela queda nas Indústrias de Transformação (-1,5%). Esta última foi influenciada, principalmente, pela queda na fabricação de produtos alimentícios, fabricação de equipamentos de informática e fabricação de equipamentos de transporte. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%) apresentou alta junto às Indústrias Extrativas (3,9%), estas últimas foram puxadas, principalmente, pela extração de minério de ferro. O valor adicionado de Serviços subiu 1,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a expansão de Atividades Imobiliárias (3,4%) e Informação e comunicação (2,5%) – atividade esta que inclui telecomunicações, atividades de TV, rádio e cinema, edição de jornais, livros e revistas, informática e demais serviços relacionados às tecnologias da informação e comunicação (TICs). Também houve resultado positivo para Transporte, armazenagem e correio (1,7%), Outras atividades de serviços (1,5%), Comércio (atacadista e varejista) (0,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%). Apenas as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,5%) apresentaram queda. Entre os componentes da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo tiveram expansão na comparação com igual período do ano anterior, enquanto a Despesa de Consumo do Governo apresentou resultado negativo. No quarto trimestre de 2018, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,5%. Este resultado pode ser explicado pela melhora no comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, mercado de trabalho ao longo do período, além da queda das taxas de juros. A Formação Bruta de Capital Fixo teve expansão de 3,0% no quarto trimestre de 2018, o quinto resultado positivo consecutivo. Este avanço é justificado, principalmente, pelo crescimento tanto da produção interna quanto das importações de bens de capital, compensando o desempenho negativo da construção neste período. A Despesa de Consumo do Governo, por sua vez, caiu 0,7% em relação ao quarto trimestre de 2017. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 12,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram em 6,0% no quarto trimestre de 2018. Dentre as exportações de bens, os maiores crescimentos ocorreram na agropecuária, extração e derivados de petróleo e outros equipamentos de transporte. O crescimento das importações de bens ocorre principalmente em outros equipamentos de transporte, produtos químicos e derivados do petróleo.

O PIB em 2018 teve crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior. Em decorrência deste crescimento, o PIB per capita alcançou R$ 32.747, (em valores correntes) em 2018, um ligeiro avanço (em termos reais) de 0,3% em relação ao ano anterior. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano. O crescimento do PIB resultou da expansão de 1,1% do Valor Adicionado a preços básicos e da alta de 1,4% no volume dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O avanço dos impostos reflete, principalmente, o crescimento em volume do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 1,5%. Influenciaram positivamente também o aumento de 7,9% do Imposto de importação – acompanhando o crescimento das importações e de 4,1% do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (0,1%), Indústria (0,6%) e Serviços (1,3%). Após alcançar crescimento recorde no ano de 2017, a atividade Agropecuária registra variação positiva de 0,1% em 2018, decorrente, principalmente, do desempenho da agricultura. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado em fevereiro de 2019, alguns produtos da lavoura registraram crescimento de produção no ano de 2017, tendo como destaque as seguintes culturas: café (29,4%), algodão (28,4%), trigo (25,1%) e soja (2,5%). Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa na estimativa de produção anual, como, por exemplo, milho (-18,3%), laranja (-10,7%), arroz (-5,8%) e cana (-2,0%). Cabe ressaltar que a estimativa para a Pecuária apontou um desempenho positivo dessa atividade no ano de 2018. Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que cresceu 2,3% em relação a 2017. Já o destaque negativo foi a Construção, que sofreu contração de -2,5%. As Indústrias de Transformação, por sua vez, avançaram 1,3% no ano. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento, em volume, do Valor Adicionado de fabricação de veículos automotores, fabricação de papel e celulose, farmacêutica, metalurgia e máquinas e equipamentos. Indústrias Extrativas tiveram expansão de 1,0% em relação a 2017, que se manteve positiva pela alta da extração de minérios ferrosos. Todas as atividades que compõem os Serviços apresentaram variação positiva. Atividades imobiliárias avançou 3,1%, seguida por Comércio (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (2,2%), Outras atividades de serviços (1,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%), Informação e comunicação (0,3%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade socials (0,2%).

PIB VALOR CORRENTE (R$) VARIAÇÃO TRIMESTRAL
VARIAÇÃO ANUAL
VARIACÃO ACUMULADA
Brasil    1.779,655 Bilhões 0,1% 1,1% 1,1%
Agropecuária   48,928 Bilhões 0,2% 2,4% 0,1%
Indústria 337,275 Bilhões -0,3% -0,5% 0,6%
Serviços 1.132,883 Bilhões 0,2% 1,1% 1,3%
Famílias 1.157,084 Bilhões 0,4% 1,5% 1,9%
Governo 381,975 Bilhões -0,3% -0,7% 0,0%
Investimento 283,392 Bilhões -2,5% 3,0% 4,1%

Comparando com os anos anteriores, nota-se que, após elevação de 6,5% no terceiro trimestre de 2008, o PIB começou a recuar em função dos efeitos decorrentes da crise econômica internacional até chegar à queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2009. Após isso, voltou a acelerar e superou o patamar de crescimento observado no período pré-crise no terceiro trimestre de 2010 (7,5%). Em seguida, o PIB acumulado em quatro trimestres seguiu a trajetória de desaceleração no decorrer dos anos de 2011 e de 2012, voltando a acelerar apenas em 2013. Em 2014 observou-se nova desaceleração das taxas de crescimento do PIB no acumulado em quatro trimestres: a taxa foi de 3,2% no primeiro trimestre, 2,1% no segundo, 1,2% no terceiro e 0,5% no último trimestre do ano. A taxa no primeiro trimestre de 2015 (-0,7%) foi a primeira negativa desde o quarto trimestre de 2009. No segundo e terceiro trimestres do ano, o PIB voltou a sofrer contração nesta base de comparação, encerrando o ano com recuo de 3,5%. A trajetória descendente do PIB se manteve em todo o ano de 2016, que acumulou queda de 3,3%. Ao longo de 2017, as quedas foram diminuindo até voltarem ao terreno positivo no último trimestre do ano, quando houve um crescimento de 1,1%. Em 2018 as taxas se mantiveram próximas a esse patamar e o ano encerrou também com 1,1% de crescimento. Na análise da despesa, vale salientar a expansão de 4,1% da Formação Bruta de Capital Fixo, resultado positivo após uma sequência de 4 anos negativos. Em 2014, 2015, 2016 e 2017 a Formação Bruta de Capital Fixo registrou quedas de 4,2%, 13,9%, 12,1% e 2,5%, respectivamente. A Despesa de Consumo das Famílias teve expansão de 1,9% em relação ao ano, o que pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2018. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, se manteve estável 0,0%. No âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 4,1%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 8,5%. Entre os produtos e serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram observados na agricultura, petróleo e gás, indústria automotiva e máquinas e equipamentos. Já entre as importações, as maiores altas foram observadas em refino de petróleo, materiais eletrônicos e equipamentos de comunicação e vestuário. O Produto Interno Bruto no ano de 2018 totalizou R$ 6.827,6 bilhões, sendo R$ 5.833,1 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 994,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Considerando o Valor Adicionado das atividades no ano, a Agropecuária registrou R$ 297,8 bilhões, a Indústria R$ 1.259,2 bilhões e os Serviços R$ 4.276,1 bilhões. Entre os componentes da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 4.392,4 bilhões, a Despesa de Consumo do Governo R$ 1.346,1 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 1.080,6 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 36,1 bilhões e a Variação de Estoque foi negativa em R$ 27,6 bilhões. A taxa de investimento no ano de 2018 foi de 15,8% do PIB, acima do observado no ano anterior (15,0%). A taxa de poupança foi de 14,5% em 2018 (ante 14,3% no ano anterior).

Taxa de Investimento 15,8%
Taxa de Poupança 14,5%

No resultado do ano de 2018, a Renda Nacional Bruta atingiu R$ 6.731,8 bilhões, contra R$ 6.439,7 bilhões em 2017. Nesta mesma base de comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 993,3 bilhões, contra R$ 937,0 bilhões no ano anterior. A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 58,1 bilhões, contra R$ 47,2 bilhões no ano anterior. O aumento da Necessidade de Financiamento decorre, principalmente, da redução do saldo externo de bens e serviços (no montante de R$ 29,6 bilhões), e do decréscimo de R$ 17,6 bilhões na Renda Líquida de Propriedade Enviada ao Resto do Mundo.

  

PIB Brasil – 3° Trimestre de 2018

O PIB cresceu 0,8% na comparação do terceiro trimestre de 2017 contra o segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. A Agropecuária registrou crescimento de 0,7%, a Indústria teve variação positiva de 0,4% e os Serviços aumentaram em 0,5%. Dentre as atividades industriais, houve crescimento de 0,8% nas Indústrias de transformação. Tanto as Indústrias extrativas quanto a Construção tiveram variação positiva de 0,7%. O único resultado negativo ficou por conta de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,1%). Nos Serviços, todos os setores apresentaram resultado positivo: Transporte, armazenagem e correio (2,6%); Comércio (1,1%); Atividades imobiliárias (1,0%); Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%); Informação e comunicação (0,2%); Outras atividades de serviços (0,2%); e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%). Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias teve expansão de 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, enquanto que a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu em 6,6%. Já a Despesa de Consumo do Governo cresce 0,3%. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram expansão de 6,7%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços cresceram 10,2% em relação ao segundo trimestre de 2018.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou expansão de 1,3% no terceiro trimestre de 2018. O Valor Adicionado a preços básicos teve aumento de 1,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 1,3%. Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária registrou crescimento de 2,5% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no terceiro trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de novembro o crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade de culturas com safras relevantes nesse trimestre, como o café (26,6%), algodão herbáceo (28,4%) suplantou o fraco desempenho de culturas como, por exemplo, cana de açúcar (-2,2%), mandioca (-3,2%), laranja (-8,4%) e milho (- 17,9%). Cabe mencionar que as estimativas para Pecuária e Produção Florestal apontaram um desempenho positivo dessas atividades no período analisado. A Indústria registrou variação positiva de 0,8%. Nesse contexto, as Indústrias de transformação apresentaram crescimento de 1,6%. O seu resultado foi influenciado, principalmente, pelo aumento da fabricação de veículos; de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; de celulose e papel; máquinas e equipamentos; indústria farmacêutica e produtos de metal. As Indústrias extrativas se expandiram em 0,7% em relação ao terceiro trimestre de 2017, puxadas pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, por sua vez, registrou variação positiva de 0,5%. Já Construção apresentou redução no volume do valor adicionado: -1,0%, que é a décima oitava redução consecutiva nessa comparação. O valor adicionado de Serviços teve expansão de 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o crescimento de Atividades imobiliárias (3,2%), seguido por Transporte, armazenagem e correio (2,9%). Cresceram também: Comércio (1,6%), Informação e comunicação (1,1%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%), Outras atividades de serviços (0,6%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%). Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias registrou resultado positivo pelo sexto trimestre seguido: crescimento de 1,4%. Este resultado foi influenciado pelas circunstâncias de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre como a menor taxa de juros, acesso ao crédito e um crescimento da massa salarial real em comparação com o terceiro trimestre de 2017. A Formação Bruta de Capital Fixo teve variação positiva de 7,8% no terceiro trimestre de 2018. A magnitude deste avanço é justificada pela incorporação de bens destinados à indústria de óleo e gás decorrente de modificações no regime REPETRO. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 2,6%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços aumentaram em 13,5% no terceiro trimestre de 2018. Dentre as exportações de bens, aqueles que registraram os maiores aumentos foram agropecuária; extração de petróleo e gás; e derivados do petróleo. Na pauta de importações de bens, os aumentos mais relevantes ocorreram em equipamentos de transportes; veículos automotores e produtos químicos.

O PIB no acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2018 cresceu 1,1% em relação a igual período de 2017. Nesta base de comparação, Agropecuária apresentou variação negativa de 0,3%, enquanto que Indústria (0,9%) e Serviços (1,4%) registraram crescimento. Dentre as atividades da Indústria que registram resultado positivo nesta base de comparação foram Indústrias de transformação (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,5%). Indústrias extrativas tivera variação nula e apenas a Construção (-2,6%) acumula queda. Nos Serviços houve crescimento: Atividades imobiliárias (3,0%); Comércio (2,8%); Transporte, armazenagem e correio (2,3%); Outras atividades de serviços (0,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,3%). O único resultado negativo ficou por conta de Informação e comunicação (-0,4). Na análise da demanda interna, considerando o resultado acumulado do ano até setembro de 2018, a Formação Bruta de Capital Fixo e a Despesa de Consumo das Famílias cresceram, respectivamente, 4,5% e 2,0%. Já a Despesa de Consumo do Governo registrou variação de 0,3%. Analisando o setor externo, as Importações de Bens e Serviços apresentaram expansão de 9,4%, enquanto que as Exportações de Bens e Serviços cresceram 1,5%.

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2018 apresentou variação positiva de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou das elevações no Valor Adicionado a preços básicos (1,3%) e do nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios (2,1%). O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (0,4%), Indústria (1,3%) e Serviços (1,5%). Dentre as atividades industriais, Indústrias de transformação (3,1%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,1%) apresentaram crescimento. Indústrias extrativas tiveram variação nula e a Construção (-2,5%) sofreu contração. Já dentre os Serviços houve variação positiva em todos os setores. Comércio (3,3%); Atividades imobiliárias (2,8%); Transporte, armazenagem e correio (2,7%); Outras atividades de serviços (1,0%); Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%); Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,4%); Informação e comunicação (0,1%). Considerando as taxas de crescimento acumulado nos últimos quatro trimestres para o PIB a preços de mercado, a partir de 1996, nota-se que, após elevação de 6,5% no terceiro trimestre de 2008, o PIB começou a recuar em função dos efeitos decorrentes da crise econômica internacional até chegar à queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2009. Após isso, voltou a acelerar e superou o patamar de crescimento observado no período pré-crise no terceiro trimestre de 2010 (7,5%). Em seguida, o PIB acumulado em quatro trimestres seguiu a trajetória de desaceleração no decorrer dos anos de 2011 e de 2012, voltando a acelerar apenas em 2013. Em 2014 observou-se nova desaceleração das taxas de crescimento do PIB encerrando o ano em 0,5%. A taxa no primeiro trimestre de 2015 (-0,7%) foi a primeira negativa desde o quarto trimestre de 2009, alcançando -3,5% ao final do ano. O desempenho negativo de 2015 se repetiu em 2016 (-3,3%). Já nos três primeiros trimestres de 2017, o PIB apresentou diminuição na intensidade das quedas com taxas, respectivamente, de 2,0%, 1,0% e 0,1%. O quarto trimestre de 2017 apresentou o primeiro resultado positivo (alta de 1,1%), seguido pelo avanço de 1,3% 1,4% e 1,4% nos três trimestres de 2018. Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo teve expansão de 4,3% e a Despesa de Consumo das Famílias de 2,3%. A Despesa de Consumo do Governo apresentou variação positiva de 0,2%. Esta é a primeira vez em que todos os componentes da demanda interna apresentam resultado positivo desde o segundo trimestre de 2014. Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços (3,3%) e as Importações de Bens e Serviços (9,1%) cresceram.

PIB VALOR CORRENTE (R$) VARIAÇÃO TRIMESTRAL
VARIAÇÃO ANUAL
VARIACÃO ACUMULADA
Brasil    1.716,166 Bilhões 0,8% 1,3% 1,4%
Agropecuária   61,884 Bilhões 0,7% 2,5% 0,4%
Indústria 331,608 Bilhões 0,4% 0,8% 1,3%
Serviços 1.070,515 Bilhões 0,5% 1,3% 1,3%
Famílias 1.105,841 Bilhões 0,6% 1,4% 2,3%
Governo 323,676 Bilhões 0,3% 0,3% 0,2%
Investimento 289,188 Bilhões 6,6% 7,8% 4,3%

O Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2018 totalizou R$ 1.716,2 bilhões, sendo R$ 1.464,0 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 252,2 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Considerando o Valor Adicionado das atividades no trimestre, a Agropecuária registrou R$ 61,9 bilhões, a Indústria R$ 331,6 bilhões e os Serviços R$ 1.070,5 bilhões. Entre os componentes da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 1.105,8 bilhões, a Despesa de Consumo do Governo R$ 323,7 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 289,2 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 4,6 bilhões e a Variação de Estoque foi negativa em R$ 7,1 bilhão.

Taxa de Investimento 16,9%
Taxa de Poupança 14,9%

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2018 foi de 16,9% do PIB, o que representa um aumento em relação àquela observada no mesmo período do ano anterior (15,4%). A taxa de poupança foi de 14,9% no terceiro trimestre de 2018, não houve variação comparando mesmo período de 2017.

 

PIB Brasil – 2° Trimestre de 2018

O PIB apresentou variação positiva de 0,2% na comparação do segundo trimestre de 2018 contra o primeiro trimestre de 2018, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o sexto resultado positivo após oito quedas consecutivas nesta base de comparação. A Agropecuária permaneceu estável (0,0%), a Indústria teve queda de 0,6% e os Serviços, variação positiva de 0,3%. Na Indústria, houve expansão de 0,7% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e de 0,4% nas Indústrias Extrativas. Já as Indústrias de Transformação (-0,8%) e Construção (-0,8%) recuaram no trimestre. Nos Serviços, apresentaram crescimento as atividades de Informação e comunicação (1,2%), Atividades imobiliárias (1,2%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%) e Outras atividades de serviços (0,7%). Já as atividades de Transporte, armazenagem e correio (-1,4%), Comércio (-0,3%), e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,2%) apresentaram recuo. Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,1%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,5%) tiveram variação positiva. Já a Formação Bruta de Capital Fixo recuou 1,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram contração de 5,5%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços recuaram 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 1,0% no segundo trimestre de 2018, o quinto resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 1,0% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 1,6%. Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária registrou variação negativa de 0,4% em relação a igual período do ano anterior. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida vis-à-vis a área plantada, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE - julho 2018), divulgado no mês de agosto. Entre os produtos com safra no 2º trimestre que apresentaram queda na estimativa de produção anual, destacam-se: milho (-16,7%), arroz (-7,3%) e mandioca (-3,2%). Por outro lado, as culturas de soja, café e algodão registraram variações positivas na estimativa de produção anual: 1,2%; 23,6% e 24,5%, respectivamente. Cabe ressaltar que, com exceção do café e algodão, as demais culturas destacadas apontaram perda de produtividade. A Indústria teve expansão de 1,2%. Nesse contexto, as Indústrias de Transformação apresentaram crescimento de 1,8%. O seu resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento da produção veículos; equipamentos de informática; derivados do petróleo; bebidas; metalurgia; máquinas e equipamentos e móveis. A Construção segue apresentando resultados negativos na comparação contra igual período do ano anterior, recuando 1,1% no segundo trimestre do ano. Na direção oposta, as Indústrias Extrativas cresceram 0,6%, resultado do recuo da extração de petróleo e gás natural, compensada pelo aumento da extração de minérios ferrosos. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, por sua vez, registrou expansão de 3,1%, favorecida pelo aumento do consumo de energia elétrica e por bandeiras tarifárias mais favoráveis no segundo trimestre de 2018 em comparação com às vigentes no segundo trimestre de 2017. O valor adicionado de Serviços cresceu 1,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o avanço de 3,0% das Atividades imobiliárias. Também apresentaram resultado positivos as atividades de Comércio – atacadista e varejista – (1,9%), Transporte, armazenagem e correio (1,1%), Outras atividades de serviços (0,9%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%) e Informação e comunicação (0,4%). No segundo trimestre de 2018, a Despesa de Consumo das Famílias teve expansão 1,7%. Este foi o quinto trimestre seguido de avanço na Despesa de Consumo das Famílias na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O resultado positivo pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como das taxas de inflação e de juros mais baixas que as registradas no segundo trimestre de 2017. A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 3,7% no segundo trimestre de 2018, o terceiro resultado positivo depois de quatorze trimestres de recuo. Este aumento é justificado pelo aumento da importação e produção de bens de capital, já que a construção manteve desempenho negativo. A Despesa de Consumo do Governo teve avanço de 0,1% em relação ao segundo trimestre de 2017. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram queda de 2,9%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços se expandiram em 6,8% no segundo trimestre de 2018. Dentre as exportações de bens, a redução é explica, principalmente, pela queda dos produtos de metalurgia, têxteis, extração de petróleo e gás, produtos químicos e produtos alimentícios. Na pauta de importações de bens, os aumentos mais relevantes ocorreram em veículos, metalurgia, produtos farmacêuticos e máquinas e equipamentos.

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2018 apresentou aumento de 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 1,3% do Valor Adicionado a preços básicos e de 2,6% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (2,0%), Indústria (1,4%) e Serviços (1,4%). Dentre as atividades industriais, as Indústrias de Transformação (3,5%), Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,0%) e Indústrias Extrativas (0,3%) apresentaram crescimento. A Construção sofreu contração de 2,4%. Dentre os Serviços, destaque para Comércio, que avançou 3,7%. Também cresceram Transporte, armazenagem e correio (2,5%), Atividades imobiliárias (2,5%), Outras atividades de serviços (1,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%). Já Informação e comunicação (-1,1%) recuaram. Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,6% e a Despesa de Consumo das Famílias teve expansão de 2,3%. Já a Despesa de Consumo do Governo recuou de 0,4%. Este é o terceiro trimestre em que observamos avanço da Despesa de Consumo das Famílias e o primeiro de crescimento na Formação Bruta de Capita Fixo, enquanto a Despesa de Consumo do Governo continuou recuando. Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 4,7%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 7,1%.

PIB VALOR CORRENTE (R$) VARIAÇÃO TRIMESTRAL
VARIAÇÃO ANUAL
VARIACÃO ACUMULADA
Brasil    1.693,269 Bilhões 0,2% 1,0% 1,4%
Agropecuária   89,601 Bilhões 0,0% -0,4% 2,0%
Indústria 308,107 Bilhões -0,6% 1,2% 1,4%
Serviços 1.052,677 Bilhões -0,2% 1,2% 1,4%
Famílias 1.063,421 Bilhões 0,1% 1,7% 2,3%
Governo 332,954 Bilhões 0,5% 0,1% -0,4%
Investimento 271,382 Bilhões -1,8% 3,7% 2,6%

O Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2018 totalizou R$ 1.693,3 bilhões, sendo R$ 1.450,4 bilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 242,9 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Considerando o Valor Adicionado das atividades no trimestre, a Agropecuária registrou R$ 89,6 bilhões, a Indústria R$ 308,1 bilhões e os Serviços R$ 1.052,7 bilhões. Entre os componentes da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 1.063,4 bilhões, a Despesa de Consumo do Governo R$ 333,0 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 271,4 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 16,6 bilhões e a Variação de Estoque foi positiva em R$ 8,9 bilhões.

Taxa de Investimento 16,0%
Taxa de Poupança 16,4%

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2018 foi de 16,0% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (15,3%). A taxa de poupança foi de 16,4% no segundo trimestre de 2018 (ante 15,7% no mesmo período de 2017).

 

PIB Brasil – 1° Trimestre de 2018

No primeiro trimestre de 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% em relação ao quarto trimestre de 2017, na série com ajuste sazonal. Esta foi a quinta alta nessa comparação, após oito trimestres consecutivos de queda. Na comparação com igual período de 2017, o PIB apresentou crescimento de 1,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2018, o PIB teve avanço de 1,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

PIB VALOR CORRENTE (R$) VARIAÇÃO TRIMESTRAL
VARIAÇÃO ANUAL
VARIACÃO ACUMULADA
Brasil    1.641,110 Bilhões 0,4% 1,2% 1,3%
Agropecuária   93,946 Bilhões 1,4% -2,6% 6,1%
Indústria 291,651 Bilhões 0,1% 1,6% 0,6%
Serviços 1.015,037 Bilhões 0,6% 1,5% 1,0%
Famílias 1.046,311 Bilhões 0,5% 2,8% 2,1%
Governo 305,454 Bilhões -0,4% -0,8% -0,6%
Investimento 263,155 Bilhões 0,6% 3,5% -0,1%

Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre (período entre janeiro e março) de 2018 totalizou R$ 1,641 trilhão. 

Taxa de Investimento 16,0%
Taxa de Poupança 16,3%

A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2018 foi de 16,0% do PIB, abaixo da observada no mesmo período do ano anterior (15,6%). A taxa de poupança foi de 16,3%, ante 15,7% no mesmo período de 2017.