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Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) em Janeiro de 2018

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada em Janeiro de 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços no Brasil recuou 1,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, devolvendo, dessa forma, parte do ganho acumulado entre novembro e dezembro de 2017 (2,5%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do volume de serviços voltou a apontar retração em janeiro de 2018 (-1,3%), após ter avançado 0,6% em dezembro de 2017, quando interrompeu uma sequência de trinta e duas taxas negativas neste tipo de comparação. Ainda assim, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -2,8% em dezembro de 2017 para -2,7% em janeiro de 2018, prosseguiu com redução no ritmo de queda iniciada em abril de 2017 (-5,1%).

PMS Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume do Setor de Serviços -1.9% -1.3% -1.3% -2.7%
Receita Nominal do Setor de Serviços -2.3% 1.2% 1.2% 2.5%

A receita nominal no primeiro mês de 2018 recuou 2,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a receita nominal do setor de serviços brasileiro subiu 1,2% (variação sem ajuste sazonal). Com isso, a taxa acumulada no ano ficou em 1,2% e, em 12 meses, 2,5%.

 

Volume de Serviços no Brasil por Grupos de Atividades

Confira abaixo como foi a evolução do volume de negócios registrado no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2018 em cada um dos principais grupos de atividades. A variação mensal refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mês imediatamente anterior. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses.

Volume de Serviços Variação Mensal (%) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil -1.9 -1.3 -1.3 -2.7
1 - Serviços prestados às famílias -0.6 -2.9 -2.9 -1.0
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação -1.0 -2.3 -2.3 0.0
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias 2.6 -5.7 -5.7 -6.3
2 - Serviços de informação e comunicação -0.2 -5.0 -5.0 -2.4
   2.1 - Serviços TIC -0.4 -4.8 -4.8 -1.3
      2.11 - Telecomunicações -0.8 -6.7 -6.7 -3.3
      2.12 - Serviços de tecnologia da informação 3.6 0.0 0.0 1.7
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias -2.9 -6.8 -6.8 -7.6
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares -1.4 -3.3 -3.3 -7.0
   3.1 - Serviços técnico-profissionais -6.7 -3.0 -3.0 -11.8
   3.2 - Serviços administrativos e complementares -1.1 -3.4 -3.4 -4.4
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio -3.0 4.0 4.0 2.8
   4.1 - Transporte terrestre -1.1 3.4 3.4 1.5
   4.2 - Transporte aquaviário 5.2 12.0 12.0 18.7
   4.3 - Transporte aéreo -4.5 1.7 1.7 -18.0
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio 0.0 4.1 4.1 8.2
5 - Outros serviços 3.8 2.5 2.5 -8.3

O recuo de 1,9% do volume de serviços na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018 foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação investigadas. O destaque ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,0%), que devolveu grande parte do ganho de 3,4% acumulado nos dois últimos meses do ano passado. As outras influências negativas vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), de serviços de informação e comunicação (-0,2%) e de serviços prestados às famílias (-0,6%). Com isso, a primeira atividade eliminou o ganho de 1,0% acumulado entre novembro e dezembro de 2017; a segunda, voltou a recuar após também apresentar variação negativa em dezembro do ano passado (-0,5%); e a última registrou a segunda taxa negativa seguida, acumulando um revés de 1,8% nesse período. Por outro lado, a única atividade de divulgação que assinalou crescimento no volume de serviços nesse mês foi a de outros serviços (3,8%), após também ter avançado em dezembro último (1,1%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral2 para o total do volume de serviços apontou acréscimo de 0,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2018 frente ao nível do mês anterior, mantendo assim a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, outros serviços (1,4%) mostraram o crescimento mais elevado neste mês e mantiveram a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2017. Outro segmento que também avançou em janeiro foi o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,2%), mantendo um comportamento predominantemente positivo desde dezembro de 2016, acumulando nesse período um ganho de 7,0%. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias (-0,3%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2%) assinalaram as taxas negativas em janeiro de 2018, com o primeiro reduzindo o ritmo de queda frente a dezembro (-1,0%) e o segundo registrando o sexto resultado negativo seguido neste tipo de indicador. Por fim, os serviços de informação e comunicação (0,0%) mostraram estabilidade frente ao patamar do trimestre terminado em dezembro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços assinalou redução de 1,3% em janeiro de 2018, com resultados negativos em três das cinco atividades de divulgação, 19 das 33 atividades de seleção e 54,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-5,0%) e os profissionais, administrativos e complementares (-3,3%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média global, pressionados, em grande parte, pela menor receita oriunda do setor de telecomunicações, na primeira; e dos serviços de engenharia e de arquitetura, de soluções de pagamentos eletrônicos e das atividades de cobrança e de informações cadastrais, na última. A outra contribuição negativa desse mês veio do ramo de serviços prestados às famílias (-2,9%), influenciado, especialmente, pela queda na receita de restaurantes. Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2017, as duas atividades que apontaram aumento no volume de serviços foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,0%) e outros serviços (2,5%), impulsionadas, em grande parte, pela maior receita real vinda dos transportes rodoviários de carga, da gestão de portos e terminais, da navegação de apoio marítimo e portuário e do transporte metroviário de passageiros, na primeira; e das atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias, da compra, venda e aluguel de imóveis próprios, e das atividades de administração de fundos por contrato ou comissão, na última. 

 

Volume de Serviços no Brasil por Região

Confira abaixo como foi a evolução do volume de negócios registrado no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2018 em cada uma das regiões pesquisadas pelo IBGE para elaboração da Pesquisa Mensal de Serviços. O índice pontos refere-se ao crescimento em pontos do indicador tomando como referência o mês base da pesquisa (Janeiro de 2011), cuja pontuação era igual a 100. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses. 

Volume de Serviços Índice (Pontos) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil  85.1 - 1.3 - 1.3 - 2.7
Rondônia  76.5 - 2.5 - 2.5 - 9.4
Acre  76.1 - 7.4 - 7.4 - 4.7
Amazonas  73.3  4.9  4.9 - 0.3
Roraima  75.4 - 9.6 - 9.6 - 9.7
Pará  76.8 - 8.8 - 8.8 - 9.8
Amapá  62.5 - 0.5 - 0.5 - 12.8
Tocantins  62.6 - 8.7 - 8.7 - 10.2
Maranhão  67.4 - 5.0 - 5.0 - 9.5
Piaui  81.5 - 18.8 - 18.8 - 5.1
Ceará  86.3 - 6.0 - 6.0 - 7.9
Rio Grande do Norte  89.7 - 12.6 - 12.6 - 3.4
Paraíba  78.7 - 4.0 - 4.0 - 7.9
Pernambuco  79.9 - 5.7 - 5.7 - 5.8
Alagoas  105.5 - 3.2 - 3.2 - 4.8
Sergipe  77.3 - 2.6 - 2.6 - 9.3
Bahia  85.9 - 1.5 - 1.5 - 4.7
Minas Gerais  84.8 - 2.4 - 2.4 - 2.6
Espirito Santo  87.9  0.3  0.3 - 1.5
Rio de Janeiro  79.5 - 3.9 - 3.9 - 7.7
São Paulo  88.8  0.6  0.6 - 0.3
Paraná  89.6 - 0.5 - 0.5  4.9
Santa Catarina  84.0 - 1.7 - 1.7 - 4.7
Rio Grande do Sul  85.3 - 0.6 - 0.6 - 3.0
Mato Grosso do Sul  78.1 - 0.2 - 0.2 - 7.5
Mato Grosso  83.2  6.4  6.4  17.5
Goiás  80.1  0.1  0.1 - 3.0
Distrito Federal  77.1 - 6.1 - 6.1 - 10.7

Regionalmente, 18 dos 27 estados assinalaram recuo no volume dos serviços em janeiro de 2018, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando a queda observada no Brasil (-1,9%) – série ajustada sazonalmente. Os destaques negativos em termos de contribuição para a formação do índice nacional ficaram com São Paulo, que ao recuar 1,4% em janeiro de 2018, devolveu parte da expansão de 2,4% acumulada nos dois últimos meses do ano passado; Rio de Janeiro (-2,7%), que eliminou todo ganho acumulado entre novembro e dezembro de 2017 (2,5%); Santa Catarina (-7,6%), que devolveu integralmente o crescimento assinalado em dezembro último (7,1%); Rio Grande do Sul (-2,4%), que eliminou parte da expansão de 5,2% acumulada no período outubro-dezembro do ano passado; e Distrito Federal, que ao recuar 2,1% em janeiro, eliminou o avanço alcançado no mês passado (2,0%). Em contrapartida, as principais influências positivas vieram do Ceará (19,4%) e da Bahia (4,3%), com o primeiro se recobrando da perda de 7,0% registrada em dezembro, e o segundo recuperandose da queda acumulada no período novembro-dezembro de 2017 (-4,0%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, a queda do volume de serviços no Brasil (-1,3%) foi acompanhada por 22 das 27 unidades da federação. Os recuos mais importantes para explicar o resultado nacional foram observados no Rio de Janeiro (-3,9%), Distrito Federal (-6,1%), Minas Gerais (-2,4%), Pernambuco (-5,7%) e Ceará (-6,0%). Por outro lado, a expansão mais relevante para a formação do índice nacional veio de São Paulo, que ao avançar 0,6% em janeiro de 2018, emplacou a quarta taxa positiva seguida, mas a menos intensa dessa sequência: outubro (1,0%), novembro (0,9%) e dezembro (1,9%).

 

Receita Nominal do Setor de Serviços no Brasil por Região

Confira abaixo como foi a evolução da receita nominal registrada no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2018 em cada uma das regiões pesquisadas pelo IBGE para elaboração da Pesquisa Mensal de Serviços. O índice pontos refere-se ao crescimento em pontos do indicador tomando como referência o mês base da pesquisa (Janeiro de 2011), cuja pontuação era igual a 100. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses.

Receita Nominal de Serviços Índice (Pontos) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil  101.1  1.2  1.2  2.5
Rondônia  88.0 - 2.1 - 2.1 - 6.5
Acre  88.6 - 5.5 - 5.5  4.0
Amazonas  86.6  6.6  6.6  5.1
Roraima  83.8 - 8.7 - 8.7 - 6.1
Pará  91.5 - 6.1 - 6.1 - 4.0
Amapá  72.1  2.0  2.0 - 6.4
Tocantins  68.8 - 5.9 - 5.9 - 9.2
Maranhão  79.2 - 2.8 - 2.8 - 3.7
Piaui  98.4 - 15.7 - 15.7  3.2
Ceará  108.0 - 1.2 - 1.2 - 1.9
Rio Grande do Norte  107.7 - 8.7 - 8.7  4.9
Paraíba  94.9 - 0.4 - 0.4 - 0.7
Pernambuco  95.6 - 3.2 - 3.2  0.7
Alagoas  120.5 - 0.5 - 0.5 - 0.4
Sergipe  91.4 - 0.2 - 0.2 - 1.8
Bahia  104.0  0.9  0.9 - 0.1
Minas Gerais  102.7  0.1  0.1  4.8
Espirito Santo  102.3  0.3  0.3  3.8
Rio de Janeiro  90.2 - 4.2 - 4.2 - 4.2
São Paulo  104.7  3.2  3.2  3.4
Paraná  116.0  6.7  6.7  17.2
Santa Catarina  102.1  1.6  1.6  1.4
Rio Grande do Sul  102.8  2.4  2.4  3.2
Mato Grosso do Sul  94.5  3.0  3.0 - 2.1
Mato Grosso  101.3  8.4  8.4  22.1
Goiás  95.6  2.6  2.6  1.9
Distrito Federal  93.1 - 4.2 - 4.2 - 2.4

 

Atividades Turísticas

O índice de atividades turísticas avançou 0,3% na passagem de dezembro de 2017 para janeiro de 2018, terceira taxa positiva seguida neste tipo de confronto, período em que acumulou ganho de 3,3%. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento observado no Brasil, com destaque para o avanço de 4,8% registrado no Rio de Janeiro. Cabe ressaltar que o volume de serviços turísticos apurado nesse estado também acumula três resultados positivos sequenciais, com ganho agregado de 10,0% nesse período. As demais contribuições positivas vieram de Minas Gerais (2,6%), Goiás (2,3%), Distrito Federal (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Ceará (0,5%) e Bahia (0,3%). Por outro lado, Santa Catarina (-5,5%) assinalou a queda mais acentuada, devolvendo, assim, parte do ganho acumulado nos dois últimos meses de 2017 (17,4%). Paraná (-3,4%), São Paulo (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,4%) completaram o conjunto de estados que mostraram recuo no volume de atividades turísticas em janeiro de 2018 na série livre de influências sazonais. Por fim, Pernambuco ficou estável (0,0%), após avançar por quatro meses seguidos, com ganho acumulado de 11,6% entre setembro e dezembro do ano passado. 

Atividades Turísticas Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume de Serviços 0.3% 0.0% - -5.8%
Receita Nominal -0.6% 3.2% - 4.6%

Na comparação janeiro de 2018 / janeiro de 2017, o índice de volume de atividades turísticas apresentou estabilidade (0,0%) no Brasil, após apontar doze taxas negativas consecutivas neste tipo de comparação. Em termos regionais, oito dos doze estados onde o indicador é investigado mostraram crescimento dos serviços voltados ao turismo, com destaque para o Distrito Federal (13,1%), Espírito Santo (11,2%), Goiás (5,5%), Minas Gerais (5,1%) e Pernambuco (4,7%). Outras contribuições positivas vieram de Santa Catarina (3,0%), Paraná (2,6%) e Bahia (2,0%). Em contrapartida, a queda mais importante veio do Rio de Janeiro (-8,3%), seguido por Ceará (-2,6%), São Paulo (-0,2%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).

 

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