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Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) em Janeiro de 2019

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em janeiro de 2019, o volume de serviços no Brasil mostrou variação negativa (-0,3%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando, assim, pequena parcela do avanço verificado em dezembro de 2018 (1,0%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do volume de serviços assinalou expansão de 2,1% em janeiro de 2019, sexta taxa positiva seguida nesse tipo de confronto e o resultado mais elevado desde março de 2015 (2,3%).

No indicador acumulado do ano, que nesse mês coincide com a taxa interanual de janeiro de 2019 (2,1%), o volume de serviços mostrou ganho de dinamismo frente ao encerramento do ano de 2018 (0,0%), quando interrompeu 3 anos seguidos de taxas negativas (2015-2017), período em que acumulou perda de 11,0%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,0% em dezembro de 2018 para 0,3% em janeiro de 2019, registrou o resultado positivo mais elevado desde abril de 2015 (0,6%) e manteve a trajetória predominantemente ascendente observada desde abril de 2017 (-5,1%).

PMS Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume do Setor de Serviços -0,3% 2,1% 2,1% 0,3%
Receita Nominal do Setor de Serviços -0,3% 5,6% 5,6% 3,1%

A receita nominal no primeiro mês de 2019 retraiu 0,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a receita nominal do setor de serviços brasileiro subiu 5,6% (variação sem ajuste sazonal). Com isso, a taxa acumulada no ano ficou em 5,6% e, em 12 meses, 3,1%.

 

Volume de Serviços no Brasil por Grupos de Atividades

Confira abaixo como foi a evolução do volume de negócios registrado no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2019 em cada um dos principais grupos de atividades. A variação mensal refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mês imediatamente anterior. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses.

Volume de Serviços Variação Mensal (%) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil -0,3 2,1 2,1 0,3
1 - Serviços prestados às famílias 1,1 4,5 4,5 0,8
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação 0,6 5,1 5,1 1,5
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias 2,8 1,1 1,1 -3,0
2 - Serviços de informação e comunicação -0,2 3,4 3,4 0,3
   2.1 - Serviços TIC -0,2 4,7 4,7 1,0
      2.11 - Telecomunicações 1,6 1,2 1,2 -1,9
      2.12 - Serviços de tecnologia da informação -1,2 13,0 13,0 7,7
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias -3,8 -5,4 -5,4 -4,6
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares 1,7 -0,5 -0,5 -1,6
   3.1 - Serviços técnico-profissionais 3,9 -1,8 -1,8 -1,1
   3.2 - Serviços administrativos e complementares -0,5 0,0 0,0 -1,8
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio -0,6 0,9 0,9 1,0
   4.1 - Transporte terrestre -0,7 1,8 1,8 2,0
   4.2 - Transporte aquaviário 1,9 1,2 1,2 -1,5
   4.3 - Transporte aéreo 3,5 5,4 5,4 4,5
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio -0,4 -2,0 -2,0 -1,2
5 - Outros serviços 4,8 5,8 5,8 2,2

A ligeira variação negativa (-0,3%) do volume de serviços observada na passagem de dezembro de 2018 para janeiro de 2019 foi acompanhada por apenas duas das cinco atividades de divulgação investigadas, mas que juntas representam 63% do volume total de serviços pesquisados: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,6%) e serviços de informação e comunicação (-0,2%), com o primeiro registrando a segunda taxa negativa seguida, período em que acumulou perda de 1,0%; e o último devolvendo pequena parte do ganho acumulado entre setembro e dezembro de 2018 (2,9%). Dentre as três atividades que apontaram expansão nesse mês, os destaques ficaram com os setores de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%), que recupera a perda de 1,6% verificada em dezembro último; e de outros serviços (4,8%), que acumula ganho de 11,6% entre outubro de 2018 e janeiro de 2019. Cabe citar ainda o avanço vindo dos serviços prestados às famílias (1,1%), que ao assinalar o terceiro resultado positivo seguido, acumulou um ganho de 1,7% no período.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços apontou variação positiva (0,2%) no trimestre encerrado em janeiro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após também ter avançado 0,4% no trimestre terminado em dezembro de 2018. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o ramo de outros serviços (1,7%) assinalou a expansão mais intensa nesse mês, seguido pelos serviços de informação e comunicação (0,5%) e os prestados às famílias (0,5%), com os dois primeiros mantendo a trajetória ascendente iniciada em setembro de 2018 e o último com comportamento predominantemente positivo desde agosto do ano passado. Cabe destacar ainda a variação positiva (0,1%) verificada pelos serviços profissionais, administrativos e complementares, que interromperam dois meses de quedas mais acentuadas em novembro (-1,0%) e dezembro (-1,1%). Em contrapartida, a única taxa negativa ficou com setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%), que manteve a trajetória descendente iniciada em outubro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 2,1% em janeiro de 2019, com expansão na maior parte (4) das cinco atividades de divulgação mas em apenas 45,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, a contribuição positiva mais relevante desse mês ficou com o ramo de serviços de informação e comunicação (3,4%), impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das atividades de telecomunicações, de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis e de consultoria em tecnologia da informação. Os demais resultados positivos vieram dos serviços prestados às famílias (4,5%), de outros serviços (5,8%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%), explicados, em grande parte, pelos incrementos de receita vindos das empresas do ramo de hotéis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, no primeiro setor; de coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial e da administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no segundo; e de transporte rodoviário de cargas, aéreo de passageiros e dutoviário, no último. Em sentido oposto, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,5%) exerceram a única influência negativa sobre o índice global, pressionados, sobretudo, pelo recuo da receita oriunda de atividades de assessoria e consultoria técnica às empresas, soluções de pagamentos eletrônicos, atividades jurídicas e transporte de valores.

 

Volume de Serviços no Brasil por Região

Confira abaixo como foi a evolução do volume de negócios registrado no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2019 em cada uma das regiões pesquisadas pelo IBGE para elaboração da Pesquisa Mensal de Serviços. O índice pontos refere-se ao crescimento em pontos do indicador tomando como referência o mês base da pesquisa (Janeiro de 2011), cuja pontuação era igual a 100. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses. 

Volume de Serviços Índice (Pontos) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil  86,7  2,1  2,1  0,3
Rondônia  76,9  0,7  0,7 - 1,1
Acre  67,3 - 11,6 - 11,6 - 6,2
Amazonas  70,0  0,8  0,8 - 0,8
Roraima  83,1  10,2  10,2  1,0
Pará  79,1  3,7  3,7 - 3,2
Amapá  56,0 - 10,8 - 10,8 - 7,5
Tocantins  62,6  0,0  0,0 - 6,9
Maranhão  71,0  5,7  5,7  0,6
Piaui  78,8 - 4,2 - 4,2 - 1,6
Ceará  80,1 - 6,8 - 6,8 - 7,1
Rio Grande do Norte  91,3  1,7  1,7 - 5,6
Paraíba  76,6 - 3,1 - 3,1 - 3,3
Pernambuco  80,4  0,5  0,5 - 0,5
Alagoas  103,7 - 2,1 - 2,1 - 2,2
Sergipe  78,7  1,9  1,9 - 4,1
Bahia  81,9 - 3,0 - 3,0 - 3,2
Minas Gerais  86,3  1,8  1,8  0,0
Espirito Santo  87,2  0,4  0,4 - 1,0
Rio de Janeiro  77,9 - 2,1 - 2,1 - 2,8
São Paulo  93,0  4,7  4,7  2,5
Paraná  89,6  0,3  0,3 - 1,6
Santa Catarina  86,6  3,2  3,2  2,1
Rio Grande do Sul  84,8 - 0,8 - 0,8 - 1,7
Mato Grosso do Sul  79,5  1,7  1,7 - 0,6
Mato Grosso  86,4  4,5  4,5  0,0
Goiás  80,2 - 0,9 - 0,9 - 1,2
Distrito Federal  80,4  7,4  7,4  2,7

Regionalmente, a maior parte (14) das 27 unidades da federação assinalaram retração no volume dos serviços em janeiro de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando a variação negativa (-0,3%) observada no Brasil – série ajustada sazonalmente. Entre os locais que apontaram resultados negativos nesse mês, destaque para São Paulo (-0,5%), que devolveu pequena parte do ganho de 2,8% verificado entre agosto e dezembro do ano passado. Em contrapartida, as principais contribuições positivas em termos regionais vieram do Rio de Janeiro (1,8%), Mato Grosso (9,9%), Ceará (8,1%) e Bahia (3,7%), com o primeiro registrando a segunda taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 5,8%; o segundo recuperando a forte retração observada em dezembro último (-9,4%); o terceiro recobrando integralmente a perda acumulada de 6,6% entre novembro e dezembro; e o último recuperando apenas parcialmente a queda acumulada de 5,1% verificada entre setembro e dezembro de 2018.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,1%) foi acompanhado por 16 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (4,7%), com a maior parte (3) dos cinco setores pesquisados mostrando avanço no volume de serviços, com destaque para os ganhos observados em serviços de informação e comunicação (10,9%), seguido pelos serviços prestados às famílias (13,7%) e outros serviços (7,4%). Por outro lado, a influência negativa mais importante para a formação do índice global veio do Rio de Janeiro (-2,1%), que apontou retração em duas das cinco atividades investigadas, com destaque absoluto para as perdas dos serviços de informação e comunicação (-12,0%). Outros impactos negativos relevantes vieram do Ceará (-6,8%) e da Bahia (-3,0%).

 

Receita Nominal do Setor de Serviços no Brasil por Região

Confira abaixo como foi a evolução da receita nominal registrada no setor de serviços brasileiro em Janeiro de 2019 em cada uma das regiões pesquisadas pelo IBGE para elaboração da Pesquisa Mensal de Serviços. O índice pontos refere-se ao crescimento em pontos do indicador tomando como referência o mês base da pesquisa (Janeiro de 2011), cuja pontuação era igual a 100. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses.

Receita Nominal de Serviços Índice (Pontos) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil  106,5  5,6  5,6  3,1
Rondônia  90,9  3,7  3,7  1,1
Acre  79,9 - 9,8 - 9,8 - 5,3
Amazonas  84,9  4,0  4,0  1,8
Roraima  96,2  14,7  14,7  2,2
Pará  98,3  8,2  8,2 - 0,4
Amapá  66,6 - 8,1 - 8,1 - 6,1
Tocantins  71,5  3,9  3,9 - 2,7
Maranhão  87,0  10,3  10,3  4,6
Piaui  96,2 - 3,3 - 3,3  0,8
Ceará  102,6 - 4,6 - 4,6 - 4,4
Rio Grande do Norte  112,4  4,3  4,3 - 2,5
Paraíba  94,1 - 1,3 - 1,3 - 1,2
Pernambuco  98,8  3,2  3,2  1,6
Alagoas  119,5 - 1,3 - 1,3 - 1,1
Sergipe  94,6  3,5  3,5 - 2,4
Bahia  103,2  1,1  1,1  0,7
Minas Gerais  108,9  6,2  6,2  2,9
Espirito Santo  108,0  6,8  6,8  2,6
Rio de Janeiro  93,1  3,0  3,0 - 0,2
São Paulo  112,6  7,5  7,5  5,1
Paraná  119,5  3,3  3,3  1,4
Santa Catarina  108,7  6,5  6,5  5,4
Rio Grande do Sul  106,8  3,8  3,8  2,4
Mato Grosso do Sul  99,4  5,0  5,0  3,6
Mato Grosso  111,8  11,0  11,0  5,7
Goiás  98,4  1,9  1,9  1,6
Distrito Federal  100,7  11,6  11,6  4,2

 

Atividades Turísticas

O índice de atividades turísticas apontou expansão de 3,2% na passagem de dezembro de 2018 para janeiro de 2019, interrompendo quatro taxas negativas seguidas neste tipo de confronto, período em que acumulou perda de 2,9%. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento observado no Brasil, com destaque para o avanço vindo de São Paulo (4,1%), que recupera parte da perda acumulada (-7,4%) entre outubro e dezembro do ano passado. Em sentido contrário, a influência negativa mais relevante veio de Santa Catarina (-10,0%), que elimina o ganho acumulado nos dois últimos meses de 2018 (7,4%).

Atividades Turísticas Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume de Serviços 3,2% 3,8% - 2,3%
Receita Nominal 1,7% 10,2% - 5,2%

Na comparação janeiro de 2019 / janeiro de 2018, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,8%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de hotéis, de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada e de transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, os segmentos de locação de automóveis e de restaurantes exerceram as influências negativas mais importantes sobre os serviços turísticos. Em termos regionais, metade (6) das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostrou avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (11,6%), que emplaca a sua décima primeira taxa positiva seguida. Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram da Bahia (-4,4%), de Santa Catarina (-4,8%) e do Rio Grande do Sul (-4,7%).

 

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