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Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) em Julho de 2019

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho de 2019, o volume de serviços no Brasil mostrou expansão de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, recuperando-se, portanto, do recuo observado em junho último (-0,7%). Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total do volume de serviços avançou 1,8% em julho de 2019, alcançando, assim, a quarta taxa positiva não sequencial de 2019.

No indicador acumulado de janeiro a julho de 2019, o volume de serviços mostrou expansão de 0,8%, com ligeiro ganho de dinamismo frente ao primeiro semestre deste ano (0,6%), ambas as comparações contra iguais períodos de 2018. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 0,7% em junho para 0,9% em julho de 2019, assinalou ganho de ritmo, mas ainda não mostra trajetória clara de recuperação, já que em maio chegou a avançar 1,1%.

PMS Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume do Setor de Serviços 0,8% 1,8% 0,8% 0,9%
Receita Nominal do Setor de Serviços 1,6% 4,7% 4,3% 4,2%

A receita nominal no sétimo mês de 2019 avançou 1,6% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, a receita nominal do setor de serviços brasileiro subiu 4,7% (variação sem ajuste sazonal). Com isso, a taxa acumulada no ano ficou em 4,3% e, em 12 meses, 4,2%.

 

Volume de Serviços no Brasil por Grupos de Atividades

Confira abaixo como foi a evolução do volume de negócios registrado no setor de serviços brasileiro em Julho de 2019 em cada um dos principais grupos de atividades. A variação mensal refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mês imediatamente anterior. A variação anual refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em relação ao mesmo mês no ano anterior. O acumulado no ano refere-se ao percentual de crescimento do mês atual em comparação com o último dia do ano anterior. O acumulado doze meses refere-se ao percentual de crescimento nos últimos 12 meses.

Volume de Serviços Variação Mensal (%) Variação Anual (%) Acumulado Ano (%) Acumulado 12 Meses (%)
Brasil 0,8 1,8 0,8 0,9
1 - Serviços prestados às famílias -0,5 2,6 4,5 3,7
   1.1 - Serviços de alojamento e alimentação -0,4 2,4 4,6 4,1
   1.2 - Outros serviços prestados às famílias -0,7 4,1 4,0 1,9
2 - Serviços de informação e comunicação 1,8 3,8 2,8 2,2
   2.1 - Serviços TIC 1,4 4,5 3,9 3,4
      2.11 - Telecomunicações 0,1 -1,0 -0,6 -0,6
      2.12 - Serviços de tecnologia da informação 8,4 16,4 13,6 12,0
   2.2- Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias 2,7 -0,9 -4,2 -5,6
3 - Serviços profissionais, administrativos e complementares -1,3 0,9 -0,2 -0,7
   3.1 - Serviços técnico-profissionais -1,0 2,1 -0,2 -1,5
   3.2 - Serviços administrativos e complementares -0,3 0,5 -0,1 -0,4
4 - Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio 0,7 -1,5 -2,5 -0,7
   4.1 - Transporte terrestre 0,6 -4,7 -1,9 -0,1
   4.2 - Transporte aquaviário 5,7 12,7 2,7 1,5
   4.3 - Transporte aéreo -2,3 -1,1 -5,6 1,3
   4.4 - Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio 2,9 1,1 -3,6 -2,6
5 - Outros serviços 4,6 10,2 4,4 3,0

A expansão de 0,8% do volume de serviços, observada na passagem de junho para julho de 2019, foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para o ramo de serviços de informação e comunicação, que ao avançar 1,8% em julho, recupera parte da perda verificada em junho (-2,2%). Os demais avanços vieram dos setores de outros serviços (4,6%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,7%), com o primeiro alcançando o crescimento mais intenso desde janeiro de 2019 (5,0%); e o segundo emplacando a terceira taxa positiva seguida, com ganho acumulado de 1,0%. Em contrapartida, o ramo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%) intensificou o ritmo de queda após também assinalar variação negativa em junho (-0,4%). Por fim, o ramo de serviços prestados às famílias (-0,5%), ao apontar a segunda taxa negativa seguida, acumulou perda de 1,0% nos dois últimos meses.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços apontou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2019 frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2019. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o ramo de outros serviços (1,8%) assinalou o resultado positivo mais relevante nesse mês, mantendo, assim, o comportamento de expansão desde maio de 2019. Vale mencionar ainda os acréscimos vindos de serviços de informação e comunicação (0,4%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,3%), com o primeiro mantendo a trajetória ascendente iniciada em março último; e o segundo interrompendo a trajetória descendente iniciada em outubro de 2018. Em contrapartida, os resultados negativos desse mês vieram dos setores de serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e de serviços prestados às famílias (-0,1%), com ambos retraindo após longas sequências de taxas positivas.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 1,8% em julho de 2019, com expansão em quatro das cinco atividades de divulgação e em 54,8% dos 166 tipos de serviços investigados. Vale destacar que julho de 2019 (23) teve um dia útil a mais do que julho de 2018 (22), o que acabou levando à efetivação de um maior número de contratos de prestação de serviços. Entre as atividades, o ramo de serviços de informação e comunicação (3,8%) exerceu a contribuição positiva mais relevante em julho de 2019, impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; de consultoria em tecnologia da informação e tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet. Os demais avanços vieram de outros serviços (10,2%), de serviços prestados às famílias (2,6%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,9%), explicados, em grande parte, pelos acréscimos de receita vindos das empresas dos ramos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde; de reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos; e de manutenção e reparação de veículos automotores, no primeiro setor; de hotéis e serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, no segundo; e de locação de automóveis; de aluguel de máquinas e equipamentos de áudio; e de locação de mão de obra temporária, no último. Em contrapartida, a única influência negativa ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,5%), pressionado, sobretudo, pela queda na receita das empresas de transporte rodoviário de carga; de operação de aeroportos; e de transporte rodoviário coletivo de passageiros.

No índice acumulado dos primeiros sete meses de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços avançou 0,8%, com expansão em três das cinco atividades de divulgação e em 54,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços de informação e comunicação (2,8%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de consultoria em tecnologia da informação e de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (4,5%) e de outros serviços (4,4%), explicados, principalmente, pelas maiores receitas auferidas pelas empresas dos ramos de hotéis, de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, de restaurantes e de atividades de condicionamento físico, no primeiro setor; e de administração de bolsas e mercados de balcão organizados, de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde, de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias, de coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial, de atividades de apoio à produção florestal e de recuperação de materiais plásticos, no último. Em contrapartida, as influências negativas do acumulado de janeiro a julho de 2019 ficaram com os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%), seguido por serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,2), pressionados, sobretudo, pelo recuo no volume de receitas de transporte rodoviário de cargas, de operação de aeroportos, de transporte rodoviário coletivo de passageiros e de atividades de correio nacional, no primeiro ramo; e de soluções de pagamentos eletrônicos, de limpeza geral, de vigilância e segurança privada e de transporte de valores, no último.

 

Volume de Serviços no Brasil por Região

Regionalmente, a maior parte (25) das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em julho de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço de 0,8% observado no Brasil – série ajustada sazonalmente. Entre os locais que apontaram resultados positivos nesse mês, destaque para São Paulo (1,1%), Rio de Janeiro (2,4%) e Distrito Federal (6,4%), com os dois primeiros recuperando parte da perdas observadas em junho: de -1,5% e de -2,5%, respectivamente; e o terceiro recobrando parcialmente a queda acumulada de 7,3% entre maio e junho. Vale mencionar ainda os avanços vindos do Pará (8,7%) e do Paraná (1,4%). Em contrapartida, os únicos resultados negativos em termos regionais vieram de Pernambuco (-0,7%) e de Rondônia (-0,4%), com ambos devolvendo pequenas parcelas dos ganhos acumulados nos dois últimos meses: de 1,5% e de 1,7%, respectivamente.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (1,8%) foi acompanhado por 15 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (3,5%), que mostrou expansão em 4 dos cinco setores investigados, com destaque para os serviços de informação e comunicação (8,7%). Vale citar ainda os avanços vindos do Rio de Janeiro (1,6%), de Santa Catarina (3,5%), de Pernambuco (4,9%) e do Mato Grosso do Sul (8,9%). Por outro lado, as influências negativas mais importantes para a formação do índice global vieram da Bahia (-5,0%), do Rio Grande do Sul (-3,0%) e do Mato Grosso (-5,2%).

No acumulado de janeiro a julho de 2019, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (0,8%) se deu de forma concentrada entre os locais investigados, já que apenas 10 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (3,7%), seguido por Santa Catarina (3,2%), Minas Gerais (0,6%), Pernambuco (2,0%) e Amazonas (3,8%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,3%) registrou a influência negativa mais relevante sobre o índice nacional.

 

Atividades Turísticas

Em julho de 2019, o índice de atividades turísticas apontou variação positiva (0,2%) frente ao mês imediatamente anterior, após decrescer 0,4% em junho. Regionalmente, sete das doze unidades da federação acompanharam este movimento de crescimento observado no Brasil, com destaque para os avanços vindos de São Paulo (0,7%) e do Rio de Janeiro (1,9%). Em sentido contrário, os resultados negativos mais relevantes vieram de Santa Catarina (-5,6%), Paraná (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-3,5%).

Atividades Turísticas Variação Mensal Variação Anual Acumulado Ano Acumulado 12 Meses
Volume de Serviços 0,2% 4,4% - 3,8%
Receita Nominal 0,6% 9,5% - 9,0%

Na comparação julho de 2019 / julho de 2018, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 4,4%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das empresas de hotéis, de locação de automóveis e de restaurantes. Em sentido oposto, o segmento de transporte aéreo de passageiros apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística. Em termos regionais, oito das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram crescimento nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,3%), seguido por Minas Gerais (5,6%), Bahia (5,8%), Pernambuco (4,1%) e Espírito Santo (9,6%). Em contrapartida, o impacto negativo mais importante veio do Paraná (-6,5%).

No indicador acumulado de janeiro a julho de 2019, o agregado especial de atividades turísticas mostrou crescimento de 3,2% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de hotéis, de locação de automóveis e de serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, oito dos doze locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (7,1%), seguido por Ceará (8,5%). Por outro lado, Distrito Federal (-7,0%), Santa Catarina (-3,4%) e Paraná (-2,2%) assinalaram as principais influências negativas no acumulado do ano para as atividades turísticas.

 

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