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Fabricação de bens de capital e de bens de consumo duráveis puxam a queda mensal da indústria brasileira no terceiro mês de 2015

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Rio de Janeiro, 04 de Maio de 2015 – De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM – PF) divulgada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria brasileira em março de 2015 recuou -0,8% na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais, após também recuar em fevereiro último (-1,3%). O resultado de fevereiro de 2015 foi revisado no relatório deste mês, uma vez que a PIM divulgada no segundo mês do ano indicava um decréscimo mensal mais brando da produção industrial brasileira no segundo mês do ano (-0,9%).

A retração em relação a fevereiro de 2015 foi sentida nas quatro grandes categorias econômicas: bens de consumo duráveis, bens de consumos não duráveis, bens de capital e bens intermediários. A produção de bens de capital (-4,4%) e de bens de consumo duráveis (-3,1%) assinalaram as reduções mais acentuadas em março de 2015, influenciadas, respectivamente, pela menor produção de caminhões e automóveis, ainda afetadas pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Com os resultados desse mês, o primeiro segmento repetiu a magnitude de queda observada em fevereiro último; e o segundo assinalou a sexta taxa negativa consecutiva com perda acumulada de 13,3% nesse período. Já os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%) e de bens intermediários (-0,1%) também registraram resultados negativos em março, com o primeiro apontando o sexto mês seguido de recuo na produção e acumulando nesse período perda de 5,8%; e o segundo repetindo o ritmo de queda verificado no mês anterior (-0,2%).

Também influenciaram na queda mensal da produção industrial registrada no terceiro mês do ano catorze dos vinte e quatro ramos industriais pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 4,2%, sexto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 19,4%. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de máquinas e equipamentos (-3,8%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,1%), de bebidas (-4,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis(-1,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,7%) e de metalurgia (-1,3%).

Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios, que avançou 2,1%, eliminando assim o decréscimo de 0,4% observado em fevereiro último. Vale citar também os impactos positivos vindos dos setores de produtos do fumo (26,8%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%) e de indústrias extrativas (0,5%), com o primeiro interrompendo seis meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 47,9%; o segundo eliminando parte do recuo de 10,0% registrado entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015; e o último acumulando expansão de 3,5% em quatro meses seguidos de avanço na produção.

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