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Itaú tem lucro de R$ 6,1 bi no 3º tri, 12% maior que em 2014; inadimplência cresce

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O banco Itaú Unibanco (BOV:ITUB3, BOV:ITUB4 e NYSE:ITUB) divulgou hoje um lucro líquido recorrente (sem eventos extraordinários) de R$ 6,117 bilhões, 12,1% superior ao do mesmo período do ano passado. Já o lucro contábil, que considera ganhos e perdas eventuais, foi de R$ 5,945 bilhões, 10% acima do ganho do ano passado. No acumulado do ano, o banco teve um lucro recorrente de R$ 18,059 bilhões, 20,7% acima do obtido nos 9 meses do ano passado. O lucro contábil acumulado no ano foi de 17,662 bilhões, 20% maior que no ano passado.

Como exemplo de eventos não recorrentes, o banco teve um efeito positivo de R$ 3,988 bilhões relativos ao aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% sobre o a créditos tributários do banco. Como o imposto é maior, o banco pode abater mais impostos.

Considerando o resultado recorrente, o retorno sobre o patrimônio líquido, principal métrica de resultado dos bancos, foi de 24% em termos anualizados, ligeiramente abaixo dos 24,7% do terceiro trimestre de 2014 e dos 24,8% do segundo trimestre deste ano.

Inadimplência

O balanço mostra um aumento da inadimplência significativo em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A despesa com créditos de liquidação duvidosa, que é negativa para o banco, aumentou 39,2%, para R$ 4,653 bilhões, puxado tanto pelo aumento das despesas com provisões, de 21,2% (R$ 1 bilhão), quanto pela queda de 21,7% na recuperação de créditos em atraso (R$ 303 milhões).

Os indicadores de curto prazo mostram um aumento da inadimplência do segundo para o terceiro trimestre deste ano. Desconsiderando os efeitos do dólar na carteira, os atrasos de pessoas físicas com mais de 90 dias subiram de 4,6% em junho para 5,1% em setembro. Já para pessoas jurídicas, caiu de 2,2% para 2%. Com isso, o total de atrasos na carteira em geral ficou em 3,3% em setembro, mesmo nível de junho.

Em um prazo mais longo, comparando com setembro do ano passado, quando as pessoas físicas tinham uma taxa de 5% de inadimplência, houve um aumento de 0,1 ponto percentual. Nas empresas, houve um aumento de 0,2 pontos em relação ao 1,8% do ano passado. E a carteira geral piorou ligeiramente, 0,1 ponto em relação ao 3,2% de setembro de 2014.

Crédito cresce com alta do dólar

A carteira de crédito do banco, incluindo avais e fianças, cresceu 9,7% em relação a setembro do ano passado, puxada para cima pela alta do dólar. Já descontando a variação cambial, que amplia os empréstimos feitos para empresas em dólar, o resultado é uma queda de 0,4% na carteira de crédito do Itaú Unibanco em 12 meses. Em setembro, o banco tinha R$ 552,3 bilhões em empréstimos, sendo R$ 186 bilhões para pessoas físicas e R$ 306 bilhões para jurídicas. Nesse valor, podem ser acrescidos R$ 38 bilhões em papéis de empresas comprados no mercado, como debêntures e notas promissórias.

Imóvel sim, carro, não

O crédito para pessoas físicas cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para um aumento de 21,5% no crédito imobiliário e uma queda de 30,9% no financiamento de veículos, reforçando a busca do banco de reduzir as operações de maior risco. O maior volume de empréstimos do banco está no cartão de crédito, com R$ 55 bilhões, e um crescimento de 1,4% em 12 meses.

Em quatro anos, o banco reduziu a parcela dos empréstimos de veículos na carteira de 15% para 4,5% enquanto o crédito imobiliário cresceu de 6,7% para 9,3%.

Não vinde a mim os pequenos

Já para empresas, houve um crescimento maior, de 9,1% para as grandes, e menor,  de 2,4%, para as pequenas, mostrando também a busca por menor risco. Em quatro anos, a parcela de pequenas empresas no total de empréstimos do banco caiu de 23,4% para 16,2%. Já as grandes passaram de 26,4% para 30,7%.

Maiores ganhos de tesouraria

O banco aumento os ganhos com tesouraria em 110,2%, como mostra a margem financeira com o mercado, de R$ 2,276 bilhões. A margem com clientes também cresceu, 15,3%, para R$ 15,319 bilhões, a maior contribuição para o resultado. As receitas com serviços subiram 8%, para R$ 7,1 bilhões, enquanto a de seguros caiu 4,6%, para R$ 2,268 bilhões.

Despesas operacionais aumentaram 12,9%

Do lado das despesas, além da inadimplência na carteira de crédito, houve um aumento de 12,9% nas despesas operacionais, para R$ 12,748 bilhões. Nesse número, entram as despesas tributárias, que subiram 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,841 bilhão.  

As despesas com pessoal tiveram um aumento de 15,1% sobre setembro do ano passado, acima da inflação, que foram compensadas por um aumento menor nas despesas administrativas, de 5,4%. Já descontando as operações no exterior, que sofrem o impacto do dólar, as despesas de pessoal e administrativas tiveram alta menor, de 8,7%.

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