Vale mantém avanço e Ibovespa segura os 59 mil pontos; dólar volta aos R$ 3,21

O Índice Bovespa fechou o dia com baixa de 0,11%, para 59.098 pontos, em um pregão fraco no Brasil e no exterior. O volume financeiro da bolsa somou R$ 5,4 bilhões, bem abaixo da média diária anual de R$ 7 bilhões. Na semana, o índice totalizou ganhos de 1,37%. No mês, o avanço foi de 3,12% e de 40,23% no acumulado do ano.

Entre as instituições financeiras, que concentram o maior peso do índice, as ações preferenciais (PN, sem voto) do Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) caíram 0,66% e Bradesco (BOV:BBDC4) , 0,57%. Já as units (recibos de ações) do Santander (BOV:SANB11) ganharam 0,88% e os papéis ordinários (ON, com voto) do Banco do Brasil (BOV:BBAS3), 2,07%.

Sob pressão do petróleo sem tendências únicas lá fora, Petrobras (BOV:PETR4) tiveram queda de 0,70% e 0,79%, respectivamente. Na contramão, Vale (BOV:VALE3) conseguiu segurar ganhos de 0,85%, como Vale (BOV:VALE5), 1,32%, ajudado pela leve alta de 0,30% do minério de ferro na China.

Por acreditar em uma retomada do crescimento econômico brasileiro nos próximos meses, o BTG Pactual reforçou mais cedo sua recomendação de compra para a bolsa do país. No entanto, de dezembro de 2009 até junho deste ano, as empresas brasileiras registraram seu pior patamar em investimentos. Na mediana, o país investe o equivalente a 112% ou 1,12 vez a depreciação de seu parque industrial, segundo levantamento da Economática.

Sabesp cai 2% e Rumo Logística sobe 6%

No topo das quedas do Ibovespa, Sabesp (BOV:SBSP3) caiu 1,91%, Embraer (BOV:EMBR3), 1,76%, Cielo (BOV:CIEL3), 1,61%, e Estácio (BOV:ESTC3), 1,39%. A fabricante de aviões Embraer refletia as manifestações dos seus trabalhadores contra o plano de demissões voluntárias (PDV) anunciado na semana passada, que economizaria US$ 200 milhões para a empresa. Do lado positivo, os melhores desempenhos do indicador brasileiro foram de Rumo Logística (BOV:RUMO3), 6,32%, JBS (BOV:JBSS3), 5,70%, BR Malls (BOV:BRML3), 4,07%, e Braskem (BOV:BRKM5), 1,85%.

Bolsas estrangeiras recuam; petróleo tem sentidos distintos

No exterior, os principais índices de ações marcaram perdas. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 0,24%, o S&P 500, 0,14%, e o índice da Nasdaq, 0,03%. No mesmo sentido, na zona do euro, o Stoxx 50, dos 50 papéis mais líquidos do bloco, perdeu 0,90%, o britânico Financial Times, 0,15%, o francês CAC, 0,82%, e o alemão DAX, 0,55%. Como durante todo o pregão, o petróleo WTI, negociado em Nova York, fechou com avanços de 0,52%, para US$ 48,47, enquanto o barril do tipo Brent, de Londres, perdeu 0,18%, para US$ 50,80.

Juros recuam e dólar volta aos R$ 3,21

No fim do dia, os juros válidos até 2017 caíram de 13,99% ao ano para 13,98%. Para 2018, as taxas recuaram de 12,75% para 12,69%, seguidas pelas projeções com vencimento em janeiro de 2021, que passaram de 11,96% para 11,87%, pressionadas pela alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) na segunda prévia de agosto. Hoje também a Receita Federal anunciou que a arrecadação de julho caiu pelo 16º mês consecutivo e foi a pior para o mês desde 2010.

Mesmo depois do leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso Banco Central (BC), de US$ 500 milhões, o dólar comercial perdeu 0,90%, para R$ 3,21, e o dólar turismo caiu 0,30%, vendido a R$ 3,36. A autoridade monetária reduziu suas intervenções no mercado de câmbio hoje. Nos seis leilões anteriores, o BC trabalhou com a venda de 15 mil contratos, cerca de US$ 750 milhões.