A pesquisa sobre o setor industrial realizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no período acumulado entre janeiro e agosto de 2016 o setor industrial nacional registrou uma queda de produção de 8,2%, frente a igual período do ano anterior. Entretanto, houve ligeira redução na magnitude de queda frente ao resultado do primeiro semestre do ano (-9,1%).
A queda de 8,2% nesse tipo de comparação teve perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 72,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, indústrias extrativas, que recuou 13,1%, e veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,8%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens minérios de ferro, na primeira; e automóveis, caminhões e autopeças, na segunda. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,5%), de máquinas e equipamentos (-14,4%), de metalurgia (-9,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-22,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,5%), de produtos de metal (-11,8%), de outros equipamentos de transporte (-21,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-8,7%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,8%) e de móveis (-13,4%).
Por outro lado, entre as quatro atividades que ampliaram a produção nos oito meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (1,7%), impulsionada, em grande parte, pelo avanço na fabricação de açúcar cristal e VHP.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-20,2%) e bens de capital (-15,9%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-20,7%) e de eletrodomésticos (-20,1%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,5%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-8,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-2,7%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado do ano, com o primeiro registrando recuo ligeiramente abaixo da magnitude observada na média nacional (-8,2%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.
Pesquisa Industrial Mensal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de agosto de 2016.