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Presidente do Santander vê crescimento do crédito de 5% a 7% este ano

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O ano de 2017 deve trazer melhoras para o mercado de crédito, que deve ter um crescimento de 5% a 7% depois da queda de 3,5% registrada em 2016, afirma o presidente do Santander Brasil (BOV:SANB11), Sérgio Rial. Segundo ele, a economia brasileira deve melhorar este ano em relação ao ano passado, com os preços das commodities em alta, o petróleo acima de US$ 50, uma safra recorde de grãos no Brasil, a injeção de R$ 30 bilhões na economia com a liberação das contas inativas do FGTS e um declínio da taxa básica de juros e da inflação, que leva a um aumento da renda real de grande parte da população.

A isso deve se junta uma atitude mais ativa dos bancos no sentido de autorregular suas atividades para definir o papel do sistema financeiro no desenvolvimento do país, como foi o caso das mudanças no crédito rotativo dos cartões. Rial observa que, com as mudanças no compulsório anunciadas semana passada, o governo também indica que vai levar adiante uma agenda de desregulamentação que pode facilitar e aumentar os negócios.

Juros do governo

Segundo Rial, a queda dos juros tem de começar com quem representa o menor risco da economia, que é o governo. “Se o menor risco paga 14,25% ao ano de juros, é difícil o banco emprestar a menos que isso”, diz. O primeiro passo, portanto, é baixar a taxa básica de juros, o que está sendo feito graças ao controle dos gastos públicos e da inflação. “O risco zero tem de sair desse nível de taxa e devemos caminhar para juros de um dígito” afirma.

Além disso, há questões microeconômicas que podem ajudar, como o fortalecimento do cadastro positivo. “O país tem de diferenciar quem quer pagar de quem não quer, e isso precisa ser capturado e precificado”, afirma. Da forma como o país faz hoje, ele está mediocrizando a avaliação de risco, afirma Rial.

Maus pagadores

É preciso criar também mecanismos para cuidar melhor dos maus pagadores ou dos que se aproveitam de brechas jurídicas para tentar tirar dinheiro do sistema financeiro. “Há ações cíveis de pessoas que não conseguiram sacar dinheiro no caixa eletrônico em determinado momento e processam o banco pedindo indenizações milionárias que são aceitas pela Justiça”, diz. Ele cita ainda os casos de roubos a bancos e a caixas eletrônicos, que cresceram “de maneira extraordinária” nos últimos anos, e os ataques eletrônicos às contas dos clientes. “Tudo isso representa custos que vão ser repassados para o resto da sociedade, por isso cada bloco desses precisa ser visto em profundidade pela sociedade como um todo.”

O presidente do Santander espera também um desempenho melhor das grandes empresas em 2017, graças à queda dos juros e ao aumento das commodities. Ele espera também um crescimento das ofertas iniciais de ações (IPO) e ofertas de papéis de renda fixa para reestruturação de dívidas. “Mas como isso não aconteceu ainda, optamos por aumentar nossas provisões no fim do ano”, explica.

Sinais recentes

Ele cita o crescimento da carteira de crédito do banco no último trimestre do ano passado, como um indicador de que a situação já está melhorando. “Crescimentos em diversas linhas, principalmente veículos e alguma coisa em crédito direto ao consumidor e pequenas empresas, o que indica uma retomada”, afirma. “Os dados de queda do crédito do BC de hoje são mais um espelho retrovisor”, diz.

Rial  espera que a retomada do crédito se dê especialmente no consumo, pela base muito deprimida, e pela volta do crédito imobiliário, que ficou paralisado em 2015 e 2016. Já nas empresas, a expectativa maior é com as exportadoras em geral. “O agronegócio deve continuar forte”, afirma.

Montadoras também já começam a dar sinais de recuperação nas vendas e na produção de veículos, afirma o executivo. “E no fim do primeiro semestre podemos ver uma retomada da construção civil”, avalia. “Primeiro será preciso, porém, resolver a questão dos distratos”, afirma.

FGTS para carros e dívidas

Ele acredita que a liberação do FGTS de contas inativas deve levar as pessoas a comprar mais veículos e pagar dívidas. E admite que a queda dos juros será gradual. “A taxa de juros dos empréstimos cai, mas não na magnitude que as pessoas desejam, mas os bancos podem servir de facilitadores para essa redução criando alternativas”, diz, citando o caso dos 10 dias sem juros no cheque especial oferecidos pelo Santander.

Rial afirma que considerou as medidas relacionadas ao compulsório anunciadas pelo Banco Central (BC) “mais neutras do que poderiam ter sido”. “Se o movimento terminar por aí, é excessivamente tímido”, diz. “Já se for o começo de um processo, será bom”, diz.

Mesmo o cenário externo, diz Rial, não deve ser problema, já que o país tem um déficit reduzido e um elevado volume de reservas internacionais.

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