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Tiros no pé do cowboy: Trump beneficiará cimenteira mexicana e elevará custos para americanos

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Os primeiros tiros do novo presidente Donald Trump, em seu estilo “cowboy”, de construir um muro na fronteira com o México, podem acabar atingindo o próprio pé. Trump anunciou ontem a construção do muro querendo que os mexicanos pagassem pela obra, com um custo estimado em US$ 15 bilhões. Uma clara bravata, já que não pode obrigar o governo do México a aceitar isso.

Como alternativa, ele ameaça com a criação de um imposto de importação de 20% sobre os produtos mexicanos. Na prática, porém, quem pagará esse imposto não são os mexicanos, mas os cidadãos americanos, que arcarão com custos mais altos para os produtos do país vizinho, observa o ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, em usa conta no Facebook.

Outra consequência da construção do muro será que ele trará ganhos para uma grande empresa de cimento localizada aonde? No México! A Cemex atua nos dois lados da fronteira. Como resultado, as ações da empresa subiram 2,8% ontem, quando o muro foi anunciado. Mas ela já vinha se beneficiando dos planos de Trump para investir em infraestrutura, que demandará cimento para rodovias, ferrovias, aeroportos e túneis. Provavelmente com cimento mexicano.

“O muro de Trump vai demandar entre 7 e 8 milhões de metros quadrados de concreto e 3 milhões de toneladas de cimento”, diz Alexandre Espírito Santo, economista da Órama Investimentos e professor do Ibmec Rio. “A sétima maior produtora de cimento do mundo é mexicana e não há nenhuma empresa de cimento americana entre as 20 maiores”, raciocina. “Logo, Trump vai beneficiar o México”.

Mesmo que Trump proíba a compra de cimento do México, e importe todo o produto de outros países, a um custo muito mais alto, a demanda puxará os preços do produto vendido pela Cemex, que se beneficiará da mesma forma, lembra Espírito Santo.

Presidente mexicano cancela visita

Hoje o dia foi novamente de bravatas, com Trump impondo condições para uma visita do presidente mexicano, o que levou Enrique Peña Nieto a cancelar sua viagem a Washington para se encontrar com Trump. Ontem “Esta manhã informamos à Casa Branca que eu não vou assistir à reunião marcada para a próxima terça-feira [31 de janeiro] com o presidente dos Estados Unidos”, escreveu Peña Nieto no Twitter.

O presidente mexicano, no entanto, manifestou interesse na cooperação com os Estados Unidos “O México reitera sua vontade de trabalhar com os Estados Unidos para alcançar acordos em favor de ambas nações”.

A decisão ocorre pouco mais de um dia depois que Peña Nieto criticou, em uma entrevista, a ordem executiva de Donald Trump autorizando a construção do muro. O mexicano lamentou a decisão de Trump de construir o muro da fronteira e insistiu mais uma vez que o México não pagará por isso. “Eu disse uma e outra vez, o México não vai pagar por nenhum muro”, disse.

Antes do anúncio de Peña Nieto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cancelar a reunião, em duas mensagens no Twitter. Na primeira, ele escreveu: “Se o México não está disposto a pagar pelo muro tão necessário, então seria melhor cancelar a próxima reunião”. Na segunda mensagem, Trump criticou o Tratado de Livre Comércio do Atlântico Norte (Nafta, na sigla em ingês), do qual o México e o Canadá fazem parte, como um “acordo comercial unilateral”, ou seja, para ele, os Estados Unidos não têm benefícios com esse acordo.

Com informações da Agência Brasil.

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