Fique de olho: IPC-Fipe desacelera, BB vende Kepler, Trump acalma China, minério sobe 3%

Educação pressiona, mas IPC-Fipe desacelera no início de fevereiro para 0,18%

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, acusou redução no ritmo de alta na primeira quadrissemana de fevereiro ao atingir variação de 0,18% ante 0,32% no fechamento de janeiro. Três dos sete grupos pesquisados tiveram taxas negativas: habitação (caiu de -0,16% para -0,01%); alimentação (de -0,16% para -0,11%) e vestuário (de -0,86% para -0,77%). Como sempre ocorre nesta época do ano, a classe de despesa que mais pressionou o orçamento doméstico foi educação: alta de 5,56%. Porém, no levantamento anterior, a taxa tinha sido ainda maior: 6,51%. Em saúde, houve uma pequena elevação, indo de 0,70% para 0,79%. O mesmo ocorreu em despesas pessoais (de 0,12% para 0,25%). No grupo restante, transportes, houve ligeira redução na velocidade de reajuste com a taxa passando de 0,50% para 0,37%.

Construção demitiu mais de 1 milhão deste 2014

A construção civil demitiu 1,08 milhão de trabalhadores no país desde outubro de 2014, quando iniciou o declínio do número de empregados. Os dados foram divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo o estudo, há 27 meses havia 3,57 milhões de trabalhadores na construção. Em dezembro no ano passado, o total caiu para 2,489 milhões, a 27ª queda consecutiva. O setor fechou 2016 com 414 mil vagas, uma queda de 14,33% em relação a dezembro de 2015. Em relação a novembro, houve queda de 3,63%. Entre os estados, os que mais demitiram no ano passado foram São Paulo (-97.696), Rio de Janeiro (-77.726), Minas Gerais (-37.694), Bahia (-23.772) e Pará (-21.374). Em 2016, os segmentos que mais apresentaram queda foram imobiliário (17,14%), infraestrutura (-13,96%) e preparação de terreno (13,68%).

Supremo quer que Temer explique indicação de Moreira Franco

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu hoje (9) pedir informações ao presidente da República, Michel Temer, sobre a nomeação do ministro Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Temer terá 24 horas para se manifestar. Após receber as informações, o ministro deverá decidir sobre os dois mandados de segurança nos quais a Rede Sustentabilidade e o PSOL questionaram o ato de nomeação. A decisão de Celso de Mello pode colocar fim à guerra de liminares na Justiça contra a nomeação. Na manhã de hoje (9), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, derrubou decisão proferida pela primeira instância, que anulou a nomeação. Horas depois, uma nova decisão, proferida pela Justiça do Rio, voltou a cancelar a posse. À noite, outra decisão, dessa vez da Justiça Federal do Amapá, também barrou a posse.

Produção de papelão ondulado cresce e indica melhora na atividade

De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO), a produção de papel ondulado, usado como embalagens pela indústria, avançou 2,4% em janeiro sobre dezembro, após registrar alta de 4,7% em dezembro sobre novembro. O número indica que a atividade industrial segue crescendo. Segundo a MCM Consultores, a  produção industrial de janeiro deve crescer 0,1% sobre o mês anterior e 2,0% sobre o mesmo mês do ano passado.

Exportação e conversa de Trump animam China e Japão

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira, após os mercados acionários de Nova York atingirem novos recordes ontem, após o presidente americano Donald Trump prometer um forte corte de impostos para as empresas. Trump também teria conversado de maneira cordial por telefone com o presidente chinês Xi Jinping, acalmando os ânimos e assumindo o compromisso de respeitar a proposta chinesa de “uma só China”. Já no Japão, o Índice Nikkei subiu 2,4% com a expectativa da reunião que Trump terá com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, em Washington.

Balança comercial chinesa agrada e minério de ferro sobe 3%

Os números da balança comercial chinesa também agradaram. O superávit foi de US$ 51,35 bilhões em janeiro, ante os US$ 48,50 bilhões previstos pelo mercado. As exportações cresceram 7,9% no período, após terem caído 6,2% em dezembro. E as importações, apresentaram elevação de 16,7% no mês ante dezembro, que apresentou elevação de apenas 3,1%. Houve um impacto do feriado de Ano Novo chinês, que fez muitas empresas anteciparem suas vendas, mas mesmo assim o mercado se animou e o minério de ferro subiu 3,3%, para US$ 86,60 a tonelada.O Índice Xangai Composto subiu, após chegar a operar acima de 3.200 pontos pela primeira vez em dois meses durante o pregão.

BB e Previ vendem participação na fabricante de silos Kepler Weber

O Banco do Brasil informou que sua subsidiária de investimentos acertou a venda de toda sua participação de 17,45% na Kleper Weber para a americana AGCO do Brasil pelo valor de R$ 22,00 por ação. O valor é 25% maior do que a Kleper Weber está cotada na bolsa. Além do BB-BI, o Previ (fundo de pensão do banco) também vendeu toda sua participação na companhia. Somadas, as fatia do Previ e BB-BI equivalia a 34,93% do capital da Kleper, ou 9,2 milhões de ações. Pelo preço da ação, o valor total da operação será de R$ 202,2 milhões,  R$ 40 milhões a mais do que se a venda fosse feita ao preço que as ações valem na bolsa. Em fato relevante a Kleper Weber informou a intenção da AGCO realizar uma oferta pública para aquisição de ações (OPA) para adquirir até a totalidade de ações ON, pelo mesmo preço oferecido ao BB-BI e à Previ e fechar o capital da empresa.

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