O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) fechou o segundo mês de 2017 com 677,983 pontos, após registrar valorização mensal de 0,14%. No mês anterior, o índice oscilou 0,88%. No acumulado dos últimos doze meses, o IGP-10 acumula alta de 5,67%, taxa de variação anual bem inferior à valorização de 7,15% aferida no último mês. No ano, após dois meses, o indicador já acumula um crescimento de 1,02%.
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-10 é um indicador inflacionário de abrangência nacional, que mede a variação dos preços no período compreendido entre os dias 11 (onze) do mês anterior e 10 (dez) do mês de referência. Clique aqui e confira todos os detalhes sobre o desempenho do IGP-10 de fevereiro de 2017.
A desaceleração do IGP-10 em fevereiro foi determinada pela forte leve retração do Índice de Preços ao Produtor Amplo 10 (IPA-10), que tem peso de 60% na composição do indicador e mede a evolução dos preços no setor atacadista brasileiro. No segundo mês de 2017, o IPA-10 fechou com variação de -0,03%, taxa 1,11 ponto percentual menor que a variação de janeiro (1,08%).
Os Bens Finais registraram taxa de variação de -0,81%, em fevereiro, ante 0,53%, em janeiro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,50% para -1,33%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou variação de -0,25%. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,32%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 1,32%. No mês anterior, a taxa havia sido de 1,24%. Apenas o subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou aceleração, cuja taxa de variação passou de 0,42% para 1,33%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,90%. No mês anterior, este índice registrou variação de 0,46%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,56%. Em janeiro, a taxa foi de 1,55%. Contribuíram para a desaceleração do grupo os itens: minério de ferro (17,02% para 2,30%), aves (-1,60% para -8,82%) e milho (em grão) (-3,25% para -7,04%). Em sentido inverso, destacaram-se os itens: café (em grão) (-7,57% para 3,02%), mandioca (aipim) (0,12% para 8,78%) e laranja (-1,32% para 12,23%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% na composição do IGP-10, registrou variação de 0,54%, em fevereiro, a mesma registrada no mês anterior. A principal contribuição em sentido ascendente partiu do grupo Habitação (-0,20% para 0,35%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -3,53% para -0,26%.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação em outras duas classes de despesa: Educação, Leitura e Recreação (1,65% para 2,99%) e Comunicação (0,34% para 0,37%). Nestas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: cursos formais (3,03% para 5,98%) e tarifa de telefone móvel (0,39% para 0,93%), respectivamente.
Já em sentido descendente, a principal influência partiu do grupo Alimentação (0,66% para -0,01%). Nesta classe de despesa, a maior contribuição para este movimento partiu do item carnes bovinas, cuja taxa passou de 1,04% para -1,09%.
Os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,63% para 0,42%), Despesas Diversas (1,10% para 0,30%), Vestuário (0,14% para -0,12%) e Transportes (0,90% para 0,85%) também apresentaram decréscimos em suas taxas de variação. Para cada uma dessas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,53% para 0,07%), cigarros (2,16% para 0,00%), roupas (-0,03% para -0,45%) e gasolina (2,65% para -0,55%), respectivamente.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% na composição do IGP-10, registrou em fevereiro taxa de variação de 0,36% ante 0,30% aferida no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,55%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,17%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,19%. No mês anterior, este índice variou 0,41%.