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IPCA-15 acelera para 0,54% em fevereiro, mas é o menor desde 2012; em 12 meses, alta é de 5,02%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,54% em fevereiro e superou a taxa de janeiro (0,31%) em 0,23 ponto percentual, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a menor taxa para um mês de fevereiro desde 2012 (0,53%). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 5,02% e ficou bem abaixo dos 5,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa foi 1,42%.

O IPCA-15 serve de prévia para o IPCA usado pelo Banco Central em suas metas de inflação. A diferença entre os índices é o período de coleta, que vai de 16 de um mês a 15 do mês de referência, enquanto o IPCA pega o mês fechado e por isso é divulgado depois.

O avanço do indicador em relação a janeiro decorreu basicamente da alta sazonal das mensalidades escolares, dos reajustes dos ônibus e da reversão de sinal do grupo Habitação em vista da menor retração de energia elétrica, avalia a MCM Consultores, que trabalhava com alta de 0,55% para o IPCA-15, ligeiramente acima dos 0,49% da mediana do mercado.

Atenuando essas pressões, o indicador contou com a ajuda de elevações mais moderadas dos preços dos alimentos e combustíveis, intensificação das quedas dos artigos de vestuário e nova retração dos valores das passagens aéreas. Com esse resultado, o IPCA-15 se aproxima dos 5% em 12 meses e da meta de inflação do BC, de 4,5%. Segue, portanto, favorável o cenário para um corte de 0,75 ponto percentual ou até 1 ponto na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina hoje. A MCM acredita em corte de 0,75 ponto, para 12,25% ao ano.

PERÍODO TAXA
FEVEREIRO 0,54%
Janeiro 0,31%
Fevereiro 2016 1,42%
Acumulado no ano 0,85%
Acumulado em 12 meses 5,02%

Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 5,17% e impacto de 0,24 p.p., foi o principal responsável por elevar a taxa do IPCA-15 de 0,31% para 0,54%, enquanto os artigos de Vestuário mostraram a menor variação (-0,31%).

A alta de 5,17% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,94%. Esta alta gerou o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,21 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento, devido à diferença no período de reajuste.

Tarifas de ônibus

Além do grupo Educação (5,17%), o IPCA-15 foi pressionado pelas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente. A alta de 3,24% nos ônibus urbanos foi consequência das variações apropriadas nas seguintes regiões: Fortaleza (17,05%), que refletiu os reajustes de 16,36% nas tarifas cobradas de segunda a sábado e de 17,80% nos dias de domingo, em vigor desde 14 de janeiro; Recife (13,46%), onde ocorreu reajuste de 14,28% no dia 15 de janeiro; Belém (11,85%), que refletiu o reajuste de 14,81% vigente a partir do dia 19 de janeiro; Brasília (7,09%), refletindo o reajuste de 25% nas tarifas, que voltou a vigorar a partir de 28 de janeiro; Belo Horizonte (6,02%), refletindo o reajuste de 9,40%, em vigência a partir de 03 de janeiro; Salvador (5,36%), onde o reajuste foi de 9,09% a partir de 02 de janeiro; Curitiba (5,10%) a partir de 6 de fevereiro, onde ocorreu reajuste de 14,86% de segunda a sábado e de 70,00% nos domingos, pois foi extinto o desconto dominical.

Nos ônibus intermunicipais (3,84%), as variações mais elevadas ficaram com o Rio de Janeiro (12,30%), devido ao reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro; Curitiba (6,77%), onde ocorreu reajuste médio de 13,00% a partir de 6 de fevereiro; Belo Horizonte (4,57%), refletindo o reajuste médio de 9,46% desde o dia primeiro de janeiro; Salvador (2,47%), devido ao reajuste médio de 8,42%, que vigora desde 26 de dezembro.

Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo Transportes ficou com variação de 0,66%, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Janeiro
Fevereiro
Janeiro
Fevereiro
Índice Geral
0,31
0,54
0,31
0,54
Alimentação e Bebidas
0,28
-0,07
0,07
-0,01
Habitação
-0,22
0,18
-0,03
0,03
Artigos de Residência
-0,23
0,34
-0,01
0,01
Vestuário
-0,18
-0,31
-0,01
-0,02
Transportes
0,71
0,66
0,13
0,12
Saúde e Cuidados Pessoais
0,48
0,83
0,05
0,10
Despesas Pessoais
0,76
0,37
0,08
0,04
Educação
0,18
5,17
0,01
0,24
Comunicação
0,49
0,84
0,02
0,03

Comida ajuda a segurar preços

Os alimentos (-0,07%) contribuíram para conter o índice do mês, após terem aumentado 0,28% em janeiro. Ainda que os preços do óleo de soja (4,42%), das hortaliças (4,00%) e de outros produtos tenham se mostrado mais caros de um mês para o outro, vários deles ficaram mais baratos. Alguns se destacaram pelas quedas expressivas, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).

Rio, capital da carestia

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,93%), com destaque para os cursos regulares (9,65%) e ônibus intermunicipais (12,30%), cuja alta reflete o reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro. O menor índice foi o de Goiânia (0,07%).

Região
Peso Regional (%)
Variação Mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Janeiro
Fevereiro
Ano
12 meses
Rio de Janeiro
12,46
0,30
0,93
1,23
4,84
Salvador
7,35
0,63
0,85
1,48
5,13
Belo Horizonte
11,23
0,40
0,74
1,15
5,83
Recife
5,05
0,14
0,73
0,87
5,28
Fortaleza
3,49
0,53
0,69
1,23
7,02
Belém
4,65
0,17
0,66
0,83
5,44
Porto Alegre
8,40
0,03
0,55
0,58
5,07
São Paulo
31,68
0,31
0,32
0,64
5,02
Brasília
3,46
0,57
0,32
0,90
4,73
Curitiba
7,79
0,27
0,25
0,52
3,60
Goiânia
4,44
0,14
0,07
0,21
3,62
Brasil
100,00
0,31
0,54
0,85
5,02

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de janeiro a 13 de fevereiro de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de dezembro de 2016 a 12 de janeiro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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