ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for smarter Negocie de forma mais inteligente, não mais difícil: Libere seu potencial com nosso conjunto de ferramentas e discussões ao vivo.

Rio Bravo vê melhora dos mercados de risco com reformas e segunda fase de Trump

LinkedIn

A expectativa é que os mercados de risco também tenham uma boa fase com a aprovação de parte das reformas da Previdência e trabalhista, e com o cenário externo, de maior estímulo para a economia nos Estados Unidos, diz o economista da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini. Para ele, o mercado internacional exagerou no otimismo logo após a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, contando com um corte rápido de impostos e investimentos em infraestrutura. “Mas o que veio primeiro era o que o mercado não queria, que foram as medidas protecionistas e contra a imigração”, afirma. Com isso, houve um movimento de queda das bolsas no começo de fevereiro.

Segunda fase de Trump

Mesmo assim, Buccini espera que comece em breve a segunda fase de Trump, com as medidas de cortes de impostos e investimentos em pontos, ferrovias, aeroportos e estradas, o que já começou a aparecer no fim da semana passada, quando Trump falou em um plano “fenomenal” de incentivos. “Isso deve agradar o mercado”, diz.

Mesmo assim, todo cuidado é pouco, pois o risco dos mercados subiu muito. As bolsas americanas estão em suas máximas históricas e qualquer surpresa negativa pode provocar movimentações bruscas no mercado. “Buscamos proteção nos mercados de opções do Índice Standard & Poor’s 500, por exemplo”, diz.

Riscos na Europa

Um desses eventos pode ser um desmantelamento da União Europeia, que já enfrenta problemas novamente com a Grécia. “A economia grega é pequena, não deve ter um impacto tão grande, mas a questão política é mais séria, especialmente a eleição na França em maio”, diz Buccini. Ele diz que a expectativa na Rio Bravo é que a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, perca a eleição, mas sempre há o risco de surpresas, como ocorreu com Trump.

Apesar desses riscos, Buccini espera que os EUA tenham um crescimento bom nos próximos dois anos, com a inflação na meta, de 2% ao ano, mas com piora das condições de crescimento nos anos seguintes, por conta da aceleração no curto prazo. “As medidas anti-imigração e tarifas de importação devem afetar crescimento e preço nos EUA no médio prazo”, diz.

Cenário melhor para o Brasil

Já para o Brasil, a situação será melhor, apesar das condições fiscais continuarem ruins. Em parte, isso será possível pela melhora das contas externas, com reservas internacionais elevadas e investimento direto estrangeiro em alta. “Isso deve limitar o impacto de crises externas no dólar aqui, e além disso, o volume estrangeiro aplicado no Brasil diminuiu”, afirma Buccini.  Ele estima que cerca de US$ 100 bilhões em recursos estrangeiros aplicados em papéis do Tesouro. “A participação dos estrangeiros na dívida caiu de 22% para 17%, o que reduz a pressão de saída”, lembra.

Com a melhora das condições internas e externas, o juro real pode cair, mas não muito, avalia Buccini. “Houve a experiência traumática de 2013, quando o BC baixou os juros artificialmente por pressão do governo”, diz.  Ele estima que, com a inflação em 4,5% ao ano, a taxa real de juros pode cair mais, mas não muito, pois alguns fatores devem levar a um aumento mais adiante, como a eleição presidencial de 2018, a situação fiscal ainda ruim e os juros americanos.

Ganho nas NTN-B depende de nova meta

Nesse caso, Buccini acha que os papéis prefixados do Tesouro podem ser uma boa opção, ao pagarem 10,90% ao ano. Já as NTN-B já caíram bastante, mas podem ter quedas maiores caso o governo mude a meta de inflação para baixo. “Haverá ainda a discussão sobre a nova meta de inflação em junho para valer em 2019”, lembra. “Se o governo baixar a meta, os juros das NTN-B podem cair e o papel terá ganhos”, diz.

Juro cai e volta a subir para cair mais depois

O economista acredita que a taxa básica Selc pode cair para 9,50% no fim deste ano. “Aí entra a discussão sobre a nova taxa de juros de equilíbrio, que vai depender das reformas fiscais e também do Trump nos EUA”, diz.

É possível até que a taxa volte a subir em 2018, 1,5 ponto percentual, mas depois estaria aberto o caminho para queda maiores. “Aí pode cair bem”, avalia Buccini. O risco da projeção de 8,5% já neste ano é que o BC depois tenha de subir mais os juros e de maneira mais rápida.

O post Rio Bravo vê melhora dos mercados de risco com reformas e segunda fase de Trump apareceu primeiro em Arena do Pavini.

Deixe um comentário