As ações do Carrefour (BOV:CRFB3) subiram 4,3%, para R$ 16,08, ao reagirem positivamente ao início de cobertura dos seus papéis por grandes bancos. Nesta segunda-feira, Bradesco BBI, JPMorgan, Santander, Itaú BBA e Goldman Sachs recomendaram a compra das ações da varejista, que iniciaram na Bolsa em 20 de julho vendidas a R$ 15.
O Santander, que indicou um preço-alvo de R$ 19, avalia que os papéis negociam atualmente em um patamar “atrativo” e são uma “excelente alternativa de investimento”. “A rede de hipermercados é líder do segmento no país com um market share de 14,5% e apresenta uma equipe de gestores experientes no setor de varejo”, explica o analista João Mamede.
O Goldman Sachs, que projeta um preço-alvo de R$ 19,20, destaca que a empresa está bem posicionada para alavancar o crescimento estrutural do varejo de alimentos no Brasil e calcula que a ação negocia a 16,7 vezes o lucro esperado para 2018 (P/L), apesar de oferecer um crescimento de EBITDA superior (15% contra 8% entre 2017 e 2019) e um retorno sobre o capital investido de 20%.
O maior potencial para a empresa, indica o Goldman Sachs, está no crescimento do Atacadão, que é o segmento de “atacarejo” com a maior presença nacional e líder em sua área.
A administração do Carrefour, lembra a equipe de análise, mapeou o potencial para novas 165 lojas (atualmente possui 162). “Acreditamos que isso é viável, considerando o tamanho continental do Brasil, população (206 milhões, conforme dados do IBGE 2016) e o nível de urbanização (85% de acordo com dados de 2014)”, explicam.