De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a economia brasileira avançou 1,00% nos últimos doze meses. Essa aferição refere-se à série observada do indicador, calculada sem a realização de ajustes sazonais.
Na comparação mensal, o IBC-Br, teve queda de 0,41% em janeiro de 2019, na comparação com dezembro de 2018. O resultado foi calculado após ajuste sazonal. Na série observada, sem ajustes sazonais, a retração mensal foi bem maior: -2,35%.
Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra janeiro de 2018, o IBC-Br registrou alta de 0,79%. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. Com ajuste sazonal, o crescimento do nível de atividade foi de 0,91%.
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Entenda o IBC-Br
O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
Juros
O indicador é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 6,50% ao ano e a estimativa do mercado é que se mantenha nesse patamar até o fim do ano.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.
Para 2019, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não poderá superar 5,75% neste ano nem ficar abaixo de 2,75%. A meta para 2020 foi fixada em 4%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.