A Raízen registrou lucro líquido de R$ 181,3 milhões no segundo trimestre do ano-safra 23/24, ante R$ 1,1 milhão do mesmo período do ano passado.

“O lucro líquido ajustado apresentou forte evolução nos trimestres comparáveis, em virtude da evolução do desempenho operacional e geração de margens, mesmo com o impacto da alta de juros no período”, explica a empresa.

Sem ajustes, o lucro líquido foi de R$ 28,4 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 933,5 milhões de um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 3,727 bilhões, alta anual de 35,2%.

A receita líquida somou R$ 59,455 bilhões no segundo trimestre do ano-safra 23/24, uma redução de 7,4% na comparação com igual etapa da safra passada

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 4,588 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 103,7% na comparação com igual período do ano-safra.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,706 bilhão, uma elevação de 59% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 22/23.

Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 30,049 bilhões, um crescimento de 11,9% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,9 vez em setembro/23, queda de 0,4 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Raízen (BOV:RAIZ4) referente suas operações do terceiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 13/11/2023.

Teleconferência

A Raízen, associação entre o grupo de infraestrutura Cosan e a petroleira britânica Shell, projeta que as margens em suas operações de combustíveis devem seguir melhorando, enquanto a demanda por sua produção de etanol de segunda geração (E2G) já é maior que a oferta.

O momento para o chamado etanol 2G produzido pela Raízen tem sido tão bom que idealmente a companhia gostaria até de acelerar os bilionários investimentos previstos nos próximos anos, mas segura o movimento devido à “disciplina de capital”, disse nesta terça-feira o CEO, Ricardo Mussa.

“Tem bastante coisa no nosso prato, é muita construção ao mesmo tempo, então temos que tomar cuidado com o risco, o balanço da companhia precisaria aguentar um investimento maior. Mas hoje temos mais demanda do que a gente consegue atender”, afirmou, em coletiva de imprensa.

“Esse é um negócio com boas margens, bons preços, e bom futuro, com contratos de longo prazo. A vontade é sempre fazer mais, mas temos que ter o pé no chão”, acrescentou.

No momento, a Raízen acaba de inaugurar sua segunda planta de E2G, com seis outras em diferentes fases de desenvolvimento. Cada unidade demanda investimentos de cerca de R$1,2 bilhão.

Mussa também comentou que a Raízen avaliará atrair parceiros ou desinvestir de alguns ativos, de forma a concluir o ano-safra com fluxo de caixa livre positivo.

“Não vamos nos desfazer ou trazer sócio em nada que seja estratégico para a Raízen, como o etanol 2G, estamos olhando em outros negócios”, disse Mussa à imprensa.

Mais cedo, em teleconferência com analistas, Mussa disse avaliar que o mercado de combustíveis “está indo para um nível diferente de margens”, comojá foi sinalizado pelo balanço do terceiro trimestre da empresa.

“Haverá uma flutuação, uma volatilidade das margens, pela estratégia da Petrobras, mas vejo margens mais saudáveis à frente”, afirmou.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters
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