A CPFL reportou lucro líquido de R$ 1,327 bilhão no quarto trimestre de 2023 (4T23), um recuo de 3,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a companhia.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 3,111 bilhões entre outubro e dezembro de 2023, um recuo de 18,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2022.

A receita operacional líquida somou R$ 10,540 bilhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 1,8% na comparação com igual etapa de 2022. A maior contribuição vem da atividade de distribuição, que responde por 80,1% do total.

A empresa também reportou um recuo no custo com energia elétrica que ficou em linha com a queda nas receitas. Essa linha do balanço totalizou R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre, queda de 2% ante outubro e dezembro de 2022.

As despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras Despesas (PMSO) no 41T23 atingiu R$ 1,690 bilhão, um aumento de 135,2% na base anual.

Segundo a companhia, contribuíram para esse resultado o ajuste feito na Enercan, hidrelétrica que entrou no portfólio da companhia em 2022; despesas com a negociação para extinção dos processos fiscais relacionados ao plano de pensão da CPFL; e um acordo com um dos fornecedores da CPFL Transmissão.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 637 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 52,8% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 23,9 bilhões, um crescimento de 2,1% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda, ficou em 1,87 vez em dezembro de 2023, estável na comparação com o mesmo período de 2022.

Os resultados da CPFL Energia (BOV:CPFE3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 21/03/2024.

Teleconferência

Não há razão para que nenhuma distribuidora de energia perca a concessão se considerados os parâmetros regulatórios vigentes, avaliou nesta sexta-feira o CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrella.

“Acho que não há embasamento técnico para nenhum ‘player’ hoje perder a concessão, inclusive a Enel. Acho que do ponto de vista regulatório é muito negativo para o setor, sinceramente espero que isso não aconteça”, disse o executivo, durante teleconferência para comentar os resultados trimestrais da companhia.

O executivo deu a declaração ao ser questionado por analista sobre a maior pressão que a distribuidora Enel São Paulo vem enfrentando devido a falhas mais recorrentes no fornecimento de energia a consumidores. Nesta semana, a concessionária voltou a ter problemas na capital paulista devido a dificuldades com sua rede subterrânea.

Estrella reconheceu a validade do debate sobre regras mais firmes para atendimento dos consumidores, principalmente diante dos eventos climáticos extremos cada vez mais recorrentes, mas ressaltou que o arcabouço regulatório atual deve ser respeitado.

“Podemos discutir quais seriam as novas regras, quais são as novas demandas que a regulação pode trazer, e aí a gente joga o jogo novo. Mas o jogo, da forma que está posto hoje, não há nenhuma razão para algum player perder concessão”, disse Estrella, defendendo a previsibilidade regulatória do setor elétrico.

A CPFL discute a renovação das concessões de três distribuidoras: CPFL Paulista e RGE Sul, com contratos vencendo em 2027, e CPFL Piratininga, em 2028. Na véspera, o CEO da companhia avaliou que o atraso na definição das diretrizes é negativo para os investidores, uma vez que traz “instabilidade desnecessária” para um setor que depende de perspectiva de longo prazo.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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