A Natura&Co registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 935,126 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), alta de 43,39% contra o prejuízo líquido de R$ 652,154 milhões de igual período do ano anterior.

O prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores no primeiro trimestre foi de R$ 934,816 milhões, alta de 43,28% contra o prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 652,428 milhões de um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) consolidado ajustado totalizou R$ 682,8 milhões, um avanço de 4,1% ante o reportado no mesmo intervalo do ano passado.

Já o Ebitda reportado alcançou R$ 547,4 milhões nos primeiros três meses do ano, o que representa um recuo de 9,1% ante o apurado em igual etapa de 2023

A receita líquida no primeiro trimestre foi de R$ 6,105 bilhões, queda de 5,7% contra a receita líquida de R$ 6,471 bilhões de um ano antes.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 361,1 milhões, recuo de 21,5% em relação ao resultado financeiro negativo de R$ 460,2 milhões apurado nos primeiros três meses de 2023.

O custo dos bens e/ou serviços vendidos no primeiro trimestre foi de R$ 2,127 bilhões, queda de 8,05% contra o custo dos bens e/ou serviços vendidos de R$ 2,313 bilhões de um ano antes.

Os resultados da Natura (BOV:NTCO3) referentes às suas operações do primeiro trimestre de 2024 foram divulgados no dia 14/05/2024.

Teleconferência

A administração comentou que as perdas na Argentina afetaram lucros. A consolidação na América Latina faz parte da Onda 2 e, excluindo os efeitos contábeis da Argentina, a região apresentou melhoria na rentabilidade. “Os resultados que estamos obtendo nos leva a crer que estamos no caminho certo para a América Latina”, comenta o CFO, Guilherme Castellan.

No Brasil, a atividade e produtividade permaneceram sólidas, com destaque para harmonização de prazos de entrega. A base de consultoras ainda segue baixa mas com estabilidade na comparação trimestral.

“Seguimos evoluindo o processo de uma possível separação da Avon”, comenta Fabio Barbosa, CEO da companhia. O executivo reforçou que considera que em poucos meses o processo de estudos pode ser completo e que novidades serão divulgadas. “Nossa estratégia é que ambas as unidades sejam viáveis”, afirma Barbosa.

VISÃO DO MERCADO

A Natura&Co apresentou números mistos em seu balanço divulgado na noite de segunda-feira (13). O balanço trouxe prejuízo consolidado 43% mais alto na comparação anual, a R$ 935 milhões.

As ações da companhia tinham baixa de 3,51%, a R$ 16,79, na abertura do pregão desta terça-feira.

Morgan Stanley

As tendências apresentadas pela companhia foram mistas, segundo o Morgan Stanley, com ventos contrários da Avon Internacional e de efeitos da implementação da Onda 2 (dentro do processo de reestruturação da Natura & Co). O lucro líquido seguiu pressionado, em parte por efeitos na Argentina.

No campo positivo, o crescimento de dois dígitos da Natura Brasil. Mesmo com alguns aspectos mais favoráveis, como o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla) ajustado 4% mais elevado na comparação anual, o banco estrangeiro mantém a visão neutra para a companhia.

As receitas da companhia na América Latina apresentaram queda mas superaram as estimativas do Morgan em 5%, graças a efeitos mais favoráveis de câmbio. O grande detrator do balanço foi, de fato, a Avon Internacional, que apresentou receitas 16% menores em relação ao ano anterior. Na margem Ebitda, a diferença entre o apresentado e o estimado pelo consenso foi de 130 pontos-base.

“Os itens abaixo da linha (incluindo a Argentina) impactaram a lucratividade, e a Natura passou a ter dívida líquida sazonal no 1T, enquanto os comentários estratégicos da Fase 2 foram mais construtivos, e esperamos um retorno ao caixa líquido no final do ano”, comenta o banco.

JPMorgan

A Natura segue mostrando uma boa trajetória para chegar à integração da Avon na América Latina, na análise do JPMorgan. Ainda assim, as tendências no cenário internacional e alguns “ruídos” no balanço, como impostos e despesas não recorrentes, foram vistos de forma negativa pelo banco.

O balanço foi marcado por crescimento sólido da marca Natura Brasil, melhores tendências na América Latina e melhores números de fluxo de caixa livre, segundo o JPMorgan.

“Esperamos que essas melhorias nos números, aliadas aos comentários construtivos da administração sobre a Fase 2, especialmente em relação à estabilização da receita da Avon no 2º semestre, sejam bem recebidas pelo mercado. Ainda assim, não acreditamos que as ações devam reagir positivamente aos resultados, dadas as atualizações limitadas sobre a separação internacional da Avon”, considera o banco estrangeiro.

 

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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