A Shopify (NYSE:SHOP) viu suas ações mergulharem cerca de
20% nas negociações da manhã de quarta-feira, 8 de maio de 2024, à
medida que investidores reagiam a uma reviravolta surpreendente em
seu desempenho no primeiro trimestre fiscal. A empresa enfrentou
um prejuízo inesperado e emitiu um alerta sobre o impacto da
venda de seu negócio de logística no crescimento da receita no
segundo trimestre.
A Shopify também é negociada na B3 através da BDR
(BOV:S2HO34).
A plataforma líder de comércio eletrônico permite a empresas de
todos os tamanhos criar, gerenciar e expandir suas lojas online.
Oferece soluções integradas para vendas, pagamentos e logística,
impulsionando o crescimento e a inovação no mercado digital.
Resultados
Apesar de um lucro ajustado de 20 centavos por ação, superando
as estimativas de 17 centavos, a Shopify registrou um prejuízo
de 21 centavos por ação, um golpe para a previsão dos analistas e
para a comparação de um lucro de 5 centavos por ação no mesmo
período de 2023. O prejuízo líquido foi de US$ 273 milhões em
comparação com um lucro de US$ 68 milhões durante o mesmo trimestre
do ano anterior.
Esta perda foi atribuída a uma série de despesas, incluindo
novas iniciativas de marketing, conforme explicou Harley
Finkelstein, presidente da Shopify.
Por outro lado, a receita aumentou 23% ano após ano,
atingindo US$ 1,9 bilhão e superando as projeções. O volume
bruto de mercadorias, ou o volume total de mercadorias vendidas na
plataforma, aumentou 23%, para US$ 60,9 bilhões. Isso superou as
expectativas de consenso de US$ 59,5 bilhões, de acordo com a
StreetAccount.
Perspectiva
A empresa disse que espera que a receita do segundo trimestre
cresça 19,5%, o que está em linha com as estimativas de
consenso dos analistas.
A venda do negócio de logística foi apontada como uma das razões
para essa previsão conservadora.
Apesar das preocupações do mercado, Finkelstein enfatizou os
pontos fortes da Shopify, incluindo o crescimento significativo no
volume bruto de mercadorias e a margem de fluxo de caixa livre, que
atingiu 12%.
No entanto, alguns analistas alertam para a compressão das
margens devido ao crescimento acelerado dos pontos de venda, uma
tendência que pode gerar incertezas de curto prazo para a
empresa.