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Bradesco: lucro cresce 15%, atinge R$ 1,85 bilhão no trimestre e supera projeções
05/11/2007 09:29
InfoMoney

SÃO PAULO - Dando início à temporada de resultados dos grandes bancos brasileiros referentes ao terceiro trimestre de 2007, o Bradesco, maior instituição financeira privada do país, divulgou nesta segunda-feira (5) seu desempenho no período, quando apresentou lucro líquido ajustado de R$ 1,85 bilhão, 14,8% superior ao reportado nos mesmos três meses de 2006. No acumulado de 2007, o lucro chega a R$ 5,356 bilhões.

O lucro líquido do banco no trimestre foi influenciado por eventos extraordinários como o resultado na alienação parcial do investimento na Bovespa Holding, a amortização integral de ágios na aquisição do Banco BMC, recuperação de créditos tributários (PIS), ativação de créditos tributários de exercícios anteriores, entre outros.

O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio, que mensura a rentabilidade do banco, ficou em 32,8%, abaixo dos 35,1% apurados no período entre abril e junho de 2006. A rentabilidade do Bradesco, medida com critério semelhante, também recuou.

Evolução do balanço trimestral do Bradesco

O lucro líquido apresentado pelo Bradesco superou em 22,6% as projeções do Unibanco, que estimava um resultado de R$ 1,509 bilhão.
(em R$ milhões) 3T07 3T06 Variação
Res. Bruto de Intermediação Financeira* 4.142 3.698 +12,01%
Receita de Serviços 2.742 2.343 +17,06%
Desp. Pessoal e Admin. (3.395) (3.091) +9,84%
Lucro Líquido Ajustado 1.850 1.611 +14,84%
*Saldo entre as receitas e as despesas com intermediação financeira, incluindo provisões com crédito de liquidação duvidosa

A carteira de crédito total atingiu o montante de R$ 140,093 bilhões, apresentando evolução de 27,0% em relação à igual período do ano anterior.

As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 54,383 bilhões, avanço de 28,5% frente ao terceiro trimestre de 2006, enquanto que as operações com pessoas jurídicas cresceram 26,1% na mesma base de comparação, ao atingir R$ 85,710 bilhões.

O índice de eficiência, que mede a relação entre despesas administrativas e de pessoal sobre a receita bancária, apresentou uma leve evolução no acumulado por 12 meses, passando de 42,1% no terceiro trimestre de 2006 para 41,8% nesta apuração.

Vale destacar que este índice melhora à medida que se reduz, pois significa que uma parcela menor da receita bancária da instituição está sendo absorvida para pagamento de despesas operacionais.