thadeu1976
- Dono
- 306
- 18/05/2007
Enquanto o Itaú espalha
a intenção de adquirir 50%
do BMG, o ABN Amro trabalha
em silêncio. Vem mantendo
entendimentos com
Aloysio Faria para a compra
do Banco Alfa, criado a partir
de uma costela do Real,
por sua vez adquirido pelos
próprios holandeses em
1998. O preço de venda acertado
é de duas vezes e meia
o valor patrimonial, o que
equivaleria a cerca de R$ 2
bilhões. Procurado pelo RR -
Negócios & Finanças, o ABN
Amro não se pronunciou a
respeito da informação. Também
consultado, o Banco
Alfa negou qualquer tratativa
com o grupo holandês.
De acordo com a fonte do
RR, a operação só não foi
fechada devido à disputa pelo
controle do ABN Amro, travada
entre o Barclays e o consórcio
Santander/Royal
Bank of Scotland/Fortis. A
aquisição do Alfa é estratégica
para a atuação do grupo no
Brasil, seja quem for o seu
futuro controlador – ingleses,
escoceses, espanhóis ou os
próprios holandeses. O ABN
Amro não conta com um banco
de investimentos no país.
Além disso, a operação poderá
ser uma cereja no sundae
do Santander, caso ele
vença a batalha pelo controle
do banco holandês. Com o
ABN Amro e o Alfa, os espanhóis
chegariam a R$ 280
bilhões em ativos totais no
Brasil. Passariam o Itaú
(R$ 255 bilhões) e ficariam só
atrás do Bradesco (R$ 290
bilhões em ativos totais).
O Alfa tem até destoado
dos estelares resultados da
banca nacional. No primeiro
semestre, teve lucro de R$ 44
milhões, que, anualizado, projeta
uma rentabilidade de
11% sobre o patrimônio. Os
resultados contidos se devem
à gestão conservadora,
marca de Aloysio Faria. Além
das operações de atacado, a
aquisição também permitirá
ao ABN Amro dar um salto
no crédito direto. Um dos
principais negócios do Alfa é
o segmento de veículos, motor
de arranque da Aymoré, a
financeira do ABN Amro.