Notícia: Abertura De Mercado – 01/02/2010 (DAX)

Da redação InvestMais – www.revistainvestmais.com.br
O investidor bem que gostaria de ter apagado janeiro da sua história. Afinal, uma queda de 4,65% na Bovespa (será maior se for medida em dólares) era algo que não se esperava na virada do ano. Os responsáveis foram todos eles externos ao Brasil: medidas do governo chinês para conter o crescimento excessivo e evitar a formação de bolhas; temores quanto a um possível calote da Grécia e de que outros países da Europa (o grupo PIIGS: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, ou Spain em inglês) estejam tão ruim das contas públicas quanto os helênicos; e novas regras limitando a atuação dos bancos nos Estados Unidos pairando no ar. O conjunto não foi nada bom e retirou a disposição dos investidores de arriscar. Como a bolsa brasileira já havia subido mais de 100% em dólar, muita gente embolsou os lucros e correu para o porto seguro dos treasuries americanos, provocando de quebra o fortalecimento do dólar no mercado interno.

Fevereiro começa sem que nenhum desses nós esteja desatado. As commodities, em especial o petróelo, iniciaram as negociações hoje em queda por conta dos temores de que haja um consumo menor por parte da China, o que prejudicou as bolsas asiáticas e européias. Os bancos da Europa, que tiveram uma boa valorização na sexta, devolvem os lucros nessa manhã. No Brasil, a inflação em alta só não assusta pois já era esperado um repique por conta dos custos de educação, alimentação e transporte. Ou seja, o dia promete fortes emoções e a necessidade de muita cautela.

No Brasil, o índice futuro da Bovespa iniciou seus negócios em alta de 0,35%, acompanhando a perspectiva de alta nos EUA. Lá, os índices futuros sobem na esteira da análise do orçamento proposto pelo presidente Barack Obama para o próximo exercício – orçamento focado na geração de empregos – e na expectativa dos resultados da Exxon Mobil Corp. O índice S&P 500 subia 3,9 pontos, ainda abaixo do seu preço justo, calculado pelo preço das ações levando-se em consideração taxa de juros, dividendos e tempo de investimento. O Dow Jones Industrial subia 37 pontos e o Nasdaq 100 subia 5,3 pontos.

Na Europa, as bolsas operam em baixa nesse momento, exceto Londres, com uma leve alta de 0,05%. O DAX alemão registra uma leve baixa de 0,06%, e o CAC francês opera em queda de 0,29%.

No Japão, quase não houve avanços no índice Nikkei, que fechou em alta de 0,07%. Enquanto os resultados corporativos vêm bons, o desempenho da Toyota e da Honda impede o índice da bolsa de Tóquio subir mais. Na China, a bolsa de Shangai caiu para seu pior nível em três meses e meio, 1,6% de queda hoje, por conta do medo de novos controles ao crédito para impedir o crescimento exagerado. Em Hong Kong, no entanto, houve o efeito liquidação, com os investidores indo atrás de pechinchas após seguidas quedas. Assim, o índice Hang Seng subiu 0,61%.

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