Santos8
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- 24/02/2007
Moderador: Santos8
Gráfico Intraday: Metalfrio Solutions Sa | Gráfico Longo-Prazo: Metalfrio Solutions Sa |
Este Fórum tem por objetivo discutir ativos que, dadas as cotações defasadas, apresentem a característica intrínseca de ASSET PLAYER, segundo definido por Peter Lynch.
Apenas lembrando, Peter Lynch categorizou 6 tipos de empresas que podem experimentar valorização consistente em suas ações (obviamente muitas boas empresas podem reunir mais de uma característica):
1) "STALWARTS" ou "CONFIÁVEIS": São aquelas empresas de qualidade indiscutível, líderes dominantes de mercado, altas barreiras de entrada, que mantêm excelentes balanços, com altos ROEs e distribuição regular de dividendos. São aquelas cujas ações "sempre estão caras", mas que no longo prazo "sempre sobem". Ex. ITUB, BBDC, ABEV, CRUZ, CIEL, NATU.
2) CRESCIMENTO RÁPIDO: Empresas que estão em acelerado processo de crescimento. Normalmente cotadas a múltiplos elevados, tendem a ter um yield mais baixo, embora não necessariamente. Nos EUA, são principalmente as ações de tecnologia. Ex. TOTS, LINX, SNSL.
3) CRESCIMENTO LENTO: As vendas crescem pouco ano após ano, pois são empresas maduras e cujo maior atrativo é o pagamento de dividendos. São as "utilities", bem representadas (mas não apenas) pelo setor elétrico. Ex. CMIG, GETI, TAEE, podendo incluir também ETER, por exemplo.
4) CÍCLICAS: São aquelas que dependem basicamente de ciclos econômicos que afetam preços e demanda de seus produtos de forma mais intensa. São tipicamente as empresas de commodities e siderurgia e, secundariamente a indústria automobilística. Quando os preços de commodities estão altos, o ROE delas é muito elevado, diminuindo bruscamente na parte inferior do ciclo. Nenhum exemplo se encaixa tão bem como VALE, podendo ser também GGBR, etc.
5) TURNAROUNDS: São empresas que estiveram financeiramente quebradas, ou em sérias dificuldades financeiras, mas que conseguem dar a volta por cima. Raridades.
5) ASSET PLAYERS; São as que guardam "tesouros escondidos" em seus ativos e dada a depreciação extrema no preço de suas ações estão obviamente baratas, pois se se desfizessem daqueles ativos, só com a disposição dele a preço de mercado, já levantariam um valor talvez maior do que o seu próprio valor de mercado atual. Também podem ser as barganhas ou "guimbas de charuto" de Graham. São tão baratas que seus ativos evidentemente valem indiscutivelmente mais, pois esta evidência é determinada com base no próprio valor de mercado desses ativos. Aí se enquadram empresas que valem menos do que o seu caixa líquido (e que não queimem esse caixa a volocidades elevadas), holdings que valem muito menos que a soma de suas participações (um desconto sempre pode haver, mas não pode ser exagerado), empresas que valem menos do que uma subsidiária isolada, etc. Achar essas oportunidades é o propósito e desafio desta discussão.