O Brilho Das Jovens Ações (SLCE3)

REVISTA EXAME PREVÊ UMA VALORIZAÇÃO DE 35% DAS AÇÕES DA SLCE3 NO CURTO PRAZO!!!

http://portalexame.abril.uol.com.br/revista/exame/edicoes/0903/financas/m0139863.html



O brilho das jovens ações
| 04.10.2007
Algumas das empresas que lançaram ações na bolsa recentemente, como a SLC Agrícola, estão entre as que têm maior potencial de alta


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Por Marta Barbosa

EXAME Na Bolsa de Valores de São Paulo, a importância de alguns poucos papéis ainda é descomunal. As dez ações mais negociadas -- todas de empresas tradicionais, já com muitos anos de bolsa -- representam quase 50% do volume financeiro dos pregões. Somente as ações da Vale do Rio Doce e da Petrobras têm uma fatia superior a 25%. Desde 2004, porém, um novo pelotão de empresas passou a fazer parte do mercado -- e hoje algumas delas estão entre as maiores promessas de ganho. São 90 companhias que lançaram ações na Bovespa nos últimos três anos, algumas de segmentos sem uma única representante com capital aberto antes, como o de saúde. Em outros setores, como o imobiliário, o número de participantes na bolsa aumentou drasticamente -- eram apenas 11 empresas ligadas à construção e à incorporação na bolsa em 2004, ante 30 hoje. Essa mudança provocou nos investidores sentimentos opostos. De um lado, foi uma espécie de bênção porque as oportunidades de aplicação e ganho aumentaram de forma repentina. Do outro lado, fez crescer incertezas, especialmente pelo temor de que algumas dessas companhias chegaram à bolsa menos por mérito e mais na esteira de um mercado aquecido e pouco seletivo. Para separar o joio do trigo, EXAME perguntou a 15 especialistas quais dessas 90 ações têm as melhores chances de valorização nos próximos 12 meses (veja quadro abaixo). Os analistas apontaram uma lista de nove ações de empresas consideradas mais promissoras. Elas atuam em setores diversos da economia, mas todos com uma característica em comum: devem ter um crescimento acima do PIB nos próximos três anos. "Um dos mandamentos da bolsa é sempre procurar investir nos destaques dos melhores setores", diz Sergio Carettoni, um dos sócios da gestora de recursos Gas, de São Paulo.

Na avaliação dos especialistas, lidera a lista a incorporadora Agra, cujas ações foram lançadas em abril deste ano e têm um potencial de alta de 47% em 12 meses. A incorporadora, que concentra suas atividades em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, é bem-vista pelo mercado porque tem seus negócios centrados em lançamentos voltados para as classes B e C, os de maior potencial devido à demanda reprimida. Levando-se em conta o mercado como um todo, nos primeiros seis meses deste ano foram financiadas 81 000 unidades em todo o Brasil, número 58% superior ao do mesmo período do ano passado. Para bancos e incorporadoras, esse é apenas o começo da festa. A projeção para os próximos meses é de financiamentos em alta, graças à adesão cada vez maior dos que estão na metade inferior da pirâmide social -- o que beneficia os negócios da Agra. Outro destaque da lista são as ações da SLC Agrícola, negociadas na bolsa desde junho deste ano, a única representante do setor primário dentre as nove indicações. "Essa empresa é um destaque num segmento em franca expansão", diz Cássio Rangel, o economista da Paraty Investimentos, do Rio de Janeiro. Com plantações de algodão, soja, milho e café espalhadas por oito fazendas em cinco estados, a SLC Agrícola investe pesado em tecnologia e gestão. Como as apostas são de crescimento da demanda mundial pelos principais produtos agrícolas no curto prazo, o espaço para a valorização das ações da empresa, na avaliação dos especialistas financeiros, é grande.

As promessas
Confira abaixo as ações lançadas na bolsa desde 2004 que têm mais chances de valorização nos próximos 12 meses, de acordo com 15 especialistas consultados por EXAME
Agra Incorporadora (AGIN3) Tem presença no mercado de maior potencial de expansão: o de imóveis para as classes B e C 47%
Log-In (LOGN3) Beneficia-se com o aumento do comércio exterior, pois está inserida no promissor mercado de transporte de contêineres 43%
Tam S/A (TAMM4) Apesar da crise aérea, é um setor que cresce, em média, 15% ao ano no país. O maior risco são medidas governamentais 35%
SLC Agrícola (SLCE3) É uma das empresas mais sólidas do setor agrícola, que não pára de crescer. Atua nas culturas de soja, algodão e milho 34%
Odontoprev (ODPV3) Tem elevado potencial de crescimento e é mais lucrativa que a concorrência.Além disso, é uma marca conhecida 32%
Positivo Informática (POSI3) Trata-se do maior player no mercado de venda de produtos de informática do país 28%
ALL América Latina (ALLL11) AALL está aumentando sua capacidade de escoar as safras de grãos do Centro-Oeste 26%
Localiza (RENT3) As perspectivas para o mercado de aluguel de automóveis são favoráveis e a empresa está capitalizada 25%
Dasa (DASA3) A empresa está em plena expansão. Entre 2005 e 2006, 52 novas unidades foram inauguradas 21%

UM DOS EFEITOS COLATERAIS dessa avalanche de lançamentos de ações foi o aumento da cobertura das corretoras. Para atender seus clientes, elas foram obrigadas a ampliar o número de setores que acompanham. O primeiro relatório sobre companhias do setor de saúde da corretora do Deutsche Bank, por exemplo, foi lançado no final de setembro. "Como esse setor hoje tem uma massa crítica na bolsa, o investidor já pode comparar os números das empresas e ter várias opções de aplicação", diz Josh Milberg, analista do Deutsche responsável pelo relatório. Em sua avaliação, a ação mais recomendada do segmento de saúde é a da Odontoprev, a empresa líder do setor de assistência odontológica no país. "Uma das premissas básicas que usamos para projetar resultados das empresas é a probabilidade de aumento na base de clientes", diz Milberg. "No caso da Odontoprev, as chances são altas." Entre todas as ações da lista das jovens com potencial de valorização, a maior surpresa é a TAM. "É verdade que a empresa, em particular, e o setor de aviação, como um todo, atravessam momentos delicados, sofrendo inclusive o risco político de uma Comissão Parlamentar de Inquérito", explica Daniel Gorayeb, analista de investimentos da Spinelli Corretora, de São Paulo. "Mas não se pode desprezar que esse é um setor com crescimento médio de 15% ao ano."

O fato de o Índice Bovespa ter ultrapassado a marca recorde dos 60 000 pontos no final de setembro, recuperando as perdas acumuladas nos últimos dois meses, aumentou a confiança dos investidores em mais valorização dos papéis. No entanto, segundo os analistas ouvidos por EXAME, ainda é cedo para decretar o fim das turbulências nos mercados financeiros. "Embora a velocidade de recuperação da Bovespa tenha dado novo fôlego ao mercado, há riscos de mais solavancos", diz André Segadilha, da corretora Prosper, do Rio de Janeiro. A bolsa deve continuar volátil e, portanto, quem optar por comprar ações tem de estar preparado para mais emoções nos próximos meses. O ganho, porém, deve compensar. A previsão dos 15 analistas é que o Índice Bovespa termine o ano pouco abaixo dos 65 000 pontos. Mais importante, no entanto, é a expectativa de que, no ano que vem, o indicador passe dos 70 000. Foram necessários quase dois anos e meio, entre dezembro de 2003 e abril de 2006, para que o Índice Bovespa passasse dos minguados 20 000 pontos e vencesse a barreira dos 40 000. Desde então, em menos de um ano e meio, atingiu os 60 000. Nem a crise que começou com os problemas do mercado imobiliário americano parece diminuir a confiança de que novos recordes virão.

Dois recordes históricos em cinco meses
O Índice Bovespa ultrapassou a barreira dos 50 000 pontos em maio e,me smo com a crise, já passou dos 60 000
Previsão para dezembro: 64500
jan 45 382
mai 50 218(1)
set 61 052(2)
(1) 3/5/2007
(2) 27/9/2007