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Bolsas mundiais: os índices futuros americanos operam mistos, o feriado de Columbus Day fecha os Treasuries, mas as bolsas operam normal e a temporada dos balanços prossegue com mais bancos. A Europa opera misto e as bolsas da Ásia fecharam em sua maioria em alta. Os investidores avaliam o impacto de novos estímulos chineses e aguardam resultados trimestrais de grandes empresas nesta semana.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam mistos. Na sessão anterior, os índices registraram recordes de fechamento na sexta-feira, com os maiores impulsos vindos das ações financeiras, depois que bancos divulgaram fortes resultados trimestrais, enquanto dados mais recentes sobre a inflação apoiaram expectativas de um corte nos juros do Federal Reserve em novembro.
Na semana passada, a temporada de resultados passou a ganhar força por lá, com as divulgações de Wells Fargo e JPMorgan Chase demonstrando recuperação do setor. Os próximos resultados esperados são Bank of America, Goldman Sachs e Johnson & Johnson na terça-feira.
Hoje, o feriado de Columbus Day fecha os Treasuries, mas as bolsas operam normal.
Elon Musk revelou dois protótipos de veículos autônomos da Tesla, incluindo o Cybercab e uma van, mas investidores questionam a viabilidade do projeto. Com promessas de produção até 2027, o mercado permanece cético sobre o impacto financeiro e tecnológico da inovação.
Na Europa, os índices operam mistos, após uma atualização sobre estímulos na China falhar em animar os investidores e em uma semana que trará nova decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa marginal de 0,04%, a 521,76 pontos. Em aguardada coletiva de imprensa, o ministro de Finanças da China, Lan Foan, disse no fim de semana que Pequim está considerando formas adicionais de alavancar a segunda maior economia do mundo, mas não forneceu detalhes sobre um grande plano de estímulos.
As ações do setor de luxo como LVMH, Hermès e Kering – que têm forte exposição à China – caíam entre 2% e quase 4% em Paris. Mais adiante, na quinta-feira (17), a atenção vai se voltar para a reunião de política monetária do BCE, que poderá cortar suas principais taxas de juros pela terceira vez este ano, como sugeriram alguns de seus dirigentes nas últimas semanas. Há dúvidas, porém, sobre a capacidade da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro de se manter em torno da meta de 2% do BCE de forma sustentável.
Os preços futuros do Brent e do WTI recuam cerca de 2%, depois que o aguardado evento de política econômica China no sábado (12) não trouxe medidas de impacto como esperado.
Na Ásia, as bolsas encerraram majoritariamente em alta, com as da China garantindo robustos ganhos após o ministro de Finanças local dizer no fim de semana que mais estímulos serão necessários para impulsionar a segunda maior economia do mundo. O principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 2,07%, a 3.284,32 pontos, e o Shenzhen Composto deu um salto ainda maior, de 3,01%, a 1.890,24 pontos.
Em aguardada coletiva de imprensa, o ministro de Finanças da China, Lan Foan, disse no sábado (12) que o governo está considerando formas adicionais de alavancar a economia, mas não deu detalhes de um grande plano de estímulos. Investidores e analistas estavam na expectativa de um plano de até 2 trilhões de yuans, ou cerca de US$ 280 bilhões. No entanto, segundo analistas, quaisquer expressões de apoio vindas de autoridades em Pequim tendem a impulsionar os preços das ações chinesas, e a “equipe nacional” de grandes empresas estatais e instituições financeiras costuma intervir, por meio de compras de ações, para ajudar a estabilizar os mercados. Com a prevalência do otimismo, dados fracos de inflação da China ficaram em segundo plano. Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês registrou avanço anual de 0,4%, o menor em três meses, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) sofreu queda de 2,8%, a maior em seis meses.
O índice sul-coreano Kospi avançou 1,02% em Seul, a 2.623,29 pontos, e o Taiex apresentou modesto ganho de 0,32% em Taiwan, a 22.975,29 pontos. Na contramão, o Hang Seng caiu 0,75% em Hong Kong, a 21.092,87, ao voltar de um feriado. Em Tóquio, não houve negócios hoje devido a um feriado no Japão.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 74,36 (-1,55%).
O Brent é negociado a US$ 77,79 (-1,61%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 64.336,10 (+2,77%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.654,14 a onça-troy (+0,23%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,97%, a 800.500 iuanes (US$ 113,06).
Brasil:
A caderneta de poupança, por muitos anos o destino favorito dos brasileiros para guardar dinheiro, está enfrentando um momento delicado. Em um cenário de juros elevados e maior acesso a alternativas de investimento, a poupança tem perdido seu apelo tradicional. O saldo negativo de R$ 87 bilhões registrado em 2023 reflete esse movimento de fuga dos investidores, e embora a tendência tenha desacelerado em alguns meses de 2024, ela voltou a ganhar certa força somente em setembro. De acordo com os dados do Banco Central, o mês de setembro registrou saques de R$ 352 milhões e depósitos de 344,9 milhões, um saldo negativo de R$ 7,1 milhões. No acumulado do ano, no entanto, as retiradas líquidas somam R$ 4,1 bilhões. Ainda assim, a poupança continua com um estoque impressionante de mais de R$ 1 trilhão. Esse montante é vital, pois a caderneta é o principal instrumento de captação de recursos para o setor imobiliário, especialmente através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
A perda de atratividade da poupança pode ter consequências diretas para o setor imobiliário. Historicamente, a poupança tem sido uma das principais fontes de captação de recursos para o financiamento habitacional. O SBPE, que depende dos depósitos da poupança para financiar crédito imobiliário, pode enfrentar desafios se os saques continuarem a superar os depósitos. “Se essa tendência persistir, veremos uma necessidade de reestruturação das fontes de financiamento habitacional no País”, alerta Debiazi, economista e CEO da Leonora Ventures. Segundo ela, a redução do volume de recursos disponíveis na poupança pode pressionar o setor bancário a buscar novas formas de captação ou até mesmo a criar produtos alternativos de crédito imobiliário para suprir a demanda.
Caixa: a Caixa Econômica Federal, responsável por quase 70% dos financiamentos de imóveis no país, vai mudar as regras do financiamento. A partir de 21 de outubro a instituição vai reduzir o valor para financiamento da casa própria. As regras valem tanto do Sistema de Amortização Constante (SAC) como pela tabela Price. Em comunicado a agentes imobiliários, o banco informa que as novas regras valem para imóveis novos, usados , comerciais, construção individual e lote urbanizado. Pelo SAC, o financiamento que antes era de até 80% do valor cairá para 70%. Pela Tabela Price passa de 70% para apenas 50% do valor. Além disso, o comprador não pode ter financiamento ativo na Caixa. O limite de Valor de Imóvel (garantia) é de até R$ 1,5 milhão. Imóveis Adjudicados e imóveis de empreendimentos vinculado a Caixa não entra nessa nova regra. Com isso, o consumidor, que antes precisava ter 20% do valor do imóvel para a entrada, agora precisará ter 30% no caso do SAC e 50% no caso da Tabela Price. “Com isso, a Caixa está dando dois recados claros ao mercado: que ela tem menos recursos para emprestar e que, por isso, será mais seletiva na concessão”, explicou o coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental.
Economia:
A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgou novas regras que exigem que corretores e consultores divulguem sua remuneração pela venda de títulos. Essa medida visa dar aos investidores uma imagem mais clara de potenciais conflitos de interesse em recomendações de produtos financeiros.
O fundo de private equity Warburg Pincus comprou uma fatia minoritária da Contabilizei por US$ 125 milhões, tornando-se o maior acionista individual da empresa de contabilidade digital, que atende mais de 50 mil clientes e projeta faturar R$ 300 milhões este ano.
Fusão entre Gol e Azul volta à pauta dos conselhos. Planos para a união das companhias aéreas são discutidos novamente, com possível anúncio preliminar ainda este ano.
Horário de verão será definido nesta 3ª feira, diz Silveira. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que, se houver risco energético, a prioridade será a implementação do horário de verão. A decisão será anunciada amanhã, terça-feira, após o fórum internacional do grupo Esfera.
Brasil deve alcançar produção recorde de 169 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25. O USDA manteve a estimativa de produção de soja do Brasil em 169 milhões de toneladas para a safra 2024/25, apesar do atraso no plantio em alguns estados. A produção de milho foi projetada em 127 milhões de toneladas. O impacto do La Niña, esperado para novembro, deve ser limitado, beneficiando o solo a partir de dezembro.
Agenda Econômica:
EUA: Feriado de Columbus Day fecha Treasuries
️ Opep divulga relatório mensal sobre petróleo
08h25 – BC: Pesquisa Focus ⚠️
09h00 – BC: IBC-Br de agosto ⚠️
15h00 – Brasil: Balança comercial semanal
Eventos Fed:
16h00 – Christopher Waller (Fed) discursa
18h00 – Neel Kashkari (Fed) participa de evento
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 0,28%, aos 129.992 pontos. Em termos semanais, o índice acumulou queda de 1,37%.
Maiores altas do Ibovespa
PCAR3 |
+3.80%
|
R$ 3,27
|
LREN3 |
+3.37%
|
R$ 18,71
|
PETZ3 |
+2.73%
|
R$ 4,88
|
MGLU3 |
+2.60%
|
R$ 9,45
|
YDUQ3 |
+2.48%
|
R$ 10,32
|
Maiores baixas do Ibovespa
MRVE3 |
-5.39%
|
R$ 7,36
|
BEEF3 |
-4.48%
|
R$ 5,54
|
GOAU4 |
-3.76%
|
R$ 10,47
|
GGBR4 |
-3.75%
|
R$ 18,43
|
MRFG3 |
-3.34%
|
R$ 12,70
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,6151.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,22%, aos 3.216,81 pontos.
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