A Klabin celebrou acordo com uma Timber Investment Management Organization (TIMO), veículo de investimentos criado por investidores institucionais para investir em florestas, para exploração da atividade florestal nos Estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina (Projeto Plateau).
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:KLBN11) nesta terça-feira (29).
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Para isso, foram criadas 4 sociedades de propósito específico (SPEs), que serão controladas pela Klabin e compostas, principalmente, por parte dos ativos florestais oriundos do Projeto Caetê.
Além destes, a Klabin fará aporte de 23 mil hectares de florestas plantadas e 4 mil hectares de terras produtivas, enquanto a TIMO vai aportar de R$ 1,8 bilhão em caixa, sendo a primeira parcela na data do fechamento do Projeto Plateau e o restante previsto para o segundo trimestre de 2025.
Segundo comunicado, a TIMO poderá realizar aportes adicionais nas SPEs até o segundo trimestre de 2025 no valor agregado de até R$ 900 milhões. Todos os investimentos estão sujeitos a eventuais ajustes nos termos dos acordos.
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VISÃO DO MERCADO
As iniciativas anunciadas pela Klabin para a exploração de parte de seus ativos florestais do Projeto Caetê e novas políticas de dividendos e alavancagem financeira foram vistas como positivas pelos bancos consultados.
Na frente de dividendos, a Klabin reduziu sua política de dividendos para 10 a 20% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ante 15 a 25%, a ser pago trimestralmente. Na frente de alavancagem, a empresa manteve sua meta de índice entre 2,5 a 3,5 vezes dívida líquida/Ebitda, enquanto o limite para ciclos de investimento em projetos de expansão foi reduzido de 4,5 vezes para 3,9 vezes.
O Bradesco BBI avaliou o anúncio como positivo, pois deve permitir que a Klabin se desalavanque em um ritmo mais rápido, ao mesmo tempo em que estabelece uma estrutura mais eficiente e flexível para explorar os ativos florestais.
Segundo cálculos do BBI, a alavancagem financera (dívida líquida/ Ebitda) deve cair para 2,8 vezes, abaixo do cenário base de 3,0 vezes e para 2,7 vezes se a parcela adicional de R$ 900 milhões bilhão se materializar.
Em relação a nova política de dividendos, o BBI disse que contribui para os esforços de desalavancagem e deve ajudar a Klabin a equilibrar um rendimento de dividendos razoável com iniciativas de crescimento no futuro.
O Bradesco BBI manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25 por Unit da empresa.
Por um lado, o Morgan Stanley vê a transação anunciada como positiva para a Klabin, pois deve acelerar o processo de desalavancagem, pois a empresa visa uma abordagem conservadora em novos investimentos. Analistas esperam que a entrada de caixa de R$ 1,8 bilhão reduza a dívida líquida do 2T25 em 6% e reduza a alavancagem em 0,3 vez.
Por outro lado, segundo o Morgan, a revisão da política de dividendos deve ser vista como negativa pelo mercado, pois reduz o retorno aos acionistas.
Apesar da expectativa de preços mais baixos de celulose em 2025, o Morgan Stanley manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 29, pois a Klabin deve surfar tendências positivas no segmento de papel, com o aumento de novas máquinas levando ao crescimento da receita, enquanto a alavancagem operacional deve se traduzir em expansão da lucratividade.
A XP Investimentos também classifica o projeto como gerador de valor (VPL positivo de R$ 250 a 350 milhões) e como um desenvolvimento positivo para a história de valorização da Klabin, dado o potencial de aceleração no ritmo de desalavancagem da empresa (apoiado por uma política de dividendos e alavancagem mais restritiva).
Além disso, embora não espere que a nova política de dividendos da Klabin mude materialmente a remuneração dos acionistas, a XP acredita que ela está alinhada com o objetivo da empresa de alcançar um nível de alavancagem mais baixo (e mais rápido), com uma política de alavancagem mais restritiva também seguindo nessa direção.
A XP reiterou recomendação de compra para a Klabin, com a desalavancagem sendo um dos principais pilares da tese de investimento sobre a empresa.