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Bolsas mundiais: os índices futuros americanos operam em baixa, pressionadas pela escalada da guerra Rússia-Ucrânia e pela previsão de receita da Nvidia, fabricante de chips, que, apesar de ter dobrado em um ano com a IA, não atendeu às expectativas mais altas de Wall Street.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam no campo negativo. Após divulgação dos resultados da Nvidia, a perspectiva de desaceleração nas vendas pressiona os índices futuros dos EUA para baixo. A projeção da Nvidia pesa sobre seus fornecedores e os mercados em geral, dada a posição central da companhia no ecossistema da IA, que impulsionou grande parte dos ganhos do mercado nos últimos meses.
Os investidores aguardam dados de emprego nos EUA, que podem fornecer mais pistas sobre o caminho de corte de juros do Federal Reserve (Fed).
A Nvidia reportou um lucro líquido de US$ 19,3 bilhões no terceiro trimestre de 2024. O resultado representa alta de 109% ante os US$ 9,2 bilhões faturados no mesmo período de 2023 e de 16% em comparação com os meses de abril a junho deste ano. Os números foram divulgados pela empresa na quarta-feira (20). A receita da fabricante de chips foi de US$ 35 bilhões –alta de 94% ante os US$ 18,1 bilhões reportados nos meses de julho a setembro do ano passado e de 17% em relação ao 2º trimestre de 2024
Na Europa, os índices operam no campo negativo, após a Ucrânia afirmar ter sido alvo de míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia. O noticiário geopolítico amplifica a pressão causada pela reação negativa ao balanço da Nvidia. O índice Stoxx 600 cedia 0,62%. Os negócios europeus chegaram a testar recuperação, após duas sessões consecutivas de perdas. No entanto, o ímpeto se reverteu logo em seguida, depois que a Força Aérea ucraniana acusou os russos de lançarem um míssil balístico intercontinental contra a cidade de Dnipro. Essa é a primeira vez que o Kremlin emprega um armamento tão poderoso desde o começo do conflito atual, há quase três anos.
A ASML recuava 1,49% em Amsterdã, no dia seguinte à divulgação do balanço da Nvidia. A fabricante de chips americana superou as estimativas com lucro e receita, mas registrou uma desaceleração das vendas e uma ligeira compressão na margem de ganhos. Os mercados devem monitorar dado de confiança do consumidor da zona do euro, além de discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), entre eles o economista-chefe Philip Lane.
Na Ásia, as bolsas encerraram em sua maioria em baixa, após a reação negativa ao balanço da Nvidia deflagrar um efeito dominó em ações do setor. Tensões geopolíticas também estiveram em foco, diante da escalada nas hostilidades na guerra da Ucrânia.
Com os avanços da inteligência artificial, a Nvidia superou as estimativas com lucro e receita, mas foi incapaz de animar investidores. A fabricante de chips registrou uma desaceleração das vendas e uma ligeira compressão na margem de ganhos. Assim, o papel da empresa caiu 2,50% no after hours da Nasdaq ontem. Em resposta, a rival TSMC recuou 1,46% em Taiwan, onde o índice Taiex encerrou em queda de 0,58%, a 22.555,66 pontos. Em Seul, o índice Kospi cedeu 0,07%, a 2.480,63 pontos, sob o peso da SK Hynix (-1,06%).
Em Tóquio, o Nikkei baixou 0,85%, a 38.026,17 pontos. Há preocupação com a piora do clima na Ucrânia, que disse ter sido alvo de um míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia. Os EUA deram aval para que Kiev use minas terrestres americanas contra os russos, dias depois de ter permitido o uso de armas de longo alcance. Em Hong Kong, o Hang Seng teve desvalorização de 0,53%, a 19.601,11 pontos. Na China continental, o Xangai Composto registrou leve variação positiva de 0,07%, a 3.370,40 pontos, enquanto o Shenzhen Composto também subiu 0,07%, a 2.039,01 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 69,50 (+1,09%).
O Brent é negociado a US$ 73,53 (+0,98%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 96.854,20 (+2,68%). (O Bitcoin estabeleceu um novo recorde, atingindo US$ 97.000 pela primeira vez).
Ouro:
Negociado a US$ 2.667,93 a onça-troy (+0,59%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,39%, a 777,50 iuanes (US$ 107,40).
Brasil:
Criptomoedas: O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou R$ 115,7 bilhões em setembro, maior marca já registrada, segundo a Receita Federal. O crescimento foi de 304% em relação a agosto. Operações fora de exchanges representaram 84% do total (R$ 97,1 bilhões). No acumulado de 2024, o volume já supera em 27% o total negociado em 2023, chegando a R$ 363,2 bilhões.
Economia:
Na primeira quinzena de novembro, o saldo líquido do investidor estrangeiro na bolsa foi negativo em cerca de R$ 500 milhões. O quadro de retirada maior do que a entrada de recursos de fora está assim desde setembro. Na primeira semana de novembro, o fluxo do investidor estrangeiro atingiu R$ 255 milhões negativos. O investidor institucional já retirou da B3 em novembro R$ 1,3 bilhão, levando a uma soma dos institucionais e estrangeiros de saída de R$ 1,8 bilhão. O saldo é negativo nessa rubrica desde maio. No ano, as saídas líquidas do investidor institucional atingem quase R$ 26 bilhões. Para instituições financeiras o saldo líquido é positivo em R$ 300 milhões – de janeiro a novembro, o acumulado é de R$ 10,7 bilhões positivos.
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, divulgou um comunicado nas suas redes sociais, na quarta-feira, 20, no qual afirma que a varejista se compromete, a partir de hoje, a não vender carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer. Assinada por Bompard, a carta é endereçada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA).
Corte de gastos do governo: o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião nesta quinta-feira (21) com o presidente Lula (PT) para tratar do pacote de corte de gastos.
Agenda Econômica:
🇧🇷 10h30 – Brasil: Receita divulga arrecadação federal de outubro
🇺🇸 10h30 – EUA/Deptº do Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego
🇺🇸 12h00 – EUA/NAR: Vendas de moradias usadas em outubro
🇪🇺 12h00 – Zona do euro: Índice de confiança do consumidor
🇧🇷 14h30 – Brasil/BC: Fluxo cambial semanal
🇧🇷 15h00 – Brasil: Reunião do CMN
🇯🇵 21h30 – Japão/S&P/Jinbun: PMI composto, de indústria e serviços (preliminar)
Eventos
🇺🇸 10h45/14h30 – EUA: Beth Hammack (Fed/Cleveland) discursa
🇺🇸 14h25 – EUA: Austan Goolsbee (Fed/Chicago) discursa
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,34%, aos 128.197 pontos. O volume ficou em R$ 19,8 bilhões, abaixo da média de 50 pregões.
Maiores altas do Ibovespa
VAMO3 |
+4.66%
|
R$ 5,84
|
BRFS3 |
+3.74%
|
R$ 24,41
|
NTCO3 |
+3.25%
|
R$ 14,29
|
EQTL3 |
+3.11%
|
R$ 33,12
|
CMIG4 |
+3.11%
|
R$ 11,95
|
Maiores baixas do Ibovespa
ASAI3 |
-3.06%
|
R$ 6,97
|
EMBR3 |
-2.19%
|
R$ 54,44
|
RDOR3 |
-2.17%
|
R$ 28,82
|
PCAR3 |
-1.81%
|
R$ 2,72
|
CRFB3 |
-1.68%
|
R$ 6,45
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,34%, a R$ 5,7672.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,18%, aos 3.162,99 pontos. A mínima do dia atingiu 3.157,16 e a máxima atingiu 3.164,85 pontos.
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