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CBA (CBAV3): lucro líquido de R$ 87 milhões no 3T24

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A CBA teve lucro líquido de R$ 87 milhões no terceiro trimestre de 2024. Dessa forma reverte o prejuízo de R$ 263 milhões do 3T23.

A empresa aponta que o resultado foi impulsionado pelo alto nível de aproveitamento histórico das salas de fornos, pela desvalorização cambial, pelo aumento na produção de alumínio líquido e por um mix de vendas focado em produtos de maior valor agregado.

A receita líquida consolidada da CBA foi de R$ 2,1 bilhões no 3T24, um aumento de 15% em relação ao 3T23 e de 3% em relação ao 2T24.

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O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 409 milhões, forte alta de 789% em relação ao terceiro trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 19% – ambos os números refletem os maiores níveis desde o segundo trimestre de 2022.

O preço médio do alumínio na LME foi de US$ 2.382/t, um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2023 e queda de 5,5% em comparação ao 2T24. A venda de posições da commodity por investidores resultou na queda do preço, que atingiu o menor patamar desde fevereiro, chegando a US$ 2.162/t em julho. O corte na taxa de juros americana em setembro trouxe de volta o otimismo ao mercado que, aliado ao anúncio de estímulos econômicos na China, refletiu em forte alta no preço do alumínio na LME, encerrando o mês de setembro com o preço acima de US$ 2.600/t.

No 3T24, o volume de vendas de alumínio primário totalizou 67 mil toneladas, estável em relação ao 3T23, porém com melhor mix de vendas, dado a maior representatividade de produtos VAP (Value-Added Products), com destaque para o aumento do volume vendido de lingote alumínio silício para o setor automotivo e vergalhão para o setor de eletrificação. Em relação do 2T24, houve queda de 7% no volume vendido, especificamente de lingote e tarugo.

As vendas de produtos transformados totalizaram 33 mil toneladas no 3T24, um crescimento de 6% em comparação ao 3T23, com melhor performance em todos os segmentos, com destaque para folhas, o produto de maior valor agregado da Companhia. Em relação ao 2T24, as vendas mantiveram-se estáveis.

O segmento de reciclagem teve 29 mil toneladas vendidas, um aumento de 45% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 21% em relação ao 2T24. A melhor demanda é pela recuperação do setor de autoconstrução, impulsionado pelo maior acesso a crédito. No 3T24, 89% das vendas foram destinadas ao mercado interno, em linha com a média histórica da Companhia.

O custo médio de produção do alumínio líquido teve aumento de 2% no 3T24 vs. 3T23, em função do aumento de 50% no custo de energia elétrica, uma vez que que 2024 tem sido um ano de menor afluência hídrica em relação à 2023, portanto, menor geração própria de energia e consequentemente consumo de energia com maiores preços dentro do portfólio de geração própria e da energia advinda dos contratos. Este efeito foi parcialmente compensado pela redução de 19% do custo da pasta anódica, 10% de outros custos variáveis e 9% de custos fixos.

O CPV consolidado teve redução de 8% em relação ao 3T23 e de 2% em relação ao 2T24, em função da redução de 85% do CPV de energia no 3T24 vs. o 3T23 e 54% vs. 2T24. Em relação ao 3T23, apesar do aumento de 27% no custo médio dos contratos, houve redução de 85% no volume de energia disponível para a venda. Já com relação ao 2T24, o aumento no custo médio dos contratos foi de 12%, mas o volume de energia disponível para venda foi 58% menor, conforme Balanço Energético acima.

O resultado financeiro líquido no 3T24 foi de R$ 106 milhões negativo, apresentando melhora de R$ 167 milhões quando comparado ao mesmo período de 2023.

O total de investimentos (regime caixa) do 3T24 teve redução de 31% em relação ao 3T23 e de 20% em relação ao 2T24, principalmente pela menor concentração de investimentos direcionados a projetos de modernização e expansão no trimestre.

A dívida da CBA é 81% denominada em dólar, considerando os contratos de derivativos (swaps) que convertem a taxa flutuante em IPCA e CDI em reais para taxa fixa em dólar. O restante da dívida, equivalente a 19%, está denominado em reais.

Em setembro de 2024, a dívida bruta da CBA era de R$ 4,8 bilhões, R$ 548 milhões menor quando comparada ao saldo de R$ 5,3 bilhões em junho de 2024, refletindo principalmente as liquidações antecipadas das dívidas no valor de R$ 469 milhões e a variação cambial de R$67 milhões em função da valorização do real frente ao dólar norte-americano, de US$/R$ 5,56 para US$/R$ 5,45 ao fim de cada período.

A dívida líquida totalizou R$ 3,4 bilhões, 5% menor quando comparada a junho de 2024 (R$ 3,6 bilhões), principalmente em função da geração de caixa no período, que compensou o aumento de R$ 19 milhões em arrendamentos e a piora de R$ 44 milhões na marcação a mercado dos instrumentos financeiros derivativos, decorrente principalmente da inclinação das curvas futuras de dólar e inflação, influenciado pelo aumento do diferencial de juros internos e externos.

A melhora na dívida líquida somada ao incremento de R$ 363 milhões no EBITDA reduziu a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida sobre o EBITDA ajustado dos últimos doze meses, de 5,66x em junho de 2024 para 3,41x.

Os resultados da CBA (BOV:CBAV3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2024 foram divulgados no dia 07/11/2024.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

 

 

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