(28/11/2024): O dólar à vista ultrapassou nesta quinta-feira,28, a marca de R$ 6 pela primeira vez desde o início de sua circulação, em 1994, com o mercado reagindo negativamente ao anúncio do pacote de contenção de gastos pelo governo, que veio acompanhado de uma inesperada reforma do Imposto de Renda.
Às 11h30, o dólar à vista subia 1,33%, a R$ 5,9930 na venda, depois de bater na máxima R$ 6,0004. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,50%, a R$ 5,989 na venda. Nas casas de câmbio, o dólar turismo já é vendido acima de R$ 6,50 na modalidade cartão pré-pago.
A tabela abaixo mostra as maiores cotações do dólar nos últimos anos, com os respectivos contextos econômicos e políticos que influenciaram esses picos:
Ano | Cotação Máxima (R$) | Fatores Principais |
---|---|---|
2020 | 5,94 | Pandemia de COVID-19, fuga de capitais de emergentes, incertezas fiscais no Brasil. |
2021 | 5,87 | Crise política interna, inflação alta e aumento de juros pelo Fed. |
2022 | 5,75 | Guerra na Ucrânia, pressões inflacionárias globais e volatilidade nos mercados. |
2023 | 5,50 |
Tendências recentes do dólar no Brasil
Nos últimos anos, a cotação do dólar tem oscilado devido a um misto de incertezas globais e desafios domésticos. Em 2023, o dólar oscilou entre R$ 4,70 e R$ 5,50, refletindo o aumento de juros nos Estados Unidos, um cenário global ainda incerto e questões fiscais brasileiras.