O Ibovespa encerrou em ligeira queda nesta segunda-feira, à espera do anúncio do pacote fiscal, que não deve ser apresentado hoje, e com os índices acionários de Wall Street avançando, sob perspectiva de operadores de que o indicado ao posto de secretário do Tesouro do governo Trump, Scott Bessent, atenue as propostas econômicas e comerciais “mais agressivas” do presidente eleito.
O índice Bovespa terminou com queda de 0,07%, aos 129.036. pontos. O volume ficou em R$ 27,8 bilhões. Os vértices da curva de juros encerraram sem direção definida, com a cauda curta subindo até 2,5 pontos-base e a longa recuando até 8,5 pontos-base. O dólar à vista fechou em queda de 0,18%, a R$5,8036.
O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de 0,56%, aos 106,8 pontos, na maior queda intradiária desde 7 de novembro, sob perspectiva entusiasmada, entre operadores, a uma abordagem “gradual” por Bessent na implementação de restrições comerciais entre Estados Unidos e outros países.
À nível local, o foco dos investidores seguiu em torno das tratativas fiscais, que entraram na sexta semana de discussão sobre o pacote de corte de gastos, com as expectativas por um anúncio até quarta-feira, de acordo com a Broadcast. O pacote inclui mudanças nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), no abono salarial, na política de reajuste do salário-mínimo e na previdência de militares, segundo a agência.
Hoje, ao longo de todo o dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de reunião com os ministros da Casa Civil, Rui Costa (PT), da Fazenda, Fernando Haddad (PT), da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, além do secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães.
Também de acordo com o Broadcast, uma mudança no porcentual das parcelas de recursos do Fundeb, que é contabilizado no piso constitucional da educação, deve entrar na lista de medidas a serem anunciadas pela equipe econômica. A confirmação das medidas, de acordo com fontes, deve sair até quarta-feira.
Em relatório a clientes na véspera, analistas do BTG, liderados por Leonardo Correa, citaram “ventos contrários” para o Brasil, oriundos do exterior, como eventos que “complicam ainda mais” a tarefa dos formuladores de política no Brasil, aumentando o impacto negativo dos ativos de risco locais, especialmente se as autoridades permanecerem “atrás da curva”, cenário este que parece cada vez mais “provável”, segundo o banco.
Mediana de projeções para a Selic ao fim de 2025 avançou a 12,25%, ante 12,0%, de acordo com o Boletim Focus desta segunda-feira. A mediana de projeção para a inflação ao fim de 2025 avançou a 4,34%, ante 4,12% e foi a 3,78%, ante 3,70% em 2026, denotando um grau adicional de desancoragem das expectativas inflacionárias.
No mercado de commodities, os futuros do Brent para entrega em janeiro operavam em queda de 2,73% a US$73,12 ao fim do dia, após vários relatos na mídia internacional de que Israel e Líbano concordaram com os termos de um acordo para encerrar o conflito entre Israel e o Hezbollah, citando autoridades americanas de alto escalão não identificadas.
Os contratos futuros do minério de ferro avançaram 0,84% na última madrugada em Dalian, impulsionados pela maior produção global de aço, embora as crescentes tensões comerciais em torno da China, principal mercado consumidor do minério, tenham limitado os ganhos.
As bolsas em Wall Street fecharam em alta, na esteira da escolha de Bessent para chefiar o Tesouro dos EUA a partir de 2025 por Trump, e sua visão de cautela acerca da trajetória da dívida norte-americana, advogando por uma política que, dentre outros fatores, favoreça uma redução do déficit orçamentário a 3% do Produto Interno Bruto até 2028.
Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 fecharam em altas de 0,99%, 0,30% e 0,14%, respectivamente. As Treasuries yields de dois e dez anos recuaram 11,0 e 13,5 pbs, respectivamente, a 4,269% e 4,269%, ao fim do dia. Mais cedo, o Tesouro dos EUA colocou US$69,0 bilhões em leilão de notes de dois anos, com taxa de corte em 4,274%,
Operadores viram com bons olhos a escolha de Bessent por Trump – ele é considerado uma voz para os mercados dentro do governo Trump e um conservador fiscal.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, publicada no domingo, Bessent disse que a prioridade é cumprir promessas eleitorais de redução de impostos, que incluirão tornar permanentes os cortes de taxas do primeiro mandato de Trump, bem como eliminar impostos sobre gorjetas, benefícios de seguridade social e pagamento de horas extras.
O futuro secretário do Tesouro também se concentrará em decretar tarifas, cortar gastos e manter o status do dólar como moeda de reserva mundial. “Bessent é visto como uma influência potencialmente moderada nas políticas do próximo governo”, afirmou o estrategista-chefe de câmbio do Scotiabank, Shaun Osborne, à Bloomberg, citando abordagem favorável a um gradualismo na imposição de tarifas.
Anteriormente, o secretário do Tesouro delineou o plano “3-3-3″, inspirado no ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, que também mira, além da redução do déficit, em um crescimento anual de 3,0%, por meio de um melhor ambiente econômico, e em uma produção adicional de 3,0 milhões de barris de petróleo por dia.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/11/2024 | -1,23% | 128.120,75 | R$ 21,6 bilhões |
04/11/2024 | 1,87% | 130.514,79 | R$ 19,3 bilhões |
05/11/2024 | 0,11% | 130.660,75 | R$ 19,3 bilhões |
06/11/2024 | -0,24% | 130.340,92 | R$ 24,2 bilhões |
07/11/2024 | -0,51% | 129.681,70 | R$ 22,30 bilhões |
08/11/2024 | -1,43% | 127.829,80 | R$ 29,9 bilhões |
11/11/2024 | 0,03% | 127.873,70 | R$ 20,3 bilhões |
12/11/2024 | -0,14% | 127.698,32 | R$ 24,3 bilhões |
13/11/2024 | 0,03% | 127.733,88 | R$ 19,1 bilhões |
14/11/2024 | 0,05% | 127.791,60 | R$ 28,7 bilhões |
18/11/2024 | -0,02% | 127.768,19 | R$ 22,6 bilhões |
19/11/2024 | 0,34% | 128.197,25 | R$ 19,8 bilhões |
21/11/2024 | -0,99% | 126.922,11 | R$ 22,0 bilhões |
22/11/2024 | 1,74% | 129.125,51 | R$ 21,9 bilhões |
23//11/2024 | -0,07% | 129.036,10 | R$ 27,8 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Carrefour (CRFB3)
Representantes de indústrias de proteína animal irão se reunir nesta 3ªF (26) para avaliar os impactos das medidas adotadas contra a operação do Grupo Carrefour no Brasil e os próximos passos em resposta a declarações do CEO da companhia, Alexandre Bompard, informa o Broadcast. Saiba mais…
Cogna (COGN3)
A Cogna Educação encerrou o contrato de formador de mercado celebrado com o BTG Pactual. O Contrato teve início em 3 de fevereiro de 2011 e se encerra na presente data. Saiba mais…
Enjoei (ENJU3)
O Enjoei divulgou que Guilherme Soares Almeida renunciou ao cargo de diretor financeiro e de relações com investidores. Saiba mais…
Grupo Mateus (GMAT3)
O Grupo Mateus concluiu a operação de venda dos imóveis localizados na cidade de Ananindeua, Estado do Pará, na cidade Marituba, Estado do Pará, na cidade de Russas, Estado do Ceará e na cidade de São Mateus do Maranhão, Estado do Maranhão para o TRX Real Estate Fundo de Investimento Imobiliário – FII. Saiba mais…
Magazine Luiza (MGLU3)
A agência de classificação de risco S&P alterou no último dia 18 de novembro a perspectiva do rating de crédito de emissor do Magazine Luiza de “negativa” para “estável”. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras buscará ingressar no segmento de etanol preferencialmente por meio de parcerias estratégicas minoritárias ou com controle compartilhado, com players relevantes do setor.
(Com informações da TCMover e Momento B3)