O Ibovespa encerrou em leve queda nesta quarta-feira, impulsionado pelos papéis da Embraer, que saltaram após um relatório do JP Morgan elevar preço-alvo para a companhia. Já no cenário político, o mercado segue estressado e calibrando suas expectativas em torno do pacote fiscal discutido em Brasília, com perspectiva de não haver “tempo hábil” para apresentação esta semana, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O índice Bovespa terminou com alta de 0,03%, aos 127.733 pontos. O volume ficou em R$ 19,1 bilhões, acima da média de 50 pregões.
Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 3,0 pontos-base. O dólar à vista fechou com ganhos de 0,32% a R$ 5,7917. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em alta de 0,49%, aos 106,48 pontos.
No front fiscal, as expectativas dos investidores foram renovadas para o anúncio do pacote de corte de gastos, que ainda não tem data certa. Haddad apontou nesta tarde que a apresentação do conjunto de medidas que visa ajustar os gastos do governo será feita quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizar.
O ministro afirmou que o impacto fiscal do pacote será expressivo, argumentando que a ideia é fazer rubricas do Orçamento se enquadrarem na regra de crescimento de despesa do arcabouço fiscal. Ele também disse ter discutido ao longo do dia de hoje linhas gerais das iniciativas com o presidente da Câmara, Arthur Lira, além de debater medidas específicas com o Ministério da Defesa.
De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast e especialistas de política do time da XP, o anúncio das medidas deve acontecer apenas após o encontro do G20 que ocorrerá nos dias 18 e 19 da semana que vem.
No âmbito corporativo, destaque para os resultados da IRB Brasil que teve reação negativa pelos investidores por conta de efeitos não recorrentes, mesmo após a companhia reportar lucro líquido de R$115,9 milhões no terceiro trimestre, variação positiva de 142,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Outro destaque foram as ações da Embraer, que dispararam entre os papéis que compõem o índice. Renovando máximas históricas, após um relatório do JPMorgan dizer que os analistas enxergam espaço para mais altas, elevando o preço-alvo para os papéis ON da fabricante de aeronaves a R$78 ante R$59, reiterando a recomendação de “compra”.
Investidores ainda calibravam expectativas para resultados que sairão hoje à noite, incluindo JBS, BRF, Marfrig, Cosan, B3, Nubank, Brava, Ultrapar, Unipar, Equatorial, TC e outros.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as ON da Embraer, da Petrobras e da JBS, que avançaram 4,73%, 1,04% e 2,04%, respectivamente.
Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para as ON da Embraer, LWSA, da Azzas, que ganharam 4,73%, 3,19% e 2,69%, respectivamente.
Na ponta negativa, destaque para as ON da IRB Brasil, as PN da Raízen e da Hapvida, que recuaram 6,85%, 6,42% e 6,34%, nesta ordem.
No mercado de commodities, os futuros do Brent operavam em leve alta de 0,11%, a US$71,94 por barril ao fim do dia, após o movimento de cobertura de posições vendidas depois das recentes quedas dos preços devido ao corte na previsão de demanda da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). No entanto, as máximas do DXY desde abril limitaram o avanço do brent.
Os contratos futuros do minério de ferro tiveram leve queda de 0,20%, na última madrugada em Dalian, com sentimento de cautela dos investidores diante do cenário da economia chinesa.
As bolsas em Wall Street fecharam sem direção definida, recuperando-se parcialmente das perdas da véspera, após dados de inflação ao consumidor virem em linha com o consenso em outubro – mostrando reaceleração dos preços na base anual – ainda que não tenha sido suficiente para deter perspectivas de um novo corte de juro em dezembro pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Os índices Dow Jones e S&P500 encerraram com alta de 0,11% e 0,02%, respectivamente, o Nasdaq 100 recuou 0,26%. As Treasuries yields de dois anos recuavam 7,1 pbs, a 4,275% e os de dez anos subiam 2,0 pbs, a 4,449%.
Os dados de inflação na maior economia do mundo vieram em linha com as expectativas e sugerem que o Federal Reserve deve continuar com seu ciclo de afrouxamento monetário, conforme esperado, no próximo mês.
O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,2% pelo quarto mês consecutivo em outubro. Nos 12 meses até outubro, o CPI avançou 2,6%, depois de ter subido 2,4% em setembro. O núcleo do indicador aumentou 0,3% em outubro, subindo pela mesma margem pelo terceiro mês consecutivo.
Após a divulgação do CPI os derivativos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME) apontavam que 82,3% dos investidores acreditam na possibilidade do Fed cortar os juros em 25 pontos-base na reunião de dezembro. Já 17,7% acreditam na chance de manutenção dos juros no atual patamar.
Operadores tambem avaliaram novas declarações de membros do Federal Reserve, que em sua maioria disseram enxergar um mercado de trabalho resiliente e uma economia forte. O destaque ficou com a fala da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, dizendo que a autarquia deve proceder com “cautela” em relação a novos cortes na taxa de juros para evitar que a inflação seja reaquecida.
Logan disse que “os juros americanos estão bem no topo da faixa estimada da taxa de juros neutra e caso o Fed corte além da taxa neutra, a inflação poderá reacelerar e o FOMC poderá precisar reverter a direção”. Ela não é membro votante do FOMC neste ano.
Nos mercados acionários, os papéis da Tesla e da Coinbase – que avançaram significativamente nos últimos pregões, recuaram 0,52% e 10,80%, respectivamente. No mercado de criptoativos, o bitcoin renovou sua máxima histórica nos US$93 mil mais cedo, impulsionado pela vitória de Trump e expectativa de um ambiente regulatório mais favorável para criptoativos.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/11/2024 | -1,23% | 128.120,75 | R$ 21,6 bilhões |
04/11/2024 | 1,87% | 130.514,79 | R$ 19,3 bilhões |
05/11/2024 | 0,11% | 130.660,75 | R$ 19,3 bilhões |
06/11/2024 | -0,24% | 130.340,92 | R$ 24,2 bilhões |
07/11/2024 | -0,51% | 129.681,70 | R$ 22,30 bilhões |
08/11/2024 | -1,43% | 127.829,80 | R$ 29,9 bilhões |
11/11/2024 | 0,03% | 127.873,70 | R$ 20,3 bilhões |
12/11/2024 | -0,14% | 127.698,32 | R$ 24,3 bilhões |
13/11/2024 | 0,03% | 127.733,88 | R$ 19,1 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Allos (ALOS3)
A Allos informou que foram celebrados Memorandos de Entendimento para o desinvestimento da totalidade de sua participação de 50% no Rio Anil Shopping, pelo valor de R$186,2 milhões que corresponde ao cap rate (taxa de capitalização) de 8,5%, baseado no NOI de 2024. Saiba mais…
B3 (B3SA3)
O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações caiu 3,9% em outubro de 2024 na comparação com o registrado em igual período de 2023, ficando em R$ 22,306 bilhões. Saiba mais…
Banrisul (BRSR6)
O Banrisul fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 197,3 milhões, uma alta de 54,8% em relação ao mesmo intervalo de 2023, embora tenha apresentado uma queda de 20% em comparação com o segundo trimestre. Saiba mais…
Bradespar (BRAP4)
A holding Bradespar registrou um lucro líquido de R$ 400,6 milhões em seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2024. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o número foi de R$ 429,4 milhões, houve uma retração de 6,7%. Saiba mais…
CSN (CSNA3)
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou prejuízo líquido de R$ 751 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma reversão dos R$ 91 milhões de lucro do mesmo período de um ano atrás. O resultado foi consequência da combinação de menor resultado operacional com aumento nas despesas financeiras, segundo a empresa. Saiba mais…
CSN Mineração (CMIN3)
A CSN Mineração registrou lucro líquido de R$ 446,3 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 62,81% na comparação com o igual período de 2023. Saiba mais…
CVC (CVCB3)
A CVC divulgou os resultados financeiros do 3º trimestre de 2024, reportando um lucro líquido de R$ 14,4 milhões, revertendo um prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, este foi o primeiro lucro contábil após 20 trimestres. Saiba mais…
Cury (CURY3)
A Cury divulgou os resultados financeiros do 3º trimestre de 2024, reportando um lucro líquido, atribuído à companhia, de R$ 170,6 milhões, uma variação positiva de 57,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi apresentado sem uma explicação direta da empresa sobre o desempenho nos relatórios financeiros. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A Eneva reportou um lucro líquido de R$ 102,7 milhões, uma variação positiva em relação ao prejuízo líquido de R$ 86,9 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Gol (GOLL4)
A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 830 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma queda de 36,2% em relação ao resultado também negativo de R$ 1,3 bilhão reportado no mesmo período de 2023. Saiba mais…
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida teve lucro ajustado de R$ 324,5 milhões no 3T24, alta de 24,3% em relação ao mesmo período de 2023. Desconsiderando os ganhos com amortização de intangível, a companhia reportou prejuízo de R$ 71,3 milhões, 65,5% menor que o prejuízo registrado no 3T23. Saiba mais…
IRB (IRBR3)
O IRB Re reportou lucro líquido de R$ 115,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 142,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o resultado do ressegurador subiu 77,8%. Saiba mais…
Jalles (JALL3)
A Jalles reverteu prejuízo de R$ 47,6 milhões do 2T24 e lucrou R$ 33,8 milhões no segundo trimestre da safra 2024/2025 (2T25). Saiba mais…
Light (LIGT3)
A companhia elétrica Light comunicou que a Corte de Falência dos Estados Unidos para o Distrito Sul do Texas, nos termos do “Chapter 15 do U.S. Bankruptcy Code”, aceitou seu plano de recuperação judicial (RJ) no país. Saiba mais…
Marisa (AMAR3)
A Marisa Lojas encerrou o terceiro trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 71,2 milhões, resultado 63,7% melhor do que o registrado no mesmo intervalo do ano passado. Saiba mais…
Raízen (RAIZ4)
A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões no segundo trimestre da temporada 2024/25, que compreende o período entre 1° de julho e 30 de setembro de 2024, e reverteu o lucro de R$ 28,4 milhões que havia sido registrado em igual intervalo da safra anterior. Saiba mais…
Simpar (SIMH3)
A Simpar apresentou lucro líquido de R$ 125 milhões no 3T24, revertendo prejuízo de R$ 110,6 milhões do 3T23. Saiba mais…
SLC Agrícola (SLCE3)
A SLC Agrícola divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, reportando um prejuízo líquido de R$ 17,282 milhões, revertendo lucro R$ 167,272 milhões no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Taurus (TASA3/TASA4)
A Taurus teve, no terceiro trimestre de 2024 lucro líquido de R$ 26,1 milhões, leve alta de 0,4% em relação ao 3T23. Saiba mais…
Tenda (TEND3)
A Tenda aprovou a operação referente à venda de carteira pró-soluto, a ser realizada no âmbito de operação de securitização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) que serão emitidos pela True Securitizadora, montante de até R$ 200 milhões, sendo R$ 178 milhões sob o regime de garantia firme e R$ 22 milhões sob o regime de melhores esforços. Saiba mais…
Vivara (VIVA3)
A Vivara informou que seu conselho de administração elegeu o atual diretor de operações, Icaro Borrello, para o cargo de presidente-executivo da companhia, em reunião realizada nesta terça-feira (12). Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)