Ibovespa sobe 0,69%, apoiado pelo setor financeiro, pelo salto das ações da Brava e por investidores reagindo à inflação acima do esperado e à possível apresentação do pacote fiscal

O Ibovespa encerrou em alta nesta terça-feira, apoiado pelo setor financeiro e com salto das ações da Brava, que encerraram no maior patamar desde 17 de setembro, após companhia anunciar contratos para campanha de desenvolvimento em Atlanta e Papa-Terra. Investidores ainda reagiram ao dado de inflação acima das expectativas e perspectiva de apresentação do pacote fiscal ainda esta semana.

O índice Bovespa terminou com alta de 0,69%, aos 129.922 pontos, próximo da máxima do dia. O volume ficou em R$ 21,4 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram em queda de até 5,0 pontos-base. O dólar à vista fechou em alta de 0,10%, a R$ 5,8096. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em alta de 0,06%, aos 106,8 pontos.

No final do dia, investidores reagiram à matéria veiculada pela Folha de S.Paulo, citando fontes, de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia um pronunciamento à nação para justificar o pacote de contenção de gastos. A expectativa era que a mensagem fosse gravada ainda hoje, para ir ao ar na noite de quinta-feira.

Entre os indicadores econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,62% em novembro, acima das expectativas do mercado, de 0,48%, e mostrando aceleração em relação a outubro, quando avançou 0,54%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, de 4,77%.

Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de alimentação e bebidas (1,34%), grupo de maior peso no índice, que registrou aumento de preços pelo terceiro mês consecutivo.

No âmbito corporativo, destaque para as ações da Brava Energia, após a junior oil anunciar que assinou contratos de US$ 200 milhões para a primeira campanha integrada de desenvolvimento nos campos de Atlanta e Papa-Terra, com início da campanha no 4T25, e previsão das primeiras conexões de poços em 2026.

No mercado de commodities, os futuros do Brent para entrega em janeiro operavam em queda de 0,49%, a US$ 72,65 ao fim do dia, devolvendo os ganhos do início do dia, depois que Israel concordou com um acordo de cessar-fogo com o Líbano.

Em um discurso na televisão, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estava pronto para implementar um acordo de cessar-fogo com o Líbano e que “responderia com força a qualquer violação” por parte do Hezbollah. Ao fim da tarde, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o acordo de cessar-fogo começará às 4h, horário local, com duração de 60 dias.

Os contratos futuros de minério de ferro subiram 0,32% na última madrugada em Dalian, após uma sessão de negociações estreitas, com o iuan mais fraco reforçando as esperanças de corte na taxa de juros pelo banco central da China, enquanto a possibilidade de tarifas mais altas ganhava destaque após uma promessa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de impor tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses.

As bolsas em Wall Street fecharam em alta, com S&P500 e Dow Jones renovando máximas, com investidores repercutindo a promessa de imposição de tarifas pelo presidente eleito, Donald Trump, e avaliando a ata da mais recente decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que mencionou que a incerteza em torno do nível neutro do juro tornou apropriado reduzir a restritividade da taxa-alvo Fed Funds “gradualmente”.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 fecharam em altas de 0,28%, 0,57% e 0,57%, respectivamente. As Treasuries yields de dois anos recuaram 2,5 pbs, e a de dez anos avançou 1,9 pbs, a 4,252% e 4,296%, respectivamente. Mais cedo, o Tesouro dos EUA colocou US$70 bilhões em leilão de Notes de cinco anos, com taxa de corte em 4,197%, ante nível observado pré-leilão, de 4,199%.

Na véspera, o presidente eleito, Donald Trump, prometeu impor tarifa adicional de 10% sobre importações chinesas e de 25% sobre todos os produtos do México e do Canadá. De acordo com o republicano, a medida serve para reprimir o fluxo migratório e de drogas ilegais através da fronteira dos EUA. O dólar canadense, o iuan chinês e o peso mexicano recuavam ante o dólar americano na sessão.

Papéis de companhias mais suscetíveis a efeitos negativos diante da imposição de tarifas, como montadoras de veículos, recuaram na sessão. A General Motors registrou a maior queda percentual desde 2020, perdendo 8,99%, a US$ 54,79.

No âmbito monetário, a ata do FOMC sinalizou que participantes discutiram potencial desaceleração, ou pausa, no ciclo de cortes de juros se o progresso observado na desinflação estagnar.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Braskem (BRKM5)

   O governo e alguns dos maiores bancos em operação no país estão discutindo soluções para acelerar a saída da Novonor do controle da Braskem, a maior empresa petroquímica da América Latina, disseram pessoas familiarizadas com as negociações. Saiba mais…

   A Braskem, maior produtora de petroquímicos do Brasil, apresentou no Investidor Day 2024, em São Paulo, sua estratégia para garantir crescimento sustentável e enfrentar os desafios do setor petroquímico. Com a expansão no segmento de produtos biológicos e reciclagem, a companhia disse no evento que projeta uma geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de US$ 600 a 800 milhões anuais até 2030, impulsionada pela demanda crescente por soluções sustentáveis. Saiba mais…

   Carrefour (CRFB3)

   A maior rede de supermercados do país, Carrefour Brasil, espera que a normalização do abastecimento em suas lojas ocorra no curto prazo, segundo fato relevante enviado pela companhia após pedido de desculpas da matriz do grupo por declarações contra a carne produzida no Brasil. Saiba mais…

   O Grupo Carrefour da França divulgou um comunicado oficial em resposta às críticas geradas por declarações de Alexandre Bompard, CEO da empresa na França, sobre o compromisso de não comercializar carne do Mercosul no mercado francês. A nota busca apaziguar as tensões e destaca o compromisso da rede varejista com os agricultores tanto na França quanto no Brasil. Saiba mais…

   Copel (CPLE6) 

   A Copel anunciou que sua subsidiária integral Copel Geração e Transmissão (Copel GeT) celebrou contrato com a Electra Hydra / Intrepid, referente ao desinvestimento da Copel em 13 ativos de geração de pequeno porte. Saiba mais…

   A Copel aprovou a criação do primeiro Programa de Recompra de Ações Ordinárias e Preferenciais Classe B, de emissão própria, visando maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma gestão de capital eficiente. Saiba mais…

   A Copel estima investimento de R$ 2,5 bilhões na distribuição de energia em 2025, segundo apresentação divulgada. Saiba mais…

   Dasa (DASA3)

   A Dasa homologou parcialmente o aumento de capital da Companhia, dentro do limite do capital autorizado, mediante a emissão de novas ações ordinárias, escriturais, nominativas, sem valor nominal. Saiba mais…

   IRB (IRBR3) 

   A agência de classificação de riscos S&P Global Ratings (S&P) alterou a perspectiva do rating de crédito de emissor do IRB(Re) de “negativa” para “estável”. Saiba mais…

   Light (LIGT3)

   A Light aprovou medidas estratégicas para a reestruturação financeira de suas subsidiárias, como a Light SESA e a Light Energia. Saiba mais…

   Oi (OIBR3/OIBR4)

   A Oi, em recuperação judicial, informou que foi assinado o termo único de autorização para exploração de serviços de telecomunicações, em cumprimento ao termo de autocomposição. Saiba mais…

   Rumo (RAIL3) 

   A Rumo contratou o BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários para exercer a função de formador de mercado de suas ações ordinárias no âmbito da B3. Saiba mais…

   Totvs (TOTS3)

   A Totvs negou que tenha apresentado oferta para compra da produtora de software para varejo Linx, mas que poderá apresentar uma proposta não vinculante pela companhia. Saiba mais…

   Unipar Carbocloro (UNIP6)

   A Unipar Carbocloro divulgou que foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiamento para o projeto de modernização tecnológica na fábrica de Cubatão, a ser concluído até final de 2025 (PO25). Saiba mais…

   WEG (WEGE3)

   A WEG anunciou a aquisição da Reivax e suas subsidiárias, uma empresa brasileira atuante no setor de sistemas de controle para geração de energia. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)