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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam em alta, após o Dow Jones recuar cerca de 0,5% ontem, registrando sua sexta queda consecutiva e marcando a sequência mais longa de perdas desde abril. O Nasdaq caiu quase 0,7%, encerrando abaixo da marca de 20.000 pontos, com ações de tecnologia, como as da Nvidia, em baixa, enquanto o S&P 500 recuou cerca de 0,5%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta, com os papéis das empresas de tecnologia liderando os ganhos enquanto os investidores aguardam a decisão final sobre a taxa de juros do Fed deste ano.
Na semana, o Dow Jones caminha para um declínio de 1,6%, enquanto o S&P 500 aponta para uma queda de 0,6%. O Nasdaq apresenta desempenho superior, projetando um avanço semanal de 0,2%. Os movimentos de ontem foram influenciados por um relatório do índice de preços ao produtor de novembro, que superou as expectativas. Os pedidos de auxílio-desemprego subiram para 242.000 na semana encerrada em 7 de dezembro, acima das estimativas dos economistas, que apontavam 220.000.
Um terceiro corte consecutivo na taxa de juros pelo banco central dos EUA é amplamente esperado na próxima semana, após o Banco Central Europeu atender às expectativas com uma redução de um quarto de ponto percentual na taxa de juros e o Banco Nacional Suíço surpreender com uma redução de 50 pontos-base na quinta-feira.
Na Europa, os índices operam em alta e caminham para encerrar a semana com um tom positivo, enquanto investidores consolidam a aposta de que o Banco Central Europeu (BCE) pretende continuar o relaxamento monetário no ano que vem, um dia após corte de 25 pontos-base nos juros. O índice Stoxx 600 caía 0,12%, a 518,60 pontos.
Em Frankfurt, o DAX volta a renovar recorde histórico, em 20.521,78 pontos no pico do dia. Entre os destaques, a ação da Volkswagen subia 1,93%, BMW ganhava 1,48% e Mercedes Benz avançava 1,14%. Deutsche Bank tinha valorização de 0,76%. À rádio BFM, o dirigente do BCE François Villeroy de Galhau disse que mais cortes de juros são esperados para o próximo ano, em meio ao arrefecimento da inflação. Também membro do banco central, José Luis Escrivá teria ditado que seria “lógico” esperar mais relaxamento monetário, de acordo com relatos de operadores.
Os investidores seguem no aguardo da escolha do novo primeiro-ministro da França pelo presidente do país, Emmanuel Macron, em meio ao impasse sobre o orçamento que derrubou o premiê anterior, Michel Barnier. A expectativa é de que Macron anuncie o novo nome ainda hoje, segundo a imprensa local. Mais cedo, o Reino Unido informou a contração tanto na produção industrial quanto no Produto Interno Bruto (PIB) em outubro. Os indicadores impuseram pressão sobre a libra, que recua a US$ 1,2632.
Na Ásia, as bolsas encerraram em baixa, com perdas de 2% nos índices acionários da China, em meio à decepção com a falta de detalhes sobre estímulos econômicos durante uma aguardada reunião de líderes do país asiático. Na Conferência Central de Trabalho Econômico, as autoridades chinesas repetiram a mensagem principal que o Politburo já havia transmitido no começo da semana: a política fiscal será proativa e a postura monetária, “moderadamente frouxa”.
Para o ANZ, as promessas pareceram mais uma recapitulação de temas previamente anunciados do que um novo pacote para apoiar a economia. “A maioria das opções políticas já foram implementadas ou discutidas pelos ministérios em coletivas de imprensa anteriores, e a questão sobre os estímulo futuros não será sobre ‘o que’, mas sobe ‘o quanto’”, explica. Diante da frustração, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em queda de 2,01%, a 3.391,88 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 2,01%, a 2.070,42 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 2,09%, a 19.971,24 pontos. O índice Nikkei cedeu 0,95% em Tóquio, a 39.470,44 pontos, diante de relatos de que o Banco do Japão (BoJ) estaria mais inclinado a manter juros na reunião da semana que vem. O Taiex, de Taiwan, caiu 0,11%, a 23.020,48 pontos. Exceção, o Kospi avançou 0,50% em Seul, a 2.494,46 pontos, no quarto dia seguido de ganhos. Os mercados sul-coreanos tentam firmar a recuperação do baque causado pela controversa lei marcial imposta temporariamente pelo presidente do país, Yoon Suk Yeol, na semana passada. Yoon é alvo de um segundo processo de impeachment, que deve ser votado no final de semana.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 70,17 (+0,21%).
O Brent é negociado a US$ 73,53 (+0,16%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 100.275,35 (+0,33%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.669,27 a onça-troy (-0,43%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -1,12%, a 797,00 iuanes (US$ 109,45).
Brasil:
O Senado aprovou o marco regulatório das eólicas offshore, mas com inclusão de dispositivos polêmicos que favorecem setores de gás e carvão, gerando possíveis impactos de até R$ 440 bilhões nas contas de luz até 2050. O texto segue para sanção do presidente, que pode vetar os trechos mais controversos.
O salário mínimo de 2025 pode ser menor do que o inicialmente previsto, caso uma nova fórmula de cálculo seja aprovada pelo Congresso. A proposta do governo reduziria o aumento para R$ 1.517, representando uma economia estimada de R$ 2 bilhões em 2025 e R$ 110 bilhões até 2030.
Economia:
Ibovespa: O Ibovespa encerrou com o pior desempenho diário em quase dois anos ontem, segundo dados da Elos Ayta, com mercados repercutindo sinais de juros mais restritivos. O principal índice do mercado brasileiro fechou a sessão com queda de 2,74%, aos 126.042 pontos, a queda mais forte desde 2 de janeiro de 2023, quando encerrou com recuo de 3,06%. Entre as 86 ações que compõem a carteira do Ibovespa, apenas a Hapvida (HAPV3) registrou alta no dia, com valorização de 1,12%. O desempenho foi especialmente ruim para ações ligadas ao consumo e varejo, tradicionalmente mais expostas ao aumento dos juros. No total, os acionistas das 322 empresas listadas perderam R$ 133,2 bilhões em valor de mercado, reduzindo o montante total das empresas de R$ 4,35 trilhões para R$ 4,22 trilhões. A Petrobras (PETR4) foi destaque negativo, com recuo de R$ 31,8 bilhões em valor de mercado, respondendo sozinha por quase 24% das perdas das 10 maiores quedas.
Carros elétricos: mais de 70 mil carros elétricos chineses estão parados nos portos do Brasil, refletindo o impacto de novas tarifas de importação e a desaceleração do crescimento do segmento. Fabricantes como BYD e GWM buscam superar barreiras com fábricas locais e expansão de infraestrutura.
Reforma: O plenário do Senado aprovou na quinta-feira (12), o texto-base do projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. Agora, senadores analisam destaques (possíveis mudanças) na proposta. Após concluída a votação, o projeto deve retornar para a análise da Câmara dos Deputados e pode sofrer alterações. O projeto foi enviado pelo governo e aprovado na Câmara em julho. Desde então, está em análise no Senado e recebeu mais de duas mil emendas. Em meio a uma crise com o Congresso, o governo informou na quinta-feira (12) que vai liberar para o Congresso R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares até esta sexta (13).
Agenda Econômica:
🇬🇧 04h00 – Reino Unido/ONS: Produção industrial – out
🇪🇺 07h00 – Zona do euro/Eurostat: Produção industrial – out
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: IGP-10 de dezembro
🇧🇷 09h00 – Brasil/BC: IBC-Br de outubro ⚠️
🇧🇷 09h00 – Brasil/IBGE: Produção industrial regional – out
🇧🇷 10h00 – Brasil/Fazenda: Boletim Prisma Fiscal
🇺🇸 15h30 – EUA/Baker Hughes: Número de poços de petróleo em operação
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em forte queda de 2,74%, aos 126.042 pontos, na maior perda diária desde 2 de janeiro de 2023. O volume diário foi de R$ 26,8 bilhões. Entre as 86 ações que compõem a carteira do Ibovespa, apenas a Hapvida (HAPV3) registrou alta no dia, com valorização de 1,12%. O desempenho foi especialmente ruim para ações ligadas ao consumo e varejo, tradicionalmente mais expostas ao aumento dos juros.
Maiores altas do Ibovespa
HAPV3 |
+1.12%
|
R$ 2,70
|
Maiores baixas do Ibovespa
PCAR3 |
-11.02%
|
R$ 2,26
|
PETZ3 |
-10.55%
|
R$ 3,90
|
BEEF3 |
-9.61%
|
R$ 5,64
|
MGLU3 |
-9.01%
|
R$ 8,38
|
CRFB3 |
-8.59%
|
R$ 6,17
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,86%, a R$ 6,01.
IFIX:
O índice fechou estável, aos 2.947,07 pontos. A mínima foi de 2.938,25 pontos e a máxima de 2.953,50 pontos.
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