A Honda Motor Co.e a a Nissan Motor Co. deram início a negociações para uma fusão que pode transformar o mercado automotivo global. O acordo preliminar, assinado em Tóquio, prevê a criação de uma holding para integrar as duas marcas, com listagem planejada até agosto de 2026.
Os recibos de depósito americanos da Honda Motor (NYSE:HMC) saltaram 15,2% no pré-mercado de segunda-feira, 23 de dezembro de 2024. A Honda também é negociada na B3 através da BDR (BOV:HOND34).
Essa fusão criará um dos maiores conglomerados automotivos do mundo, competindo diretamente com a Toyota, e enfrentando desafios da Tesla e rivais chineses como BYD e Geely. A estratégia é ampliar a escala e reforçar a competitividade em um mercado cada vez mais consolidado.
A Honda anunciou ainda um plano de recompra de ações, que totaliza ¥1,1 trilhão (US$ 7 bilhões), buscando otimizar sua estrutura financeira durante o processo.
A Mitsubishi Motors, parcialmente controlada pela Nissan, também integra as negociações e poderá se unir à nova entidade. A Nissan (TG:NISA), por outro lado, enfrenta uma grave crise de vendas, especialmente na China e nos Estados Unidos, e busca na fusão uma oportunidade de revitalização e adaptação ao crescente mercado de veículos elétricos.
Os desafios para a integração incluem a reestruturação de operações e a definição de sinergias entre as empresas. Enquanto a Honda mantém uma base financeira sólida graças a seus negócios de motocicletas e híbridos, a Nissan luta para reverter quedas de receita e recuperar sua relevância.
Especialistas acreditam que a união poderá trazer vantagens competitivas, mas requer estratégias claras para superar barreiras, enquanto alguns analistas questionam a complementaridade das empresas.