Bom dia ADVFN – 03/01/2025 – PMI industrial e discurso de autoridade do Fed nos EUA, China anuncia aumento de financiamento com títulos e mais

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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam em alta, em recuperação após quedas na primeira sessão de 2025. O destaque fica para a divulgação do ISM da indústria, nos EUA. As Bolsas da Europa operam em baixa e mercados asiáticos fecharam sem direção única.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. A expectativa é que os índices se mantenham no patamar positivo observado ao longo do ano, mesmo com a queda de 2,5% do S&P 500 em dezembro. “Um ano excepcional para o S&P 500 pode ser seguido por outro em 2025”, escreveu a economista sênior de mercados da Capital Economics, Diana Iovanel, em uma carta aos clientes na quinta-feira, segundo a CNBC.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está prestes a vetar oficialmente a proposta de compra por 14,9 bilhões de dólares da U.S. Steel pela Nippon Steel, disse fonte familiarizada com o assunto nesta sexta-feira.

Na agenda, o destaque fica para a divulgação do ISM da indústria, nos EUA e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Tom Barkin, ficam no radar.

Na Europa, os índices operam em baixa, em um ambiente de incertezas sobre as economias da região e também da China. A agenda esvaziada e os resquícios de uma semana marcada por feriado de Ano-Novo ainda reduzem a liquidez nos mercados globais. O índice Stoxx 600 caía 0,39%, a 508,68 pontos.

Mais uma vez, Paris lidera as perdas, com o índice CAC 40 em baixa de 0,91%. Ações expostas à economia chinesa estão entre os destaques negativos, à medida que investidores absorvem os sinais de fraqueza da atividade no país asiático. É o caso do setor de artigos de luxo: Kering cedia 3,37% e Louis Vuitton baixava 2,05%.

Os papéis de mineradoras também puxam os negócios para baixo. Em Londres, Antofagasta marcava desvalorização de 1,61%, acompanhada de Anglo American (-1,39%), Rio Tinto (-1,15%) e Glencore (-0,99%). Assim, o índice FTSE perdia 0,09%.

Sem eventos econômicos relevantes na agenda do Velho Continente hoje, investidores fixam as atenções nos Estados Unidos, onde leitura do índice de gerentes de compras (PMI) e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Richmond, Tom Barkin, ficam no radar.

Na Ásia, as bolsas encerraram sem direção única, em um começo de ano marcado por mau humor nos mercados globais diante de múltiplas incertezas sobre as principais economias do planeta, incluindo a da China. Dados recentes que indicaram desaceleração da indústria chinesa renovaram preocupações sobre a saúde da atividade econômica. Neste cenário, os rendimentos dos títulos públicos do país asiático voltaram a alcançar mínimas históricas, enquanto o yuan caiu ao menor nível em mais de um ano no mercado onshore ante o dólar.

O índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 1,57%, a 3.211,43 pontos, e o Shenzhen Composto recuou 2,65%, a 1.856,46 pontos. O índice CSI 300, que reúne as principais ações da China continental, caiu 1,18%, a 3.775,16 pontos, no menor nível desde outubro do ano passado.

O índice Hang Seng, em Hong Kong, avançou 0,70%, a 19.760,27 pontos. O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou uma operação de swap que mobilizou 55 bilhões de yuans para 20 instituições financeiras em um programa de apoio ao mercado. Em Taiwan, o índice Taiex avançou 0,33%, a 22.908,30 pontos. O Kospi, de Seul, ganhou 1,79%, a 2.441,92 pontos, apesar da contínua crise política na Coreia do Sul, onde uma tentativa de prisão do presidente afastado do país, Yoon Suk Yeol, fracassou. A Bolsa de Tóquio permaneceu fechada por conta de um feriado local.

China: aumentará drasticamente o financiamento de títulos do tesouro ultralongos em 2025 para estimular o investimento empresarial e as iniciativas de estímulo ao consumidor, disse um funcionário do planejamento estatal na sexta-feira, conforme Pequim aumenta o estímulo fiscal para revitalizar a economia. Os títulos especiais do tesouro serão usados para financiar atualizações de equipamentos em larga escala e trocas de bens de consumo, disse Yuan Da, secretário-geral adjunto da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), em uma coletiva de imprensa. “O tamanho dos fundos de títulos públicos especiais ultralongos será aumentado drasticamente este ano para intensificar e expandir a implementação das duas novas iniciativas”, disse Yuan. De acordo com o programa lançado no ano passado, os consumidores podem trocar carros ou eletrodomésticos antigos e comprar novos com desconto, e um programa separado subsidia atualizações de equipamentos em larga escala para empresas.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 72,88 (-0,34%).

O Brent é negociado a US$ 75,66 (-0,36%).

Bitcoin:

Negociado na bolsa de Dalian, -2,18%, a 764.000 iuanes (US$ 104,41).

Ouro:

Negociado a US$ 2.657,58 a onça-troy (-0,04%).

Minério de ferro:

Negociado na bolsa de Dalian, +0,64%, a 782.000 iuanes (US$ 107,13).

Brasil:

Incêndio: o Brasil registrou 278,2 mil focos de incêndio em 2024, maior número desde 2010. O país teve alta de 46% nos focos de incêndio em 2024, totalizando 278,2 mil casos, segundo o Inpe. Na Amazônia, o patamar foi o maior desde 2007.

Loterias: as Loterias da Caixa fecharam 2024 com recorde de arrecadação, ultrapassando R$ 25,6 bilhões. A Mega da Virada sozinha atraiu R$ 2,49 bilhões em apostas, um aumento de 2,6% em relação a 2023.

Imposto de renda: a partir deste ano, os recibos de despesas com saúde com profissionais que atuam como pessoa física vão precisar ser emitidos apenas de forma digital, por meio da plataforma Receita Saúde da Receita Federal. A mudança vale para profissionais médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Economia:

Mercado automotivo: com 2,63 milhões de veículos emplacados, o setor automotivo registrou alta de 14,1% em 2024, impulsionado por marcas chinesas e locadoras. A Anfavea projeta crescimento moderado em 2025.

Leilão: o leilão de reserva de capacidade, previsto para junho, contará com hidrelétricas e térmicas a gás e biocombustíveis, excluindo diesel e carvão. A medida visa reforçar o sistema com até 18,5 GW adicionais e atender à crescente demanda nos horários de pico.

Fuga de dólares: o Brasil registrou em 2024 um fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bilhões. Foi a terceira maior saída líquida anual de dólares do País desde 2008, quando começa a série histórica do Banco Central. Esses resgates de dólares só foram maiores que no ano passado em 2019 e em 2020, quando atingiram US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões, respectivamente – período marcado pelos efeitos da pandemia de covid-19. Ao longo de 2024, o dólar se valorizou 27,3% em relação ao real, passando de R$ 4,85, no início do ano, a R$ 6,18. A moeda americana, que já vinha com tendência de alta desde a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, acelerou os ganhos ante o real depois do anúncio do pacote de contenção de gastos do governo, no fim de novembro, considerado por economistas e analistas de mercado como insuficiente para reequilibrar as contas públicas.

Inflação: O IPC-S da quarta quadrissemana de dezembro de 2024 subiu 0,31% e acumula alta de 3,99% nos últimos 12 meses. Seis das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Agenda Econômica:

🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: IPC-S Capitais da 4ª quadrissemana – dez
🇺🇸 12h00 – EUA/ISM: PMI industrial em dezembro
🇺🇸 13h00 – EUA: Tom Barkin (Fed de Richmond) discursa
🇺🇸 15h00 – EUA/Baker Hughes: Poços e plataformas em operação

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,13%, aos 120.125 pontos. O volume de negócios foi de R$14,1 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões.

Maiores altas do Ibovespa