Ibovespa encerra em queda, pressionado por bancos e Petrobras, diante da queda no petróleo

O Ibovespa encerrou em firme queda nesta quarta-feira, pressionado pelos papéis de blue chips, como Itaú e Petrobras, diante da queda no petróleo. Vértices da curva de juros encerraram mistos, com volume de serviços recuando em dezembro, na base mensal, ante consenso de alta para o período. Nos Estados Unidos, inflação ao consumidor teve maior leitura mensal em janeiro desde agosto de 2023, postergando apostas para corte de juros pelo Federal Reserve.

O Índice Bovespa terminou com retração de 1,69%, aos 124.380 pontos. O volume negociado na B3 foi de R$ 55,7 bilhões, acima da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$16,3 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram sem direção definida na sessão regular. A taxa DI com vencimento em janeiro de 2027 recuou 1,0 pontos-base, a 15,05%. Os vencimentos para janeiro de 2035, cauda longa, avançaram 6,0 pontos-base, a 14,75%.

Parte da curva reagiu aos dados de volume do setor de serviços do Brasil, que caíram 0,5% em relação a novembro, ante consenso de alta de 0,1% para o período, de acordo com a Reuters, indicando sinais incipientes de desaceleração da atividade econômica, conforme já apontado pelo Banco Central. Na base anual, serviços registrou avanço de 2,4%, significativamente abaixo do consenso, de alta de 3,5%.

O resultado mostra que o setor de serviços encerrou 2024 com ganhos pelo quarto ano seguido, diante de um mercado de trabalho aquecido, mas indicou perda de ímpeto com uma retração inesperada em dezembro. No acumulado de novembro e dezembro, o setor de serviços recuou 1,9%, em meio à retomada do ciclo de aperto monetário pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O dólar futuro operava em queda de 0,03%, a R$5,785 ao fim do dia. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, revertia queda, e operava em alta de 0,05% ao fim da tarde, aos 107,9 pontos, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter conversado ao telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir potencial fim da guerra na Ucrânia.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a Selic caminha para patamar “historicamente elevado” e que, apesar de “desconfortável”, é um nível seguro para levar a inflação de volta à meta. Também presente no mesmo evento, o ex-presidente da autarquia Armínio Fraga pediu a Galípolo que ajude a convencer ao governo do presidente Lula sobre a importância de ajustar a política econômica, principalmente o fiscal.

“Só tem um lugar que pode ajudar o BC, que é o fiscal então acho que você, como uma pessoa de confiança das altas autoridades do país, talvez possa convencê-los de que não tem mágica agora. A festa meio que acabou”, acrescentou Fraga.

No início da manhã, o presidente Lula disse ter “certeza de que Galípolo vai consertara a taxa de juros no Brasil”. Em entrevista a uma rádio do Amapá, ele elogiou o novo presidente do BC e criticou novamente o antecessor Roberto Campos Neto.

Lula também defendeu que a Petrobras explore a região da Foz do Amazonas, e disse que haverá reunião no governo até a próxima semana sobre o tema. Lula disse ainda que “não dá pra ficar nessa lenga-lenga”, e que o Ibama é um órgão de governo “que está parecendo contra o governo” ao não autorizar as atividades.

No cenário corporativo, ações do Carrefour Brasil seguiram reagindo à oferta de fechamento do capital feita pelo controlador francês, e Tim avançou com um novo programa de recompra de ações. Entre recomendações de analistas, relatório do Goldman Sachs reduziu recomendação e preço-alvo para ações do Bradesco.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores detratoras do índice foram as PN de Itaú, Bradesco e Petrobras, que recuaram 2,77%, 4,56% e 1,49%, respectivamente.

Entre as principais quedas do Ibovespa, destaque para as ON de Hapvida, CSN Mineração e CVC, que recuaram 7,17%, 5,83% e 5,67%, respectivamente.

No mercado de commodities, futuros do petróleo Brent para abril recuavam 2,60%, a US$75,0 por barril ao fim do dia, depois de Trump ter dado o primeiro grande passo em direção à diplomacia sobre a guerra na Ucrânia, que ele prometeu encerrar, ao conversar por telefone hoje com Putin e Zelensky. O conflito tem sustentado, até então, os preços do petróleo devido a preocupações com o fornecimento global.

O mercado tambem avaliou relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que manteve previsão de expansão da demanda global por petróleo este ano em 1,45 milhão de barris por dia (bpd) e 1,46 milhão bpd em 2026.

Os contratos futuros do minério de ferro se recuperaram das recentes quedas, avançando 0,91% na última madrugada em Dalian, com investidores mudando o foco para preocupações com possíveis interrupções no fornecimento da Austrália, importante produtora, e com a expectativa de aumento da demanda na China.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   B3 (B3SA3)

   Desde o final do ano passado, a B3 passou a aceitar debêntures como garantia nas operações em que atua como contraparte. A decisão, segundo a companhia, acompanhou o crescente uso desse instrumento de captação de recursos pelas empresas e o aumento da liquidez nas negociações desses ativos no mercado secundário, chegando a um volume médio diário de quase R$ 3 bilhões. Agora, a administradora da Bolsa lança seu primeiro índice de debêntures, com o intuito de reforçar seus benchmarks (índices de referência) no segmento de renda fixa. Saiba mais…

   CCR (CCRO3) 

   A CCR encerrará a prestação de serviços públicos de transporte aquaviário de passageiros, cargas e veículos no estado do Rio de Janeiro. Saiba mais…

   A CCR apresentou crescimento de 1,5% no tráfego de veículos nas rodovias que administra no país no mês de janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a empresa. Saiba mais…

   Copasa (CSMG3) 

   O Conselho de Administração da Copasa elegeu Adriano Rudek de Moura, como Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, com início de mandato a partir do dia 24 de fevereiro de 2025, em substituição a Carlos Augusto Botrel Berto. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Embraer e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram a aprovação do financiamento de 16 aviões vendidos para a empresa americana Republic Airways. O valor do contrato é de R$ 2,1 bilhões. Saiba mais…

   A Embraer anunciou a estimativa de R$ 20 bilhões em investimentos até 2030, durante cerimônia da “Missão 6 da Nova Indústria Brasil – Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais”, realizada em Brasília. O evento teve a participação do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Vice-Presidente Geraldo Alckmin e demais autoridades. Saiba mais…

   Gafisa (GFSA3)

   A Gafisa anunciou convocação de assembleia de acionistas para votação de proposta de grupamento de ações na proporção de 20 para 1, segundo documento publicado pela construtora. Saiba mais…

   LWSA (LWSA3)

   A LWSA aprovou a criação de um novo programa de recompra de ações de emissão da Companhia. Saiba mais…

   Minerva (BEEF3) 

   A Minerva apresentou à autoridade concorrencial uruguaia (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia – Coprodec) novo pedido de autorização para a aquisição de três plantas de propriedade de controladas da Marfrig no Uruguai. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras quer comprar participações em ativos de petróleo na África, principalmente em Angola, Namíbia e África do Sul, para aumentar suas reservas em meio à expectativa de queda da produção após 2030, disse uma executiva da companhia. Saiba mais…

   A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse em entrevista à Bloomberg que a estatal consegue aguentar preços estruturalmente mais baixos do petróleo se os EUA aumentarem a produção sob a gestão Donald Trump, o que é uma das promessas do presidente americano. Saiba mais…

   Pine (PINE4) 

   O Banco Pine aprovou a aquisição de ações de emissão do Banco para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)