Ibovespa encerra em queda, pressionado pela Petrobras e pela retaliação da China às tarifas dos EUA, com investidores à espera dos balanços do 4T

O Ibovespa encerrou em queda nesta terça-feira, com operadores acompanhando retaliação da China à imposição de tarifas ao país pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto, no cenário local, investidores preparam-se para início da temporada de resultados do quarto trimestre. Investidores também reagiram à do Comitê de Política Monetária (Copom).

O Índice Bovespa terminou com perdas de 0,65%, aos 125.147 pontos. O volume negociado na B3 foi de R$ 19,8 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$ bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram mistos na sessão regular. A taxa DI com vencimento em janeiro de 2027 avançou 5,5pontos-base, a 14,88%. Os vencimentos para janeiro de 2031, cauda longa, recuaram 3,0 pontos-base, a 14,41%.

O dólar futuro operava em queda de 0,88%, a R$5,785. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de 0,44%, aos 107,94 pontos.

De acordo com a ata da última decisão do Copom, os dados mais recentes oferecem sinais incipientes de que “alguma moderação do crescimento”, em linha com o cenário-base, possa estar se iniciando, em particular no setor de bens e em setores mais sensíveis a crédito.

Ainda assim, o Copom também nota que alguns elementos atenuadores “sugerem parcimônia” nas conclusões, em razão de serem dados de “alta frequência”, que demandam maior cautela na análise devido a dificuldades com sazonalidade e revisões frequentes em tais séries.

O Copom elencou fatores altistas e baixistas para a inflação local atrelados ao desenvolvimento da política econômica dos Estados Unidos. Citou, por exemplo, que determinadas políticas podem pressionar os preços de ativos domésticos.

No entanto, também na visão do Copom, a política comercial e as condições financeiras prevalentes nos EUA, com impactos incertos na condução da política monetária e no crescimento global, “também introduzem” riscos à inflação doméstica, seja para cima, ou para baixo, à medida que o cenário-base ora incorporado em preços possa não se materializar.

Plano Anual de Financiamento do Tesouro (PAF) referente ao ano de 2025 apontou para estoque da Dívida Pública Federal avançando ao intervalo entre R$8,1 trilhões e R$8,5 trilhões, após encerrar 2024 em R$7,32 trilhões, de acordo com dados. O PAF também apresentou meta para papéis da Selic entre 48% e 52% do estoque da DPF.

Já para papéis prefixados, o PAF apontou para meta entre 19% a 23% do estoque da DPF, enquanto para os papéis de inflação, a meta foi ao intervalo entre 24% a 28%. O documento também aponta para meta para papéis de câmbio entre 3% a 7% do estoque da DPF, enquanto o prazo médio da dívida federal ficou entre 3,8 anos a 4,2 anos.

“A estratégia de emissões em 2025 visa atender a necessidade de financiamento. O PAF permite a elevação tanto de prefixados, quando títulos remunerados por preços. As LFTs permanecem essenciais no financiamento da Dívida Pública Federal”, afirmou o Tesouro, sobre planejamento para emissões neste ano.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores detratoras do índice foram as PN da Petrobras, as ON da Suzano e da JBS, que cederam 0,99%, 4,05% e 3,79%, respectivamente.

Entre as principais quedas do Ibovespa, destaque para as ON da Automob, da Suzano e as PN da Azul, que recuaram 6,25%, 4,05% e 3,92%, respectivamente.

No mercado de commodities, os futuros do petróleo Brent para abril tiveram sessão volátil, operando ao fim do dia em alta de 0,13%, a US$76,06 por barril, após caírem quase 3% mais cedo.

O petróleo havia recuado com retaliação da China aos EUA, incluindo tarifas sobre petróleo. O mercado se recuperou com notícias sobre uma conversa de Trump com Xi, que poderia ocorrer ainda hoje, mas depois foi descartada por enquanto, e após uma autoridade dos EUA afirmar que Trump planeja restaurar “máxima pressão” ao Irã, com objetivo de até zerar as exportações de petróleo do país.

No mercado de minério de ferro na China, os investidores estarão sem referência até 4 de fevereiro, pelo feriado de Ano Novo Lunar. As operações serão retomadas em 5 de fevereiro.

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Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Azul (AZUL4)

   A agência de classificação de risco Fitch publicou seu relatório sobre o rating da Azul rebaixando de “C” para “RD” e simultaneamente elevando para “CCC” com perspectiva “positiva”. Saiba mais…

   Copel (CPLE6)

   A Copel registrou um crescimento de 4,7% no mercado fio de sua concessionária de Distribuição no quarto trimestre de 2024 em relação a igual período de 2023, para 9.226 gigawatts-hora (GWh). O volume é composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias e pela totalidade dos consumidores livres existentes na área de concessão. Saiba mais…

   Cruzeiro do Sul (CSED3)

   A Cruzeiro do Sul aprovou a realização de sua 2ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia fidejussória, em série única, para distribuição pública, sob o rito de registro automático de distribuição, composta por 300.000 debêntures, com valor nominal unitário de R$ 1.000,00, totalizando o montante total de R$ 300 milhões. Saiba mais…

   Cury (CURY3) 

   A Cury informou que ocorreu a integralização no âmbito da 6ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em quatro séries, para colocação privada, da Companhia. Saiba mais…

   Klabin (KLBN11) 

   A Klabin recebeu a primeira parcela, de R$ 800 milhões, de veículo de investimentos criado por investidores institucionais para investir em florestas, Timber Investment Management Organization (TIMO) para o Projeto Plateau. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras recebeu R$ 2,161 bilhões em pagamentos contingentes (earnout) dos parceiros dos blocos de Sépia e Atapu – Total Energies EP Brasil Ltda (28%), PETRONAS Petróleo Brasil Ltda (21%) e QatarEnergy Brasil Ltda (21%), em Sépia; e Shell Brasil Petróleo Ltda (25%) e TotalEnergies EP Brasil Ltda (22,5%), em Atapu. A estatal recebe esses pagamentos por conta das regras estabelecidas pelo governo no chamado leilão de cessão onerosa, em 2019. Saiba mais…

   A Petrobras fechou o quarto trimestre do ano com produção média de 2,628 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), uma queda de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2023. Saiba mais…

   A Petrobras está olhando muito seriamente para biocombustíveis e etanol, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro, reforçando indicação do plano de investimento da companhia. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)