A Raízen reportou prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro/dezembro), com impacto de menor contribuição dos resultados operacionais e aumento das despesas financeiras, incluindo efeitos isolados.
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O resultado reverte lucro de R$ 793,3 milhões apurado no mesmo período da temporada anterior, conforme relatório de resultados divulgado nesta sexta-feira.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia somou R$ 3,12 bilhões no mesmo período, recuo de 20,5% ano a ano, contra expectativa média de analistas de R$ 3,42 bilhões, segundo dados da LSEG.
A Raízen disse que o desempenho ajustado “reflete o avanço nas vendas de açúcar e etanol, compensadas pelo menor resultado das operações de trading em todos os negócios”.
“Além disso, o resultado leva em consideração a perda de moagem em decorrência do clima e das queimadas ocorridas em agosto do ano passado, afetando a qualidade da cana e o mix de produção”, afirmou a Raízen.
A receita líquida da companhia somou R$ 66,87 bilhões no período, crescimento de 14,3% em base anual, enquanto as despesas com vendas subiram 14,9% e as gerais e administrativas aumentaram 31,1%.
A Raízen encerrou o terceiro trimestre da safra 2024/25 com alavancagem em 3 vezes, ante 1,9 vez na mesma etapa da temporada 2023/24.
Os resultados da Raízen (BOV:RAIZ4) referentes às suas operações do terceiro trimestre da safra de 2024/2025 foram divulgados no dia 17/02/2025.
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VISÃO DO MERCADO
As ações Raízen operam no vermelho nesta segunda-feira (17), com investidores os resultados trimestrais da companhia, que foram considerados fracos por analistas de mercado. Às 10h55 (horário de Brasília), o papel da companhia caía 1,13%, aos R$ 1,75.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado foi de R$ 3,1 bilhões, uma queda de 21% na base anual, refletindo declínios nas operações de Mobilidade no Brasil e na América Latina em comparações difíceis, embora as margens tenham permanecido decentes, na visão da XP, dado o ambiente desafiador, destacou a casa em relatório.
Segundo a XP, a queima de caixa foi maior do que o antecipado, totalizando R$ 907 milhões, e a relação Dívida Líquida/Ebitda ficou em 3,0 vezes contra projeção de 2,6 vezes.
O BTG, por sua vez, avalia que foi um trimestre desafiador e, em grande parte, abaixo do esperado.
A equipe de análise do BTG destaca que o terceiro trimestre de 2025 marca o primeiro período desde o anúncio das mudanças estratégicas e de gestão na tentativa da Raízen de voltar ao “básico”. Com a maior parte do ano-safra já concluída, há pouco que a nova administração possa fazer neste momento.
“Desde a divulgação dos dados operacionais trimestrais da Raízen, ficou evidente que o impacto dos incêndios florestais na composição da produção upstream e nos custos pressionaria as margens, e que os resultados do downstream não seriam particularmente expressivos”, comenta o BTG.
Considerando o ambiente mais difícil para a distribuição de combustível no Brasil e as margens mais fracas do que os pares apresentadas nos últimos trimestres, o Bradesco BBI acredita que os resultados da distribuição de combustível no Brasil foram o principal destaque do trimestre.
Por outro lado, segundo o BBI, a dívida líquida continuou subindo no 3T25, para R$ 38,6 bilhões (alta de 7% no comparativo trimestral), em função de uma geração de caixa menor, de apenas R$ 59 milhões, contra R$ 3,8 bilhões no trimestre anterior, impactado por consumo de capital de giro. Como resultado, a alavancagem também aumentou para 3 vezes a relação Dívida Líquida/Ebitda, de 2,6 vezes no 2T25 e 1,9 vez no ano anterior, o que deve levar a uma reação mista do mercado.
O Ebitda de Açúcar e Renováveis (A&R) atingiu R$ 1,8 bilhão, 15% acima do estimado, devido a custos e despesas menores.
O JPMorgan ressalta que a Raízen enfrentou uma significativa queima de caixa não apenas no trimestre, mas também nos primeiros nove meses do ano fiscal, com um consumo líquido de caixa de R$ 16,5 bilhões, o reflete uma menor geração de caixa operacional e maior consumo de capital de giro, com o fluxo de caixa operacional ficando negativo em R$ 4,4 bilhões no acumulado do ano.
Já o Itaú BBA acredita que a Raízen oferece uma intrigante proposta de risco-recompensa devido aos resultados potenciais de seu recém-iniciado processo de recuperação. No entanto, as atuais fraquezas em seu balanço e a visibilidade limitada sobre os processos de recuperação de eficiência e desalavancagem podem prejudicar o otimismo dos investidores de curto prazo.
Com relação as recomendações, o BTG, BBI e BBA reiteraram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 7, R$ 3,50 e R$ 4,50. O JPMorgan também manteve recomendação de compra.
“Seguimos com a nossa recomendação de compra por ora, enquanto acreditamos que mesmo uma pequena melhora no perfil de geração de fluxo de caixa poderia destravar um potencial significativo de valorização das ações”, ressaltou o BTG.
O JPMorgan reforça que a Raízen reconhecidamente embarcou em uma mudança estratégica significativa focada na criação de valor para os acionistas e na otimização de sua estrutura de capital. Isso inclui transições de liderança e uma revisão completa de seu portfólio de ativos para acelerar os esforços de simplificação e otimização. “Espera-se que isso fortaleça o posicionamento de longo prazo da empresa e acreditamos que deve ser bem-vindo pelos investidores”, avaliam os analistas do banco americano.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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