(25/03/2025): O Comitê de Política Monetária (Copom) disse, na ata da sua última reunião, que a alta de 1 ponto porcentual (pp) na Selic realizada na semana passada, que elevou a taxa de juros para 14,25% ao ano, foi necessária para lidar um ambiente externo desafiador “em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente pela incerteza acerca de sua política comercial e de seus efeitos”.
O Banco Central avalia que incertezas em torno de políticas nos Estados Unidos já restringem novos investimentos e têm impacto sobre expectativas e inflação, com parte dessa deterioração do cenário já começando a se materializar.
Na semana passada, o BC decidiu seguir o ritmo já previsto de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a 14,25% ao ano, e indicou um ajuste de menor magnitude na reunião de maio se confirmado o cenário esperado.
Na ata, o BC apontou que a decisão levou em conta o cenário adverso para a dinâmica da inflação, defasagens do ciclo monetário em curso e elevada incerteza.
Segundo comunicado, os diretores do BC consideraram que esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e acerca do ritmo de crescimento nos demais países.
O Copom repetiu que antevê um novo aumento “de menor magnitude” na taxa Selic no seu próximo encontro, de maio. A sinalização já constava no comunicado divulgado na última quarta-feira (19).
O colegiado também reforçou que, a partir de maio, o tamanho total do ciclo será ditado pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação à meta” e dependerá da evolução do cenário.
“Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz a ata.
A elevação sinalizada pelo Copom em maio colocaria a taxa em ao menos 14,50%, o maior nível desde os 14,75% atingidos em julho de 2006, ainda no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O mercado espera altas de 0,5 ponto porcentual em maio e de 0,25 ponto em junho, que levariam os juros a 15,00% no fim do ciclo de aperto, segundo o último relatório Focus.
(BC,Reuters)
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