Ibovespa fecha em alta, impulsionado por JBS, enquanto o mercado avalia o programa de isenção do IR do governo

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com investidores minimizando apresentação de projeto de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5,0 mil mensais, e concentrando-se em leilão menor de pós-fixados, que aliviou vértices da curva de juros, e em noticiário corporativo que favoreceu ações da JBS, maior avanço do índice. Em Wall Street, os mercados recuaram, às vésperas da decisão de juros do Federal Reserve, diante de renovada aversão ao risco.

O Índice Bovespa encerrou com ganhos de 0,49%, aos 131.474 pontos. O volume de negociação da sessão foi de R$ 21,3 bilhões, levemente acima da média dos últimos 50 pregões, de R$ 16 bilhões.

Os vértices da curva de juros encerraram em queda de até 13 pontos-base, com o mercado reagindo ao resultado do leilão do Tesouro, que registrou o menor volume de NTN-B e LFT ofertado em leilão no ano até aqui. Tesouro colocou, integralmente, 800 mil NTN-Bs e 900 mil LFTs. Na semana anterior, foram ofertados 950 mil NTN-Bs e 900 mil LFTs.

Após resultados do leilão, DIs recuaram e dólar acelerou trajetória de queda. Ao fim da tarde, o dólar futuro operava em queda de 0,32%, cotado a R$5,687, enquanto o índice Dólar DXY cedia 0,17%, aos 103,23 pontos, em sessão de enfraquecimento para moeda americana, com investidores à espera de discurso do chair do Fed, Jerome Powell, na coletiva de imprensa de amanhã.

No âmbito político, operadores avaliaram o anúncio definitivo do projeto de isenção do Imposto de Renda, que terá compensação e não impactará o fiscal, de acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também de acordo com ele, o Congresso tem direito a fazer mudanças no texto.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a reforma será neutra para receitas e que governo foca compensação em renda acima de R$1 milhão por ano. Por sua vez, o Presidente da Câmara Hugo Motta pontuou que o congresso certamente irá fazer alterações no texto, e ressaltou que o país precisa de responsabilidade fiscal. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que taxar ´super ricos´ arrecadará mais que o custo da isenção.

Entre as ações, destaques para o salto da JBS, que registrou a maior alta diária desde março de 2020, com o mercado reagindo a acordo de sua acionista controladora, J&F Investimentos, com o BNDES, para abstenção de votação sobre dupla listagem da frigorífica nos EUA. Na prática, de acordo com operadores, a abstenção do BNDES retira o maior obstáculo ao processo de listagem nos EUA pela JBS, que segundo analistas tem potencial para re-precificar as ações da companhia brasileira, que busca aproximar múltiplos de rivais americanas.

Investidores tambem calibraram expectativas para resultados de Vivara, Estapar, Taesa, Energisa, Blau, EcoRodovias e outras, que reportam balanços trimestrais na noite de hoje.

Ao fim da sessão, as principais contribuidoras da sessão foram as ON da JBS, da Vale e da BRF, que avançaram 17,89%, 0,74% e 7,15%, respectivamente.

Os papéis ON da JBS, da SLC Agrícola e da BRF, lideraram entre as altas percentuais, subindo 17,89%, 8,11% e 7,15%, na mesma ordem.

Na ponta negativa, destaque para as ON da CVC, da B3 e da Vamos, que cederam 3,47%, 3,06% e 2,63%, nesta ordem.

Nos mercados de commodities, os futuros do petróleo Brent para entrega em maio recuavam ao fim do dia 0,82%, a US$70,49 por barril, revertendo os ganhos com o mercado reagindo à notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em trabalhar rapidamente para alcançar um acordo de cessar-fogo total na Ucrânia.

O acordo total de cessar-fogo, caso alcançado, poderia também resultar em um alívio das sanções às exportações de petróleo russo, o que pressionou para baixo os preços da commodity nos mercados internacionais.

Putin concordou com a proposta de Trump de que a Rússia e a Ucrânia parem de atacar a infraestrutura energética uma da outra por 30 dias.

Os futuros do minério de ferro encerraram em queda de 0,58% na última madrugada em Dalian, pressionados por sinais de enfraquecimentos do setor imobiliário chinês.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Alliança Saúde (AALR3)

   A Alliança recebeu notificação do acionista controlador Lormont Participações, comunicando o interesse de forma irrevogável e irretratável de utilizar crédito no valor total de R$ 310.298.700,70 em futuro aumento de capital social da Companhia. Saiba mais…

   Allos (ALOS3) 

   A Allos, maior rede de shoppings do País, com participação em 47 unidades, fechou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 217,4 milhões. O montante foi 8,4% menor do que no mesmo período de 2023. Apesar das melhorias no desempenho dos shoppings e nas demais linhas do balanço, o resultado líquido foi machucado pelo aumento nas despesas com juros no quarto trimestre. Saiba mais…

   Ambev (ABEV3)

   Levantamento feito pelo Bank of America (BofA) indica que as marcas de cervejas populares da Ambev perderam preferência entre consumidores brasileiros, informa o Valor, o que evidencia os desafios que a companhia terá de enfrentar diante do atual cenário de consumo mais restrito. Saiba mais…

   Desktop (DESK3)

   A Desktop registrou lucro líquido de R$ 24,4 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 24% sobre o lucro líquido de R$ 32,0 milhões do quarto trimestre de 2023. No acumulado do ano, o lucro atingiu R$ 100 milhões, uma queda de 14% ante 2023. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3) 

   O Conselho de Administração da Embraer aprovou a criação de programa de aquisição de até 1,066 milhão de ações de sua própria emissão, para permanência em tesouraria, cancelamento ou posterior alienação das ações no mercado, bem como para cumprir com as obrigações e realizar a proteção dos compromissos assumidos pela companhia no âmbito de planos de remuneração baseados em ações. Saiba mais…

   Grupo SBF (SBFG3)

   O Grupo SBF, dono da Centauro, registrou lucro líquido de R$ 135,3 milhões no quarto trimestre de 2024, crescimento de 6,4% sobre mesmo período de 2023. Saiba mais…

   Hapvida (HAPV3)

   A Hapvida divulgou que dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre operadoras de planos de assistência à saúde referentes a 2024 “não necessariamente” correspondem aos dados contábeis que estão refletidos nas demonstrações consolidadas da companhia. Saiba mais…

   Itaúsa (ITSA4) 

   A Itaúsa, holding de investimentos que faz parte do bloco de controle do Itaú Unibanco, registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,679 bilhões no quarto trimestre de 2024, crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   JBS (JBSS3) 

   A BNDESPar, braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), decidiu se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da JBS nos Estados Unidos e no Brasil. Saiba mais…

   Mahle-Metal Leve (LEVE3)

   A Mahle Metal Leve reportou um lucro líquido de R$ 110,8 milhões no quarto trimestre de 2024, uma queda de 28,10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras identificou a presença de hidrocarbonetos em poço exploratório no bloco Aram, no pré-sal da Bacia de Santos. Saiba mais…

   Qualicorp (QUAL3)

   A Qualicorp finalizou a celebração de Acordo de Leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU), no valor de R$ 44,5 milhões. Saiba mais…

   Taesa (TAEE11)

   A Taesa divulgou que as concessões Aimorés e Paraguaçu firmaram com a União os primeiros termos aditivos aos contratos, prorrogando os prazos de vigência das concessões em 55 dias no caso de Aimorés (com novo término em 6 de abril de 2047) e 138 dias no caso de Paraguaçu (com novo término em 28 de junho de 2047). Saiba mais…

   Terra Santa (LAND3)

   A Terra Santa Propriedades Agrícolas, uma empresa com foco no mercado imobiliário rural, registrou prejuízo líquido de R$ 5,8 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), com impactos de despesas não recorrentes, sem efeito caixa, em comparação com lucro líquido de R$ 13,6 milhões do 4T23. Saiba mais…

   Usiminas (USIM5)

   A Usiminas fará o resgate antecipado das debêntures da 1ª série da sua 8ª emissão desses títulos. Saiba mais…

   Yduqs (YDUQ3) 

   A Yduqs apresentou lucro líquido de R$ 13,8 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24). O valor reverte o prejuízo de R$ 120,3 milhões registrado no mesmo período de 2023. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)