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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em alta, após desabar ontem, impulsionados por sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e Japão, o que alimentou esperanças de alívio tarifário.
As ações ampliaram sua queda ontem, depois que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), alertou que as tensões comerciais poderiam impactar as metas de inflação e emprego do Fed.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. Na agenda, o foco será o balanço da Netflix, cuja divulgação está prevista para depois do fechamento do mercado. A expectativa é que a plataforma registre um lucro de US$ 2,48 bilhões, ou US$ 5,67 por ação, segundo a média das projeções de analistas consultados pela FactSet.
O Fed da Filadélfia divulga a Pesquisa de Perspectivas de Negócios de Manufatura para abril.
Ontem, as ações ampliaram sua queda, depois que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), alertou que as tensões comerciais poderiam impactar as metas de inflação e emprego do Fed. A liquidação em Wall Street também foi desencadeada pela queda de 6,9% nas ações da Nvidia, da inteligência artificial.
Powell: O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enfatizou que o banco central americano deve garantir que as tarifas do presidente Donald Trump não desencadeiem um aumento mais persistente da inflação. “Nossa obrigação é manter as expectativas de inflação de longo prazo bem ancoradas e garantir que um aumento pontual no nível de preços não se torne um problema contínuo de inflação”, disse Powell na quarta-feira (16), no texto de um discurso preparado para o Economic Club of Chicago. As ações dos Estados Unidos ampliaram as perdas e o dólar caiu após os comentários de Powell.
Na Europa, as bolsas operam em baixa, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é de que o BCE reduza as taxas de juros pela terceira vez neste ano, em meio a crescentes preocupações com as perspectivas de crescimento econômico na zona do euro. O cenário é marcado por incertezas relacionadas ao comércio global e às tarifas. Um corte de 0,25 ponto percentual levaria a taxa básica de depósito — a principal referência do BCE — para 2,25%.
Petróleo: os preços do petróleo sobem diante da expectativa de uma oferta mais limitada, após Washington impor novas sanções visando restringir o comércio de petróleo iraniano. Além disso, alguns países da OPEP prometeram novos cortes na produção para compensar volumes recentemente acima das cotas estabelecidas.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em alta, apesar das fortes perdas que Wall Street sofreu ontem, em meio a esperanças de que China e EUA negociem para reverter a disputa comercial em curso, ao mesmo tempo em que Washington inicia discussões sobre tarifas com o Japão.
O índice japonês Nikkei subiu 1,35%, a 34.377,60 pontos, com ganhos liderados por ações da indústria pesada e do setor de energia. O foco está nas conversas tarifárias entre Tóquio e EUA.
“Entendo que os EUA esperam fechar o acordo em 90 dias”, disse Ryosei Akazawa, principal negociador comercial do Japão, após reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, no Salão Oval.
Um certo grau de positividade surgiu em meio a relatos de que a China estaria aberta a negociações comerciais com os EUA, afirmou o estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone, Michael Brown, em nota a clientes. “No entanto, os relatos continham tantos ‘ses’, ‘mas’ e ‘talvez’ que a oferta parecia ser mais um gesto simbólico do que qualquer outra coisa”, acrescentou.
Na China continental, o dia foi de leves ganhos: o Xangai Composto avançou 0,13%, a 3.280,34 pontos, e o Shenzhen Composto garantiu pequena alta de 0,08%, a 1.880,40 pontos.
O sul-coreano Kospi subiu 0,94% em Seul, a 2.470,41 pontos, após o Banco da Coreia (BoK) deixar seu juro básico inalterado em 2,75%, e o Hang Seng teve alta de 1,61% em Hong Kong, a 21.395,14 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia e de incorporadoras.
O Taiex recuou 0,66% em Taiwan, no segundo dia consecutivo de perdas. Antes de divulgar mais um forte balanço trimestral, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), maior fabricante mundial de semicondutores por contrato, caiu quase 1% no pregão de hoje.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 63,12 (+1,04%).
O Brent é negociado a US$ 66,33 (+0,73%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 84.587,00 (+0,51%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.328,05 a onça-troy (-0,65%).
Minério de ferro:
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,07%, a 707 iuanes (US$ 96,21).
Brasil:
STF: Em reportagem publicada nesta semana, a revista britânica The Economist criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), com ênfase especial no ministro Alexandre de Moraes. O texto afirma que o poder acumulado pelo Judiciário no Brasil nas últimas décadas tem se tornado um problema para o pleno funcionamento da democracia, ao lado da corrupção entre políticos eleitos.
A análise destaca que, desde 2003, todos os presidentes da República enfrentaram acusações de violação da lei. Dilma Rousseff sofreu impeachment, Lula foi preso por corrupção e Bolsonaro é acusado de tentar um golpe de Estado em 2022. No entanto, segundo a The Economist, a ascensão de juízes com poder desproporcional, como Moraes, também representa uma ameaça.
Alerta que ao ampliar sua influência sobre temas como discurso online, o tribunal corre o risco de se afastar da imparcialidade esperada de uma Corte Suprema.
“Quanto mais o STF busca administrar a política, mais perde apoio popular”, afirma a publicação, que cita uma pesquisa que aponta que apenas 12% dos brasileiros avaliam o tribunal como “bom” ou “ótimo”, em comparação a 31% em 2022.
O editorial também destaca a atuação de Moraes contra redes sociais e plataformas digitais, como o X (ex-Twitter), de Elon Musk, e critica a falta de transparência nas decisões que derrubaram contas bolsonaristas. A revista observa que essas medidas muitas vezes ocorreram sem aviso ou justificativa clara, e que Moraes tem rejeitado a proposta de um código de ética para o STF.
Outro ponto de preocupação da The Economist é a estrutura institucional que permite a um único ministro tomar decisões com impacto nacional. As chamadas decisões monocráticas seriam um sintoma de um Judiciário que opera com poucos freios e contrapesos. A revista afirma que o Supremo, atualmente, cria leis que, em outros países, seriam de competência de autoridades eleitas.
O julgamento de Jair Bolsonaro, que poderá ser realizado por apenas cinco dos 11 ministros do STF, também é mencionado como um fator de tensão. Dois desses cinco ministros são ligados ao presidente Lula, o que, segundo a revista, pode reforçar a percepção de politização da Corte.
Para a Economist, o Brasil precisa debater urgentemente os limites institucionais do Judiciário. A revista sugere, por exemplo, que o julgamento de Bolsonaro seja realizado pelo plenário completo, que se reduza o uso de decisões monocráticas e que o Congresso assuma a liderança na regulamentação da liberdade de expressão na internet.
Economia:
⚠️ O B3: A semana será mais curta para o mercado brasileiro, que fecha na sexta-feira (18) devido ao feriado de Sexta-feira Santa e também na segunda-feira seguinte (21), feriado de Tiradentes. Os mercados domésticos devem redobrar a cautela, porque vão permanecer fechados na segunda-feira, 21 de abril, enquanto NY e as praças europeias voltam a funcionar. E você sabe que as coisas lá fora continuam muito incertas, sem sinais de acomodação da disputa tarifária entre EUA e China.
🚨 Investidores em Alerta: Temporada de Balanços movimenta a bolsa em abril e maio. Veja calendário dos balanços 1T25
Energia: A reforma do setor elétrico proposta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) deve reduzir em R$ 10 bilhões a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), devido ao fim do desconto no consumo de fontes incentivadas. A estimativa é de economia no longo prazo com a retirada de subsídios. O projeto de reforma já prevê a ausência do subsídio na baixa tensão e, de acordo com a Pasta, para equilibrar as contas também há previsão de retirada, paulatinamente, do benefício para os consumidores da média e alta tensão, respeitando os contratos vigentes. Já para as geradoras, o desconto permanece. “O desconto termina quando o contrato for renovado”, explicou o MME.
STF: A bancada do Novo na Câmara protocolou um requerimento de informação na quarta-feira, 16, cobrando um posicionamento do Ministério das Relações Exteriores sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que suspendeu o processo de extradição do traficante búlgaro Vasil Georgiev Vasilev para a Espanha. Moraes tomou a decisão após o governo espanhol negar extraditar o blogueiro Oswaldo Eustáquio que, para o magistrado, feriu o princípio de reciprocidade vigente entre os dois países.
Fusão Petz e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade. A união entre Petz e Cobasi tem boas chances no Cade devido à alta fragmentação do mercado, com 40 mil petshops no Brasil e concorrência de grandes varejistas.
Ibovespa: só 18% das gestoras veem Ibovespa acima de 140 mil pontos. Pesquisa do BofA mostra ceticismo sobre o Ibovespa em 2025 devido ao quadro fiscal brasileiro e tensões EUA-China. Porém, 82% estão otimistas com ações brasileiras versus outros emergentes.
Déficit: Governo prevê déficit de R$ 38,3 bi para pisos de saúde e educação em 2027. Ministério do Planejamento alerta para dificuldades em cumprir pisos constitucionais já em 2027, evidenciando desafios do arcabouço fiscal e aumentando pressão por reformas estruturais.
Itaipu : superávit de R$ 4 bi em Itaipu indica cobrança excessiva ao consumidor. O superávit bilionário com dívida quase quitada aumenta pressão para revisão tarifária em benefício dos consumidores, mas governo resiste por ver na estatal fonte de recursos para projetos sociais.
Agenda Econômica:
🇩🇪 03h00 – Alemanha/Destatis: PPI de março
🇧🇷 05h00 – FIPE: IPC semanal
🇪🇺 09h15 – Zona do Euro: BCE anuncia decisão sobre juros ⚠️
🇺🇸 09h30 – EUA: Construção de novas moradias em março, pedidos de auxílio-desemprego e índice de atividade do Fed/Filadélfia
🇺🇸 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
🇯🇵 20h30 – Japão: inflação
Eventos ⚠️
🇪🇺 09h45 – Zona do Euro/BCE: Christine Lagarde participa de coletiva
🇺🇸 12h45 – EUA/Fed: Michael Barr discursa em evento
Balanços ⚠️
📉 NY: UnitedHealth, Netflix, American Express
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,72%, aos 128.316 pontos, em linha com sessão baixista nos Estados Unidos. O volume no mercado doméstico foi de R$19,1 bilhões.
Maiores altas do Ibovespa
BRAV3 |
+5.22%
|
R$ 18,13
|
BEEF3 |
+4.35%
|
R$ 7,20
|
MRVE3 |
+3.02%
|
R$ 5,12
|
MRFG3 |
+2.48%
|
R$ 20,65
|
RECV3 |
+2.29%
|
R$ 13,84
|
Maiores baixas do Ibovespa
RADL3 |
-6.40%
|
R$ 21,34
|
CMIN3 |
-3.87%
|
R$ 5,72
|
EMBR3 |
-3.46%
|
R$ 62,41
|
VIVA3 |
-3.39%
|
R$ 19,37
|
IRBR3 |
-2.91%
|
R$ 45,65
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,42%, a R$ 5,8650.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,50%, aos 3.308,92 pontos. A mínima foi de 3.292,47 pontos e máxima do dia chegou a 3.212,68 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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